quinta-feira, março 04, 2010

Devocional em Tiago: Ame o Próximo Como...

10- Ame o Próximo Como...
Por Reinaldo Bui

Meus irmãos, como crentes no nosso Glorioso Senhor Jesus Cristo, não façam acepção de pessoas. Supunham que na reunião de vocês entre um homem com anel de ouro e roupas luxuosas, e também entra um homem pobre com roupas velhas e sujas. Se vocês derem atenção especial ao homem que está vestido com roupas luxuosas e disserem: ‘Aqui está o lugar apropriado para o Senhor’, mas disserem ao pobre: ‘Você, fique de pé ali´ ou: ´Sente-se ao chão, junto ao estrado onde ponho os meus pés’, não estarão fazendo discriminação, tornando-se juízes com pensamentos maligno? (Tg 2.1 -4.)

A sequência deste texto bem poderia ser: Portanto...
Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz (Fp 2.5-8).

Aprofundamo-nos no estudo das escrituras com o propósito de conhecer mais e mais a mente de Cristo. Isto deveria gerar em nós um sentimento cada vez maior de humildade e servidão. Mas em geral – e infelizmente, não é isto que acontece. É fácil perceber a soberba de quem alcançou uma posição, um título ou acrescentou uma letra a mais no seu currículo diante dos menos favorecidos (inclusive no meio evangélico). Não se trata de uma questão cultural, mas em todos os níveis, em todas as culturas, em todos os segmentos sociais há uma tendência reinante no homem de se reconhecer “o melhor”. Hostilidade e competição fazem parte da nossa natureza. Já falamos que há três moedas de muito valor que cultuamos em nossa sociedade, que são: beleza, inteligência e riqueza. Quanto mais você possuir, mais bem aceito você será. Este é o padrão do mundo, não de Deus. A igreja por vezes assimila tal conduta e passa a viver não em função da forma que Deus espera que vivamos, mas nos padrões da sociedade humana.

Este problema não é novo. A igreja nos dias de Tiago já sofria com isto. Aliás, este problema é tão velho quanto o pecado na humanidade. Os locais em que se reuniam os crentes em Jerusalém eram geralmente pouco espaçosos, sem muitas acomodações e com poucos assentos. Muitos dos que participavam dos cultos e das reuniões permaneciam em pé ou sentavam-se no chão. Nesta condição, Tiago imagina pessoas convertidas chegando à igreja pela primeira vez. Precisavam ser bem recebidas e orientadas (assim com acontece em nossas igrejas atuais). Pelo texto, podemos supor que o “pessoal da recepção” estaria dando mais importância a quem tinha dinheiro e menos atenção ao pobre e andrajoso (assim como acontece em nossas igrejas atuais). Agindo desta forma, estamos “fazendo distinção entre nós mesmos e nos tornando juízes tomados de perversos pensamentos” (ARA). Discriminação social, conforme relatado neste texto, é pecado e é um pensamento perverso! Será que este é o ideal que Jesus planejou para sua Igreja? Tiago, assim como Paulo, conhecia a mente de Cristo. O ideal da igreja é que indistintamente todos sejam honrados, não pela aparência, inteligência ou posição social, mas pelo que realmente valem.

Se verdadeiramente pretendemos nos aprofundar nas Escrituras para conhecer a mente do Senhor, precisamos começar a transformar nossa mentalidade a partir deste ponto. Só para a gente se lembrar:
1. Deus não faz acepção de pessoas;
2. Deus não julga segundo as aparências;
3. Deus resiste ao soberbo, mas dá graça ao humilde;
4. Deus exaltará o humilhado e humilhará o que se exalta.

Paulo conclui o trecho de Filipenses com a consequência natural da atitude de Cristo:
Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai (Fp 2.9-11).

Devemos incorporar o sentimento de Cristo em nossa vida, não buscando a nossa própria exaltação, mas sabedores de que agindo assim, Jesus será exaltado através do nosso proceder.

Veja o texto anterior:
9- Língua e Religião

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