quarta-feira, junho 25, 2008

“Lei da Mordaça”

Por Caio Fábio.
Recebido por e-mail

Hoje haverá grande manifestação em Brasília contra a PLC122, cujo texto de projeto de lei pode ser lido no seguinte pela internet: leia sobre a PLC122.

Muita gente vem me escrevendo acerca do tal Lei Contra a Homofobia pedindo de mim uma opinião, a qual, tendo em vista que em geral os "religiosos" são homofóbicos mesmo, não me interessei nem em ver o texto e menos ainda em discuti-lo.

Ontem, no entanto, atendo ao pedido de uma pessoa amiga e que ocupa o cargo de Senador da Republica, li o texto a fim de dar a minha opinião. Ora, a simples leitura do texto do projeto de lei me evidenciou de saída o fato de que o tal projeto não apenas incorre em várias inconstitucionalidades, mas, também, muito além disso, cria precedentes hostis e perversos, sem falar que dá, em tal caso, aos queixosos homossexuais, um poder de arbítrio sobre inúmeras áreas da vida comum, gerando o espaço legal para grande quantidade de exageros e exacerbações.

Em minha opinião o projeto de lei é inconstitucional na forma como está redigido, pois, gera uma soberania de direito ao grupo que demanda tal direito, que, pela própria natureza da formulação legal, anula outros direitos superiores e bem mais antigos em sua legitimidade.

Por exemplo, por tal lei, no caso de ela um dia vigorar, os demais direitos universais (como o de expressão de opinião de qualquer natureza, se for contrária às manifestações homossexuais, ainda que escandalosas), serão subjugados pelos direitos de qualidade "Homocráticas" de tal grupo, posto que, pelo bojo da proposta, declara-se mesmo a impossibilidade de discordar publicamente de práticas ou ideologias de conteúdo homossexual.

Ora, a tal PL122 supostamente se fundamenta em direitos inalienáveis, como os que protegem condições intrínsecas dos humanos, como raça, etnia e cor, mas, apesar de tudo, evoca os direitos da própria expressão religiosa (um dos direitos inalienáveis da Constituição), pondo-se em equivalência com aquilo que sendo objetivo não necessita nem de demonstração e nem de prova, como é o caso de uma raça ou etnia.

Uma raça é uma raça. Uma etnia é uma etnia. Portanto, são realidades universais e objetivas em sua constituição.

Não é a mesma coisa com a condição homossexual, a qual, como se sabe, tem casos de homossexualidade inata e intrínseca, tanto quanto também possui uma enorme quantidade de casos que não carregam traços inatos da condição, mas apenas configuram uma "escolha", não sendo, dessa forma, em hipótese alguma, algo que possa ser universalizado como universal é o direito de uma raça ou etnia.

Isto sem falar que a PL 122 também cria, de modo inerente, uma espécie de vitaliciedade empregatícia. Sim! Pois com as descrições de direito que teria um suposto homossexual ante um patrão (podendo ele alegar pela via da simples queixa que está sendo objeto de discriminação, não importando o grau de objetividade e de constatabilidade da denuncia) - todos os patrões são postos na difícil situação de temer despedir um funcionário homossexual, por qualquer que seja a razão trabalhista ou funcional, em razão de que sob ele pesará a possibilidade de ser condenado pela subjetividade ou até mesmo esperteza e ou maldade do funcionário queixoso.
Há de se ter leis que protejam os homossexuais de toda forma de discriminação real e objetiva. Do mesmo modo, há de se ter sempre leis que ao garantirem os direitos de minorias não o façam contra a expressão da maioria.

A presente PL 122, todavia, vai além da proteção aos direitos dos homossexuais, e, por outra via, passa a ser uma lei de Homossexualismo ao invés de ser um lei de proteção ao direito de ser homossexual numa sociedade democrática e pluralista.

Acho fundamental aqui fazer duas distinções que julgo importantes:

1. Homossexualidade não é homossexualismo. Homossexualidade pode ser uma condição psíquica ou até congênita* (ainda a ser completamente provada, e, até agora, relacionado à minoria dos casos), a qual, na maior parte das vezes, é praticada com descrição e recato natural, assim como deve proceder um heterossexual sadio. Já o homossexualismo é ideológico, político, impositivo, catequético, fundamentalista em seu fervor fanático, e, sobretudo, trata-se de um movimento "sindicalizante" e hostil. Ora, a presente PL 122 é tipicamente um projeto de lei homossexualista e altamente ideológico.

2. Direitos Universais são caracterizados pela inafastabilidade objetiva da condição existente. Assim, etnias e raças carregam a si mesmas em seus direitos universais. Ora, o mesmo não se pode dizer da homossexualidade, a qual existe em estado de profunda subjetividade, além de que está há anos luz de distancia de qualquer coisa que se possa chamar de condição universal. Desse modo, creio que a presente PL 122 faz universal um particular da existência humana. Ora, em tal caso, creio que uma outra PL deve ser proposta, mas que não carregue em si "direitos" que soneguem outros direitos universais já estabelecidos e por todos aceitos como fruto do bom senso.

Aqui me eximo de falar sobre outras implicações do presente Projeto de Lei 122, posto que a meu ver são apenas reações angustiadas ante à desvairada propositura da PL122, mas que não tratam das questões de sua inviabilidade Constitucional.

Isto posto de modo muito rápido, concluo dizendo que creio que o que de melhor se faria seria derrubar tal PL122, e, no lugar dela, que parlamentares equilibrados, e que, portanto, não fossem nem militantes homofóbicas e nem militantes homossexualistas, propusessem um novo projeto de lei, o qual deveria dar respeito e dignidade aos homossexuais em nossa sociedade, ao mesmo tempo em que eles não fossem feitos os juizes e os executores de leis conforme se prevê nesta fatídica PL122.

O meu temor agora é pelas manifestações de amanhã, como Silas, Linhares e Cia. LTDA vociferando ódios, de um lado; enquanto, do outro lado, os "homossexualistas" ganham mais um argumento apenas assistindo o destilar do ódio de seus opositores.

A PL 122 é uma desgraça. Pena que não é apenas ela, pois, sendo justo, tem-se que admitir que os modos da refutação sejam tão cheios de ódio e de homofobia, que, por tal razão, até quem está errado fica certo pelo ódio do antagonista.

A verdade tem que ser seguida em amor. Pois, do contrário, até a verdade se torna mentira quando os modos são os do ódio.

Podendo escrever muitas outras coisas, mas atendo-me apenas a estas, peço as orações de todos, pois, o resultado de tudo isto pode ser a criação de muito mais ódio numa sociedade que está perdendo por completo o amor e a reverencia pelo próximo.

No espírito que dEle tenho aprendido,

Caio Fábio

*Concordo com o autor do artigo acima que a homossexualidade possa ter origem congênita, no entanto, creio que ela não é determinante na escolha do cidadão ou cidadã em decidir por sua opção sexual. Para melhor compreensão do assunto, indico o seguinte artigo: Fruitless Splicing Specifies Male Courtship Behavior in Drosophila por Ebru Demir e Barry J. Dickson.

Dê Chance ao Erro!

Edward John Phelps (Julho de 1822 - Março de 1900) foi advogado e diplomata de Vermont. Nascido em Middlebury, seu pai, Samuel Phelps foi um senador americano pelo estado de Vermont. Ele disse:

The man who makes no mistakes does not usually make anything.

(trad.) O homem que não comete erros geralmente não faz nada.

-- Edward John Phelps

sexta-feira, junho 20, 2008

Poslúdio de uma Orelha Recuperada: Malco

...estava eu tomando conta do templo em Jerusalém quando meu chefe repentinamente me disse: "é hoje que iremos buscar Jesus!". Eu já estava cansado daquela história sobre Jesus, o homem que a multidão adorava e dizia que era enviado de Deus, o Messias. Esse não era o primeiro que assim agia. Todos antes dele tiveram o seguinte paradeiro: foram mortos e depois de alguns dias, às vezes semanas, não se ouvia mais sobre seu nome.

Bem, não pude deixar de ir ao encontro dele. Recebi ordens direta do sumo sacerdote. Ele disse que um tal de Judas, um traidor dentre eles, nos levaria até onde estava esse tal de Jesus para que nós o prendêssemos e garantisse sua chegada vivo até nossos líderes. Ossos do ofício...

Não demoramos muito para chegar ao Monte das Oliveiras, indicado pelo próprio traidor. Por pouco achei que aquele tal de Judas estava nos enrolando, mas foi uma rápida impressão. Nós éramos em muitos guardas, mas quem era eu para dizer que havia gente demais? Pelo que eu havia ouvido do povo, esse tal de Jesus não era nem sequer hostil. Claro, todos ladrões, assassinos e idólatras lutam por libertação na hora de acorrentá-los. Alguns pagariam com todo seu dinheiro pela liberdade. Existem aqueles que tentam correr para que em alguns metros de distância de nós, possa encontrar alguma forma de se matar. Acho que há muita confusão... Não somos como os da guarda pretoriana.

Muitos homens estavam na minha frente quando Judas beijou a Jesus. Este era o sinal combinado para que o identificássemos. Poucos entre nós já o conhecia de ver, mas eu, somente de falar. Como eu não queria perder a cena da prisão e contar para meus filhos sobre mais um episódio de meu trabalho, me aproximei vagarosamente daqueles que estavam ao lado de Judas. Foi aí que eu perdi minha orelha...

A minha curiosidade poderia ter me matado, como diz o ditado. Ao aproximar-me do pessoal que estava prendendo Jesus, meu foco ficou totalmente nele. Naquele instante, somente conseguia enxergá-lo como alguém que merecia morrer, que colocava o nome de nosso santo Deus, o Deus de Israel, no mesmo patamar de deuses pagãos. Por perder meu foco e deixar que meu coração tivesse alcançado a santa ira, me descuidei. Um dos servos ou aprendizes daquele homem, sacou sua espada e decepou minha orelha direita. Nunca tinha sentido tamanha dor. O sangue que escorria em meu ombro e peito parecia como a água da chuva que caía do telhado de minha casa. Sei que quando nos machucamos, podemos nem perceber a dimensão total do ferimento. Eu sabia que tinha perdido a orelha porque ela estava pendurada, balançando por uma pequena pele que sobrou do deferido golpe de espada. Meu silencioso desespero se dava em pensar no meu descuido, na gravidade do ferimento e na bênção garantida por Deus em preservar-me da morte.


Enquanto me lamentava e orava a Adonai, ouvi Jesus dizer como se fosse a voz do próprio Deus: "basta!" Somente depois percebi que o homem que estava com ele, depois de decepar minha orelha, estava querendo enfrentar todo o exército de guardas que tínhamos naquele local. A palavra de Jesus foi suficiente para envergonhar ou amendrontar seu pupilo, que correu e o deixou. Mas antes, ele, o infeliz que decepou minha orelha, viu o que eu jamais poderia acreditar...

Jesus, logo após dizer em alta voz sua palavra, deu breves passos ao meu encontro. Nenhum homem da guarda se moveu e tampouco eu. Não sei explicar minha falta de reação logicamente. O fato foi que ele, bem próximo de mim, tocou ao lado de minha cabeça e logo em seguida, os guardas o atacaram para acorrentá-lo, garantindo a impossibilidade de fuga. Ninguém queria saber se eu estava bem. Ninguém queria saber o que significava aquilo que Jesus fizera em mim. Ninguém, a não ser eu mesmo...

Minha orelha estava no lugar onde eu queria que ela estivesse. O sangue que antes jorrava, agora estancado estava. Por que aquele homem era capaz de fazer aquilo? Não me refiro somente ao seu poder de cura. Já tinham me falado que ele era capaz de fazer isso, apesar de eu nunca ter dado crédito a tais pessoas. Já vi e conheci outras pessoas que curavam, pessoas estranhas... Mas seu amor... Eu vim buscá-lo, prendê-lo e levá-lo ao sumo sacerdote que já encontrou muitos motivos para que ele fosse colocado de lado, nas masmorras, no entanto, o que ele fez?!? Simplesmente me curou.

Acima escrevi um texto como se fosse Malco, alguém que teve uma suscinta aparição na Bíblia e que a história não conta detalhes. Este relato é encontrado no evangelho de Lucas (22.47-53) e em João (18.10), vemos o seu nome. Confesso que eu gostaria de saber o final da história de Malco...

Jesus de Nazaré foi aprovado por Deus diante de vocês por meio de milagres, maravilhas e sinais que Deus fez entre vocês por intermédio dEle.
Atos 2.22

Lembre-se, os milagres de Jesus não tiveram o propósito de simplesmente curar as pessoas. Jesus, através de Seu poder, se manifestava como Aquele que poderia e pode nos salvar, porque Ele é Deus. Foi assim que Ele se mostrou, também através das curas.

quarta-feira, junho 18, 2008

Andressa: Exemplo de Vida

Abaixo um vídeo que mexeu profundamente em meu coração. Espero não me esquecer das coisas que aprendi com a pequena Andressa.


Leia o trecho abaixo depois de assistir ao filme.
Notícias em 22 março de 2008-06-19.

Um acidente hoje de manhã, em uma rodovia federal em Pelotas-RS, provocou a morte de quatro mulheres de uma mesma família. As vítimas faziam parte de três gerações – a matriarca tinha 57 anos e a mais nova, sete.

Dois homens da mesma família que também estavam no carro ficaram feridos, um deles com gravidade.

O Passat tripulado pela família Barragana se chocou contra um caminhão na BR-116, em uma rotatória de acesso a uma estrada municipal. O automóvel foi partido ao meio.

Morreram a matriarca da família, Vera Regina Barragana, 57, a filha dela Adriana Barragana dos Santos, 32, e duas netas Andressa, 14, e Natasha, 7.

André Barragana, 37, filho de Vera, que dirigia o carro, sofreu traumatismo craniano. Jonathan Barragana dos Santos, 13, sofreu ferimentos leves.

Segundo a polícia rodoviária Federal em Pelotas, o Passat invadiu a rodovia e causou o acidente, às 7h35 de hoje. A família retornava de uma festa.

Tudo o que fizerem, seja em palavra ou em ação, façam-no em nome do Senhor Jesus, dando por meio dele graças a Deus Pai.
-- Colossenses 3.17

segunda-feira, junho 16, 2008

Princípios Éticos - O Irmão Mais Fraco

,9 Contudo, tenham cuidado para que o exercício da liberdade de vocês não se torne uma pedra de tropeço para os fracos.
10 Pois, se alguém que tem a consciência fraca vir você que tem este conhecimento comer num templo de ídolos, não será induzido a comer do que foi sacrificado a ídolos?
11 Assim, esse irmão fraco, por quem Cristo morreu, é destruído por causa do conhecimento que você tem.
12 Quando você peca contra seus irmãos dessa maneira, ferindo a consciência fraca deles, peca contra Cristo.
13 Portanto, se aquilo que eu como leva o meu irmão a pecar, nunca mais comerei carne, para não fazer meu irmão tropeçar.
Texto de 1Coríntios 8 (NVI).

A passagem acima, além de mostrar a questão da comida, traz um princípio que pode ser devidamente utilizado para outros exemplos que venha a ferir a consciência do fraco irmão.


A bebida alcoólica é um bom exemplo. Tenho convicção que a Bíblia não proíbe beber, porém embreagar. No entanto, se você está ao lado de alguém fraco na fé e que considera beber vinho, por exemplo, um erro, independente da fundamentação dele, você mostrará maturidade ao abrir mão de algo que não é importante para sua saúde espiritual.

Nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos. Cada um de nós deve agradar ao seu próximo para o bem dele, a fim de edificá-lo. (Rm 15.1-2)

Lembre-se: a vida de uma pessoa madura não está marcada pelo conhecimento, mas pelo amor (1Co 8.1). Não tente, através de seu conhecimento mostrar para alguém fraco na fé que ele pode ou não pode fazer determinada coisa. Mostre através de seu amor!

Quem é o fraco na fé? É muito provável que você já tenha encontrado com aqueles que lhe disseram que poderiam ou não fazer determinada coisa dentro ou fora da igreja, mas que a Bíblia nunca proibiu o que ele disse ser proibido. Tais pessoas são legalistas e este grupo não está na questão tratado por Paulo. Os fracos na fé são aqueles que podem tropeçar por causa de sua conduta.

Tem dúvidas se deve fazer algo que é ou parece cinzento nas Escrituras? A pergunta abaixo pode lhe ajudar...

Aquilo que faço, mesmo com o respaldo bíblico, atinge meus irmãos mais fracos na fé?

segunda-feira, junho 09, 2008

Quem é Rico?

Pense na frase:

Not he who has much is rich, but he who gives much.

(Trad.) Rico não é aquele que tem muito, mas aquele que dá muito.
-- Erich Fromm