terça-feira, julho 31, 2012

Warren Wiersbe: o que é uma vida santa?

Uma vida santa não é consequência automática de ler bons livros, ouvir as gravações certas ou comparecer aos eventos adequados. É o resultado de uma união viva e apaixonada com Jesus Cristo, marcada pela disciplina piedosa. Isso significa programar o despertador para que possamos começar o dia com Deus, orar e meditar na Palavra.

WIERSBE, Warren. On being a servant of God. rev. edit. Grand Rapids, Mich.: Baker, 2007. p. 50
Encontrado em: Conselho  Bíblico

segunda-feira, julho 30, 2012

Um dia de aventura de Eliard no 57o Projeto Missionário da Missão Juvep

O testemunho abaixo foi escrito originalmente para a Missão Juvep. Foi publicado em seu blog.

Por T. Zambelli

22/julho/2012 - Dia de Operação Campo

Para quem não sabe, Operação Campo é o nome que damos ao dia que toda a equipe de projetistas se desloca para a zona rural. São os sítios, áreas menos alcançadas com o evangelho, oprimidas pela ignorância, religiosidade, falta de esperança e muitas vezes pelo ainda existente coronelismo.

Eliard não é um personagem fictício dessa história. Conheci este jovem sertanejo de treze anos na segunda casa em que eu e minha parceira de visitação (Eide) entramos. Eliard se vestia simples, falava simples, morava simples, comia simples e queria para si o simples, porém profundo evangelho.
Mudar os paradigmas acerca de Deus pode tomar muito tempo. Recordo-me de minha experiência quando genuinamente Deus me selou com seu Espírito. Eu ainda tinha Maria como alguém que podia me ouvir e atender minhas preces. Foram cerca de seis meses até que, através das Escrituras, aprendi que somente Jesus havia ressuscitado e era o único que podia me ouvir. O apóstolo Paulo também deixou claro que Jesus é o único mediador entre os homens e Deus. Ademais, a tentativa de falar com os mortos foi proibida por Deus ao povo escolhido e o desgosto divino com aqueles que assim procede permanece até hoje.

Sr. Francisco (90 anos), sr. Antonio (cerca de 55 anos) e Eliard são personagens de três diferentes gerações. Avô, pai e filho escutavam a Palavra de Deus, o plano mor que não é algo, mas alguém: Jesus Cristo. Naquela simples casa, um pouco escura, falávamos e chamávamos à atenção dos ouvintes sobre a salvação exclusiva de Cristo. Sr. Francisco tinha problemas de audição e sr. Antonio rapidamente perdia o foco na conversa. Eliard em tudo prestava atenção.

quarta-feira, julho 25, 2012

A suficiência da Palavra de Deus na evangelização

Por T. Zambelli*

Gosto muito de considerar as opiniões bíblicas de John MacArthur. No entanto, confesso que nem sempre estou em acordo com ele. Ainda assim recomendo seus livros e vídeos para muitos de meus irmão em Cristo, como o que pretendo fazer neste assunto, num tema muito importante: a evangelização.

Um de seus mais novos livros na língua portuguesa leva o título "Evangelismo" (Ed. Fiel). O primeiro capítulo do livro, escrito pelo próprio MacArthur**, impulsinou-me a publicar algo que considero fundamental: o peso da Palavra de Deus na evangelização. Pretendo, a partir de alguns versículos e as palavras do próprio autor do livro, passar uma ideia clara de como a Palavra de Deus é a chave e o poder para evangelização, bem como o equívoco de se pensar que o homem pode fazer algo que torne o coração do homem mais ou menos propício para receber o dom da graça. Abaixo:

Todas as palavras que estiverem em itálico são palavras tiradas de John MacArthur.

A passagem de Romanos 1.16 (e v.17) foi a mais marcante na transformação da vida de Martinho Lutero: "Não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê." O apóstolo Paulo foi muito claro ao mostrar com firmeza a suficiência do Evangelho [as boas novas] para a salvação dos que creem. Tal notícia era atraente porque oferecia libertação do labirinto de regulamentos opressivos feito pelos homens e impostos pelos fariseus. Por outro lado, era assustador seguir a Cristo - requeria entrar pela porta estreita, negar a si mesmo, obedecê-lo até a morte. Seguir a cristo significava reconhecer a sua divindade e que sem ele não há salvaçÃo ou outro meio para reconciliar-se com Deus. Ademais, Jesus pregava a mensagem de arrependimento, submissão, sacrifício, dedicação radical e exclusividade.

Apesar do claro ensino de Paulo, há um mito dominante no evangelicalismo, que diz que o sucesso do cristianismo depende de sua popularidade. As pessoas toleram a ideia de que a sagacidade cultural de um pastor determina quão bem-sucedida será sua mensagem, e quanto sua igreja será influente. Tal abordagem, porém, vai contra o paradigma bíblico, cujo poder do Espírito no evangelho não se encontra no mensageiro, e sim, na mensagem.

Tal erro leva à noção perigosa de que a conduta e a palavra do pastor devam ser determinadas pela cultura em que ele está ministrando e um grande problema de se pensar assim é que, acima de tudo está a noção falsa de que um pastor possa fabricar conversões verdadeiras se ele parecer ou agir de determinada forma. O fato básico é que somente Deus controla a salvação de pecadores, como resultado de qualquer pregação. Muitos pregadores estão dispostos a alterar a mensagem da salvação de Deus e seu padrão de santidade. O resultado, é claro, é outro evangelho que não é evangelho algum.

Na parábola do semeador (Mc 4), Jesus é enfático em mostrar que a qualidade do solo em que a semente cai é a variável presente. O semeador e a semente são os mesmos, ou seja, o evangelista é o mesmo e o Evangelho é o mesmo. 

"Vocês foram regenerados, não de uma semente perecível, mas imperecível, por meio da Palavra de Deus, viva e permanente"
(1Pe 1.23  grifo meu).

Quando o apóstolo Pedro comenta sobre a regeneração, produto da salvação, ele se faz igualmente claro em apresentar o meio: a Palavra de Deus. Coisas externas não são o que fazem a semente germinar. O poder do Evangelho está na operação do Espírito Santo, não no estilo do semeador. Quando pessoas argumentam que o pastor deve comportar-se como determinado segmento da cultura para melhor alcançá-lo, deixam de compreender o que Jesus está destacando.

"Porque o nosso evangelho não chegou a vocês somente em palavra, mas também em poder, no Espírito Santo e em plena convicção"
(1Ts 1.5).

Além de saber bem o papel da Palavra, Paulo compreendia muito bem seu lugar na evangelização. Quando ele levou as Boas Novas a Corinto, plantou uma igreja e deixou-a aos cuidados de Apolo. Mais tarde, descreveu a experiência assim: "Eu plantei, Apolo Regou; mas o crescimento veio de Deus" (1Co 3.6). O preparo do coração para receber o evangelho é obra do Espírito Santo. É ele quem convence (Jo 16.8-15), regenera (Jo 3.3-8) e justifica (Gl 5.22-23). A obra no coração é domínio de Deus.

Jesus nunca sugeriu que devêsemos culpar o agricultor pela resposta negativa à mensagem do Evangelho. Os pecadores rejeitam a verdade e amam seu pecado. O problema não está no mensageiro fiel ou no verdadeiro evangelho, nunca! A única resposta possível das conversões é dizer que foi um milagre da graça e resultado da intervenção divina. O arrependimento verdadeiro é sobrenatural.

"Quem pode dizer: purifiquei o meu coração limpo estou do meu pecado?"
(Pv 20.9)
 
Que o nosso empenho na evangelização seja explicar a profundidade do pecado e seu merecido castigo com fidelidade a Deus no bom uso do meio que conduz imerecidos homens e mulheres ao imerecido lugar eterno na presença do santo e único Deus.


* T. Zambelli foi o organizador e abreviador das palavras de John MacArthur no livro Evangelismo.
** O livro não foi escrito exclusivamente por John MacArthur, mas por toda a equipe pastoral da igreja que ele faz parte, Grace Community Church.

segunda-feira, julho 23, 2012

O Pecado e a Glória de Cristo

Por Martin Lloyd Jones

Fiel é a palavra e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal. I Timóteo 1.15

Ninguém jamais terá uma concepção verdadeira do ensino bíblico sobre a redenção, se não possuir clareza de entendimento sobre a doutrina bíblica do pecado. E essa é a razão por que muitas pessoas, em nossos dias, são inseguras e vagas em suas idéias a respeito da redenção. A idéia mais comum é a de que o Senhor Jesus é um tipo de amigo ao qual todos podem recorrer em dificuldades, como se isso fosse tudo a respeito dEle. O Senhor Jesus é esse tipo de amigo - e temos de agradecer a Deus! Mas isso não é redenção em todo o seu escopo, em sua inteireza ou em sua essência. Você não pode começar a avaliar a redenção, até que compreenda o que a Bíblia nos ensina a respeito da condição do homem no pecado e de todos os efeitos do pecado no homem. Permita-me dizê-lo com outras palavras: você não pode entender a doutrina da encarnação de Cristo, a menos que entenda a doutrina do pecado.

A Bíblia nos ensina que o homem estava em uma condição tão deplorável, que exigia a vinda, dos céus à terra, da Segunda Pessoa da bendita e santíssima Trindade. Ele teve de humilhar-se e assumir a natureza humana, nascendo como um bebê. Isso era absolutamente essencial, para que o homem fosse redimido. Por quê? Por causa do pecado e da sua natureza. Por conseguinte, você não pode entender a encarnação de Jesus, a menos que tenha um entendimento claro sobre o pecado. De maneira semelhante, considere a cruz no monte Calvário. O que ela significa? O que a cruz nos diz? O que aconteceu lá? Digo novamente que você não pode entender a morte de nosso Senhor e o que Ele fez na cruz, se não possui um entendimento claro sobre a doutrina do pecado. A completa imprecisão das idéias de muitas pessoas a respeito da morte de nosso Salvador se deve completamente a este fato: e elas não gostam da doutrina da substituição, não gostam da doutrina do sofrimento penal. Isso acontece porque nunca compreenderam o problema e não vêem o homem como um criatura caída no pecado. Estas são as doutrinas fundamentais da fé cristã; não se pode entender a redenção, exceto à luz da terrível condição do homem no pecado. 

Fonte: FIEL

sexta-feira, julho 20, 2012

Cosmovisão do mundo sobre casamento - uma canção



Amor da Hora
Tchê Garotos
Que seja eterno enquanto dure esse nosso amor porque o
amor é bom quando é da hora
eterno enquanto dure esse nosso amor porque se o amor
acabar eu tô fora,
tô fora, tô fora

Não adianta vir chorar pedir perdão depois de ter
pisado no meu coração se sabe que eu te amo mas não
vou deixar acontecer
Você sair e fazer o que bem quiser, você pense bem
se é isso que você quer pois desse jeito logo logo
você vai me perder,
eu te amo demais e esse amor é bom
Em nossa relação você não vai dar o tom, eu quero te
curtir e muito mas sem me machucar
Vê se não pisa na bola que assim não dá

Que seja eterno enquanto dure esse nosso amor porque o
amor é bom quando é da hora
eterno enquanto dure esse nosso amor porque se o amor
acabar eu tô fora,

Eterno enquanto dure esse nosso amor porque o amor é
bom quando é da hora
eterno enquanto dure esse nosso amor porque se o amor
acabar eu tô fora, tô fora, tô fora

Não adianta vir chorar pedir perdão depois de ter
pisado no meu coração se sabe que eu te amo mas não
vou deixar acontecer
Você sair e fazer o que bem quiser, você pense bem
se é isso que você quer pois desse jeito logo logo
você vai me perder,

Eu te amo demais e esse amor é bom
Em nossa relação você não vai dar o tom, eu quero te
curtir e muito mas sem me machucar
Vê se não pisa na bola que assim não dá

Que seja eterno enquanto dure esse nosso amor porque o
amor é bom quando é da hora
eterno enquanto dure esse nosso amor porque se o amor
acabar eu tô fora,
eterno enquanto dure esse nosso amor porque o amor é
bom quando é da hora
eterno enquanto dure esse nosso amor porque se o amor
acabar eu tô fora, tô fora, tô fora


Espero que você não seja mais um a pensar assim.

segunda-feira, julho 16, 2012

Vídeos sobre Aconselhamento Bíblico

Cristiano Scuciatto fez uma página em seu blog com vários vídeos disponíveis na internet sobre Aconselhamento Bíblico.

Não perca a oportunidade de aprender mais!

sexta-feira, julho 13, 2012

O que os conselheiros não bíblicos não falam?

Por David Powlison

Todo conselheiro tem uma mensagem. Ele traz uma mensagem, uma teoria que pesa a casualidade e o contexto, uma proposta para a cura, um objetivo que define a prosperidade da humanidade.

Qual a diferença da mensagem de um conselheiro bíblico? Considere simplesmente o que conselheiros que não são bíblicos não dizem:

Eles nunca mencionam o Deus que tem um nome: YHWH, Pai, Jesus, Espírito, Todo-Poderoso, Salvador, Consolador.
They never mention the God who has a name: YHWH, Father, Jesus, Spirit, Almighty, Savior, Comforter.

Eles nunca mencionam que Deus esquadrinha todos os corações, que todo ser humano vai se curvar para prestar contas no final para cada pensamento, palavra e ação, escolha, emoção, crença e atitude.
They never mention that God searches every heart, that every human being will bow to give final account for each thought,word, deed, choice, emotion, belief and attitude.

Eles nunca mencionam a pecaminosidade e o pecado, que a humanidade obsessiva e compulsivamente transgride contra Deus.
They never mention sinfulness and sin, that humankind obsessively and compulsively transgress against God.

Eles nunca mencionam que o sofrimento é significativo dentro dos propósitos de Deus de misericórdia e julgamento.
They never mention that suffering is meaningful within God’s purposes of mercy and judgment.

Eles nunca mencionam Jesus Cristo. Ele é um insulto permanente para a auto-estima e auto-confiança, para a auto-suficiência, estratégias de auto-salvação, auto-justiça e para acreditar em mim mesmo.
They never mention Jesus Christ. He is a standing insult to self-esteem and self-confidence, to self-reliance, to selfsalvation schemes, to self-righteousness, to believing in myself.

Eles nunca mencionam que Deus realmente perdoa pecados.
They never mention that God really does forgive sins.

Eles nunca mencionam que o Senhor é o nosso refúgio, que é possível andar pelo vale da sombra e da morte e não temer mal algum.
They never mention that the Lord is our refuge, that it is possible to walk through the valley of the shadow of death and fear no evil.

Eles nunca mencionam que os fatores biológicos e experiências pessoais existem para a providência e propósitos do Deus vivo, que a natureza e o cultivo encontram a responsabilidade moral, mas não têm importância [trunfam] na intenção da responsabilidade.
They never mention that biological factors and personal history experiences exist within the providence and purposes of the living God, that nature and nurture locate moral responsibility but do not trump responsible intentionality.

Eles nunca mencionam a nossa propensão para retribuir o mal com o mal, como as dificuldades nos tentam a se preocupar, desesperar, amargurar, inferiorizar, resmungar e escapar.
They never mention our propensity to return evil for evil, how hardships tempt us to worry, despair, bitterness, inferiority, grumbling and escapism.

Eles nunca mencionam a nossa propensão para retribuir o bem com o mal, como felicidades nos tenta à auto-confiança, à ingratidão, ao direito, à presunção de superioridade e à ganância.
They never mention our propensity to return evil for good, how felicities tempt us to self-trust, ingratitude, self-confidence, entitlement, presumption, superiority and greed.

Eles nunca mencionam que os seres humanos foram criados para se tornarem adoradores conscientes, que se curvam em profundo senso de necessidade pessoal, quem levantam as mãos para receber os dons do corpo e sangue de Cristo e as vozes em canções do coração.
They never mention that human beings are meant to become conscious worshipers, bowing down in deep sense of personal need, lifting up hands to receive the gifts of the body and blood of Christ, lifting voices in heartfelt song.

Eles nunca mencionam que os seres humanos estão destinados a obedecer à vontade de Deus e não aos nossos próprios desejos.
They never mention that human beings are meant to obey God’s will, not our own wishes.

Eles nunca mencionam que os seres humanos foram criados para viver missionalmente, usando dons dados por Deus para promover o reino de Deus e Sua glória.
They never mention that human beings are meant to live missionally, using God-given gifts to further God’s kingdom and glory.

Eles nunca mencionam que o poder para mudança não está dentro de nós.
They never mention that the power to change does not lie within us.

Fonte: CCEF Now Volume 2 Digital 2012, page 4.

quarta-feira, julho 11, 2012

Pensando biblicamente sobre o pretenso “casamento homossexual” (1)

O “pretenso ‘casamento homossexual’” está sendo intensamente debatido no mundo ocidental. Queremos ajudá-lo a pensar de forma bíblica e amorosa. Então, estamos começando uma série de artigos sobre o assunto. Abaixo segue a primeira parte traduzida da pregação de John Piper sobre “‘Digno de honra entre todos seja o matrimônio’ – Pensando biblicamente sobre o pretenso casamento homossexual” pregada no dia 16 de Junho de 2012.

Por John Piper
Seja constante o amor fraternal. Não negligencieis a hospitalidade, pois alguns, praticando-a, sem o saber acolheram anjos. Lembrai-vos dos encarcerados, como se presos com eles; dos que sofrem maus tratos, como se, com efeito, vós mesmos em pessoa fôsseis os maltratados. Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros. Seja a vossa vida sem avareza. Contentai-vos com as coisas que tendes; porque ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei. Assim, afirmemos confiantemente: O Senhor é o meu auxílio, não temerei; que me poderá fazer o homem? (Hebreus 13:1-6)
A mensagem de hoje é construída em torno de oito pontos projetados para dar uma visão bíblica do casamento em relação à homossexualidade, e em relação à Emenda sobre Casamento proposta em Minessota. Eu pedi para lerem Hebreus 13:1-6 não porque darei uma exposição do texto, mas porque quero enfatizar aquela frase do versículo 4: “Digno de honra entre todos seja o matrimônio”. É isso que desejo progredir para a glória de Deus e para sua orientação e seu bem.

1. O casamento foi criado e definido por Deus nas Escrituras como uma união sexual e pactual entre um homem e uma mulher em uma aliança vitalícia e exclusiva entre eles, como marido e mulher, com o intuito de revelar o relacionamento pactual de Cristo com Sua Igreja, comprada por Seu sangue.

Isso é mais claramente visto em quatro passagens onde estas verdades são tecidas em conjunto.

1. Gênesis 1:27, 28

Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra… (Gênesis 1:27, 28)

2. Gênesis 2:23, 24

Então, Deus liga seu projeto de masculinidade e feminilidade com o casamento em Gênesis 2:23, 24. Quando a mulher é criada do lado do homem, este exclama: “Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne; chamar-se-á varoa, porquanto do varão foi tomada. Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.”
Em outras palavras, Deus criou a humanidade macho e fêmea para que houvesse uma união sexual de uma só carne e um apego pactual com o intuito de multiplicar a raça humana, e mostrar a aliança de Deus com seu povo, e finalmente a alinça de Cristo com sua Igreja.

3. Mateus 19:4-6

Surpreendentemente, Jesus pegou essa relação entre criação e casamento e aliança vitalícia, tecendo juntos exatamente esses dois textos de Gênesis. Mateus 19:4-6:
“Então, respondeu ele: Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher [Gênesis 1:27] e que disse [citando Gênesis 2:24]: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne? De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem.”
E em nossa situação cultural, as palavras “não separe o homem o homem e a mulher que Deus ajuntou” tem um significado muito maior do que qualquer um pensaria que tivesse.

4. Efésios 5:24-32

Mais um texto sobre o sentido do casamento faz a distinção entre homem e mulher – esposo e esposa –como retrato pactualmente significativo de Cristo e da Igreja. Efésios 5:24-32:
“Como, porém, a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo submissas ao seu marido. Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, [...] Eis por que [citando Gênesis 2:24] deixará o homem a seu pai e a sua mãe e se unirá à sua mulher, e se tornarão os dois uma só carne. Grande é este mistério, mas eu me refiro a Cristo e à igreja.”
Em outras palavras, desde o princípio houve um significado profundo e misterioso do casamento. E Paulo agora revela este mistério. E este o é: Deus fez o ser humano macho e fêmea com suas naturezas distintas de masculinidade e feminilidade e com papeis distintos no casamento para que no casamento, como marido e mulher, eles pudessem exibir Cristo a Igreja.
Os que significa que os papéis básico de um esposo e esposa não são intercambiáveis.  Marido exibe o amor sacrificial da liderança de Cristo  e a esposa exibe o papel submisso do corpo de Cristo. O mistério do casamento é que Deus tem essa exibição dupla (do marido e da mulher) em mente quando Ele criou a humanidade como macho e fêmea. Portanto, a realidade mais profunda do universo subjaz o casamento como uma união pactual entre um homem e uma mulher.

2. Não há algo como o pretenso “casamento do mesmo sexo”, e não seria sábio chamá-lo assim.

O ponto aqui não é apenas que o assim chamado “casamento homossexual” não deva existir, mas que ele não existe e não pode existir. Aqueles que acreditam que Deus nos falou verdadeiramente na Bíblia não devem ceder dizendo que a parceria comprometida e vitalícia de relações sexuais entre dois homens ou duas mulheres seja um casamento. Não é. Deus criou e definiu o casamento. E o que Ele uniu nessa criação e nessa definição não pode ser separado, e ainda chama-lo de casamento aos olhos de Deus.
Por John Piper © 2012 Desiring God Foundation. Usado com permissão. Website em português: www.satisfacaoemdeus.org
Tradução: Vinícius Musselman Pimente
 Fonte: Blog Fiel

Aquele que teme ao Senhor (...), refúgio para os seus filhos (Pv 14.26)

Por Oswaldo Carreiro



sexta-feira, julho 06, 2012

O que é aconselhamento?

Por David Powlison

Primeiro, o que é aconselhamento? De um modo geral, do ponto de vista de Deus, aconselhamento é tão amplo como toda palavra que procede de cada boca. Palavras comunicam valores, atitudes e intenções que intrinsecamente influenciam ou buscam influenciar outros. "A boca fala do que está cheio o coração", quer seja para o bem ou o mal, certo ou errado. No nível mais profundo, todas as interações humanas são essencialmente interações de aconselhamento. O aconselhamento, então, é sábio ou tolo. Algumas palavras são torpes, destrutivas, enganosas, desnutridas (Ef 4:29); outras palavras são construtivas, oportunas, verdadeiras, amorosas, que dão graça (Ef 4:15, 29). Não há palavras que sejam neutras.

Original: First, what is counseling? Broadly speaking, from God’s point of view, counseling is as broad as every word that proceeds from every mouth. Words communicate values, attitudes and intentions that intrinsically influence or seek to influence others. “The mouth speaks out of what fills the heart,” whether it be for good or evil, right or wrong. At the deepest level, all human interactions are essentially counseling interactions. Counseling, then, is either wise or foolish. Some words are rotten, destructive, misleading, unnourishing (Eph 4:29); other words are constructive, timely, true, loving, grace-giving (Eph 4:15, 29). No words are neutral.

Fonte: CCEF Now Volume 2 Digital 2012, page 3.