sábado, dezembro 28, 2013

Calvinista ou arminiano?

Por Mark Ellis



Eu escrevi um ensaio em resposta a uma pergunta feita por um amigo. Depois, pediram-me para eu reescrevê-lo em português, já que a ferramenta do Google não estava fazendo um bom trabalho; abaixo.

Caro Joversi,

obrigado pela oportunidade de poder esclarecer o que eu quis dizer quando falei que não sou nem um calvinista e nem um arminiano, pedindo alguma definição.

Numa tentativa de salvar meu calvinismo, fugi para o Seminário Teológico de Dallas (DTS). Eu era um calvinista de “4 pontos” pastoreando uma igreja batista reformada de “5 pontos”. No calvinismo, uma vez que a graça é soberana, não há espaço para algo como um “crente carnal”. Mas eu me encontrei pastoreando uma igreja com cristãos carnais CALVINISTAS, com vidas marcadas pela amargura, divisão e a arrogância. As pessoas claramente resistiam a graça de Deus, mas eram inegavelmente SALVAS. E uma vez que o calvinismo perde a doutrina da graça irresistível, o meio pelo qual Deus impõe Sua vontade sobre os eleitos, todo o “castelo de cartas” cai. Enquanto no DTS, eu encontrei um grupo de professores que me ofereceram uma terceira alternativa, que realmente não tem nome.

A questão de definição é realmente fundamental. Eu, os calvinistas e os arminianos, todos nós acreditamos na depravação total, que entende que o pecado afetou todos os aspectos da vida das pessoas. Algumas se comportam piores do que outras e desenvolvem comportamentos notoriamente malignos, mas todos herdaram uma natureza depravada de Adão e privada do Espírito Santo. A diferença é que os calvinistas dizem que a graça supera a depravação total para que os eleitos sejam salvos, enquanto Armínius ensinava que a graça liberta a vontade para que o pecador possa fazer uma verdadeira escolha para aceitar ou rejeitar o Evangelho.

Eleição incondicional. Esta doutrina calvinista é o resultado de gentios mal interpretando documentos judaicos, como o Antigo e o Novo Testamento. Romanos 11.28: Do ponto de vista do evangelho, são inimigos por causa de vós, mas do ponto de vista da eleição de Deus, eles são amados por causa dos patriarcas. Como podem os judeus serem os *inimigos* do Evangelho e ainda continuarem sendo *eleitos*? “Eleito” não significa “salvo”, mas “o povo que pertence a Deus”. No caso dos judeus, salvos ou não, são o povo especial para Deus por causa da aliança dEle com os patriarcas; no caso dos gentios, tornam-se eleitos e “povo de Deus” quando creem (Efésios 1,13-14).

Expiação Limitada. A doutrina exigida pelo “calvinismo consistente” é baseada em sua definição de soberania. O argumento é que “se Jesus morreu por todos, mas nem todos são salvos, então Ele falhou.” Os calvinistas têm alguns versículos que são manipulados para defender essa doutrina, mas enfrentam uma avalanche de versículos contrários, que eles têm de distorcer para harmonizá-los com a sua posição. Este é o ponto mais fraco do sistema e, de fato, Calvino não o manteve claramente. Há trechos específicos em Calvino que ele indicou que Cristo morreu por todos, embora a morte de Cristo para os não-eleitos apenas aumente a sua condenação.

Graça Irresistível. Difícil conciliar Gálatas 1.6 e 5.4 com esta doutrina. Toda a discussão sobre como podemos pecar se Deus sempre oferece a graça para vencer nossas tentações (1 Coríntios 10.13) tem levantado muitas discussões fascinantes e também muito preocupantes – i.e., os crentes pecam, porque Deus afastou Sua graça para ensina-los alguma coisa para Sua glória. Mesmo assim, os crentes são culpados.

Perseverança dos Santos. Não devemos confundi-la com a eterna segurança dos salvos. Calvino ensinou que, se você puder cair, seja por meio do pecado, sem arrependimento final, ou por meio da perda da fé, então você poderia perder a sua salvação. Em outras palavras, sem a graça irresistível, o homem perderia a salvação. No entanto, o ensino calvinista é que a graça irresistível garante que você nunca cairá da fé. Esta doutrina é contrariada por toda a Escritura. A Bíblia contém uma história de apostasia após a outra, começando com Adão. A doutrina da ETERNA SEGURANÇA, no entanto, é que mesmo que você caia, seja por meio do pecado ou perda da fé, sua salvação estaria segura por causa 1) da adoção como um filho de Deus (Rom. 8.16-17), 2) do selo do Espírito Santo (Ef. 1.13) e 3) do ministério intercessor de Cristo (Rom. 5.6-11; 8.31-34). Calvino chamou esta segunda posição de “segurança carnal” e a rejeitou.

Você não merecia a salvação, você não merece a salvação e você nunca a merecerá. É por isso que as Escrituras dizem que é um dom gratuito (Rom 3.24), aceita somente pela fé (Ef 2.8 ), sem qualquer consideração de qualquer coisa que você possa fazer numa tentativa para ganhá-la (Rom 4.4-5)! É por isso que muitas pessoas rejeitam o cristianismo: elas não se sentem dignas de perdão, mas devem receber a salvação como um mendigo que pede e aceita um pão. No calvinismo, a doutrina da perseverança exige que o salvo faça obras; caso contrário, declara que ele nunca foi salvo. Pensar assim é, de uma forma, dizer que as obras são necessárias para a salvação.

Meus amigos calvinistas, e alguns calvinistas que nem conheço muito bem e não são tão amigos assim, acusam-me de ser um arminiano, enquanto os meu amigos arminianos, que eu nem tenho muitos, acreditam que sou um calvinista. Então declaro que não sou nem calvinista, nem arminiano; eu me chamo de um “tertium quid”, uma “terceira coisa sem rótulo”.

terça-feira, dezembro 24, 2013

Natal de Verdade 2013

Meu projeto natalino esse ano foi um pouco diferente. Criei doze reflexões bíblicas que inclusive se tornaram um livreto. As reflexões foram postadas em www.nataldeverdade.com.br. Abaixo compartilho o título de cada reflexão, para que você medite e então especialmente compartilhe. Ainda há muitas pessoas, cristãos e não cristãos, que estão confusos sobre o significado do Natal.

A última reflexão será postada amanhã, no dia 25/dezembro.

http://nataldeverdade.com.br/

Clique no título da reflexão abaixo.
  1. O Anúncio do Divino Presente à Virgem Maria 
  2. Um Filho Mais que Especial 
  3. Ele é Santo! 
  4. Deus do Impossível 
  5. Jesus Singular, Maria Exemplar 
  6. Bendita Maria, Bendito Filho 
  7. A Mãe do meu Senhor 
  8. Feliz Quem Crê 
  9. Louvores a Deus, não a um deus 
  10. Temor a Deus 
  11. Alguém Para Preparar o Caminho
  12. Será postada amanhã

segunda-feira, dezembro 02, 2013

A Teologia do Sofrimento: Enfrentando a adversidade

Por Gavin Levi Aitken

“Um letreiro na parede de uma sala de aula do primeiro grau dizia: A vida é a professora mais implacável. Primeiro dá a prova e depois a lição. Provavelmente, este truísmo foi esquecido pela maioria dos alunos que estudaram naquela sala de aula. Da mesma maneira, muitos cristãos não se dão conta, ou se esquecem, de que as experiências da vida cristã, sejam elas árduas ou não, tendem a ser seguidas por um entendimento das lições que a experiência quer nos ensinar” (John MacArthur Jr., em O poder do sofrimento).

Tem sido interessante observar o fundo histórico de cada aluno que participou do Curso de Visitação Hospitalar. De uma maneira ou de outra, cada um passou por tamanha adversidade, ou na vida pessoal ou na vida familiar. Muitos têm vindo para o curso, creio eu, em busca de respostas para a sua própria situação.

Sei, de experiência própria, que meu interesse neste assunto veio em consequência de uma grande perda sofrida em minha própria vida alguns anos atrás. Com a perda de minha esposa, depois de 35 anos de namoro, noivado e casamento, eu e a minha filha passamos a examinar esta questão em busca de soluções.

As lições aprendidas naquela ocasião, e desde então, muito me marcaram. Espero conseguir passar, pelo menos, a essência daquilo que parece formar a teologia bíblica do sofrimento. Estas informações serão valiosas para o visitador que procura passar para o enfermo uma mensagem de esperança.

Nunca tinha parado para pensar antes na origem, na fonte de nossas adversidades. Fiquei muito deprimido em saber que, segundo a noção popular, a adversidade é sempre a consequência do pecado cometido por nós ou por causa de atividades puramente satânicas. O importante é observar o advérbio“sempre” na frase já mencionada.

>> Continue a leitura

domingo, dezembro 01, 2013

Reflexões na Alegria Natalina

Queridos,

no ano passado Natal de Verdade compartilhou uma reflexão por dia que envolvia o Natal. Agora todas as reflexões estão compiladas num único material.

A ideia é levá-lo à leitura diária, de reflexões bíblica, que envolve o nascimento da Pessoa mais importante que já viveu entre nós, Jesus Cristo.

Boa leitura diária! (Clique na figura abaixo)

http://nataldeverdade.com.br/devocionais-passados/2012-2/

sexta-feira, novembro 29, 2013

O Cristão Diante da Morte

Por Marcos Granconato

O cristão, genuíno membro da igreja de Deus, deve aprender a se comportar adequadamente diante da morte. O estilo de vida do crente verdadeiro não é mera representação teatral, que, em face dos mais profundos sofrimentos da vida, permite tirar a máscara de santidade e revelar desespero e ódio contra Deus. Ao contrário, a verdade é que no enfrentar das situações realmente difíceis, nas quais é impossível manter qualquer grau de hipocrisia ou falsa piedade, a magnitude do caráter cristão maduro desponta com brilho ainda maior.

Que situação mais difícil o homem pode enfrentar do que a morte? É ela o terrível legado que herdamos dos nossos primeiros pais, que desobedeceram ao Criador no Éden (Gn 2.15-17; 3.19; Rm 5.12). É o pagamento indesejado que recebemos por ter pecado (Rm 6.23). É o fim para o qual caminhamos a passos largos (Ec 12.1-7). Mais do que isso, é o inimigo inexorável que vem em nosso encalço para, no inevitável dia do encontro, nos deixar prostrados (Lc 12.20). Nós, coroa da criação, criados não para morrer, mas para viver eternamente!

Que é ensinado na igreja de Deus sobre o modo como o cristão deve comportar-se diante da morte? Conforme o entender dos mestres dessa igreja, qual deve ser a postura do crente quando um ente querido seu parte desta vida? Como ele pode ajudar de modo real e significativo os enlutados? E quando a morte, enfim, o vier chamar? Como deverá proceder?

As respostas dadas a todas essas perguntas devem ter como fundamento as palavras das Sagradas Escrituras. É na Bíblia que obtemos respostas claras e precisas para todas as questões relacionadas à morte, nosso cruel e último inimigo.

De modo prático, o Livro Sagrado mostra que, quando perdemos um ente querido, a tristeza e o choro diante de tão doloroso fato não são censuráveis. Davi, homem de Deus, pranteou amargamente a morte de seu filho Absalão (2Sm 18.32-33). Marta e Maria foram consumidas de tristeza pela morte de Lázaro, morte esta que levou o próprio Senhor Jesus, doador da vida, às lágrimas (Jo 11.33-35). O historiador Lucas nos conta que quando Estevão morreu apedrejado, homens piedosos o sepultaram e fizeram “grande pranto sobre ele“ (At 8.2). O mesmo Lucas narra o quanto os crentes de Jope choraram a morte de Dorcas, irmã amada por todos daquela igreja (At 9.36-39). Inúmeros são os exemplos de homens e mulheres de Deus que choraram quando viram seus queridos mortos.

O apóstolo Paulo ensina que quando o falecido é crente, o desespero por sua morte deve ser evitado. Entretanto, Paulo não ensina que é errado nos entristecermos nessas ocasiões. Diz que não devemos nos entristecer “como os demais que não têm esperança” (1Ts 4.13). Segundo ele, esse tipo de tristeza tão comum nos incrédulos só se aloja no coração de um crente quando ele esquece o fato de que os salvos ressuscitarão um dia. Para Paulo, a amarga tristeza dos incrédulos enlutados está associada à sua falta de esperança. Logo, segundo ele, os crentes não devem entristecer-se como eles uma vez que, cientes da ressurreição futura, têm real esperança.

terça-feira, novembro 26, 2013

A Soma de Todos os Medos

Por Joelson dos Santos

"Pela fé Moisés, logo ao nascer, foi escondido por seus pais durante três meses, porque viram que o menino era formoso; e não temeram o decreto do rei." Hb 11:23

Tenho uma atração especial quando o assunto é filhos. Não que eu seja um expert no assunto, muito longe disso, mas quando alguém fala ou prega sobre isto minha atenção é atraída facilmente. É muito fácil para mim reviver sentimentos, histórias e experiências à medida em que o assunto é tratado.

Um dos mais comentados exemplos de fé é justamente o de um pai, Abraão, que sendo obediente a ordem de Deus, foi sacrificar seu único filho Isaque "porque considerou que Deus era poderoso até para ressuscitá-lo dentre os mortos, de onde também, figuradamente, o recobrou." Hb 11:19.

Às vezes penso que nossa cultura está tão distante deste conceito de sacrifício que faz com que tenhamos dificuldade de compreender a profundidade e os diversos aspectos que envolveram este momento da vida de Abraão.

Entretanto, nossa cultura atual conhece muito bem o conceito de medo. Somos bombardeados diariamente com notícias e informações que alimentam, estimulam e induzem nosso medo. E quando se trata de filhos, parece que tudo isso se potencializa - os medos se somam e trazem angústia.

Me lembro claramente do dia em que minha filha, ainda pequena, chegou da escola com uma bela marca de mordida na bochecha. É difícil precisar quantos dias eu demorei para deixar de sentir aquele sentimento amargo com aquilo que havia acontecido. Mas as coisas que vemos hoje nas escolas vão além de "simples mordidas." Todos ouvimos, espantados, a notícia de que um rapaz foi assassinado em uma festa na UNICAMP. Hoje, o simples fato de seu filho não atender o celular já é suficiente para que a “luzinha do medo” comece a piscar.

Quando Moisés nasceu, existia um decreto de Faraó para que todos os meninos que nascessem do povo hebreu fossem mortos (jogados no rio - Êx 1:22). O texto de Hebreus 11:23 nos diz que, pela fé, seus pais Anrão e Joquebede (Êx 6:20) o esconderam por 3 meses. Mas o que mais me chama a atenção neste texto é: "e não temeram o decreto do rei". Como, assim, não tiveram medo do decreto? Como eles conseguiram não temer algo que decretava a morte de seu filho? Nota-se, neste momento, que meu nome não estaria na lista dos heróis da fé...

Fiquei vários dias pensando nesta frase "e não temeram o decreto do rei". Encontrei tantos "decretos" e “reis” que meu coração de pai teme: uma política de segurança pública falha e corrupta; exigências cada vez maiores para o ingresso no mercado de trabalho; a proibição do castigo físico em crianças que se tornarão adultos problemáticos com os quais meus filhos e netos terão que conviver, o “simples” assédio de pessoas do mundo com más intenções… E a lista parece não ter fim.

Hebreus 11 possui um trecho de 7 versículos para falar sobre as grandes maravilhas que Moisés realizou por meio da fé. Mas o primeiro versículo deste trecho, justamente o texto base desta reflexão, trata do início de tudo: a fé de seus pais. Através dela sua vida foi salva e ele pôde ser usado grandemente nas mãos de Deus. Seus pais não temeram nenhuma outra coisa, a não ser o SENHOR.

Provérbios 14:26 nos diz que "No temor do SENHOR, tem o homem forte amparo, e isso é refúgio para os seus filhos."

Minha oração é que nosso coração não tema outra coisa senão o SENHOR. Seja como pai, seja como mãe, seja como filho ou filha, marido ou esposa, ou qualquer outro papel que venhamos a ter. Que Deus nos abençoe.

quarta-feira, novembro 13, 2013

quarta-feira, novembro 06, 2013

A nudez de Noé e seu filho Cam (Gn 9.22)

Extraído da NET Bible.


Alguns traduzem “teve relações sexuais com”, argumentando que Cam cometeu um ato homossexual com seu pai que estava bêbado, por isso ele foi amaldiçoado. Entretanto, a expressão “ver a nudez” usualmente refere-se a observação da nudez de outrem, não um ato sexual (veja Gn 42.9,12 onde “nudez” é usado metaforicamente para suprir a ideia de “fraqueza” ou “vulnerabilidade”; Dt 23.14 onde “nudez” refere-se a excremento; Is 47.3; Ez 16.37; Lm 1.8). O versículo seguinte (v.23) claramente indica uma observação visual, não um ato homossexual, que estava em questão. Em Lv 20.17 a expressão “vir a nudez” (ARA) parece ser um eufemismo para intercurso sexual, visto que o contexto ali, diferentemente de Gn 9.22, claramente indica que naquela passagem o contato sexual está em vista. A expressão “ver a nudez” em si mesma não sugere uma conotação sexual. Alguns relacionam Gn 9.22 a Lv 18.6-11,15-19, onde a expressão “descobrir a nudez [de outrem]” (a forma Piel de גָּלָה, galah) refere eufemisticamente a intercursos sexuais. Entretanto, Gn 9.22 não diz nada sobre Cam “descobrir” (o contrário de cobrir) a nudez de seu pai. De acordo com o texto, Noé descobriu-se a si mesmo; Cam meramente viu seu pai nu. A questão do texto é que Cam não teve respeito por seu pai, ao invés de cobri-lo, ele contou ao seus irmãos. Noé então deu um oráculo aos descendentes de Cam, que seriam caracterizados pelo mesmo abandono moral; seriam amaldiçoados. Levítico 18 descreve o grande mal dos cananeus (veja vv.24-28).

Nota de estudo: Viu a nudez. É difícil para pessoas de hoje perceberem o porquê de ver a nudez de outrem era tal abominação, visto que a nudez é tão comum hoje em dia. No mundo antigo, especialmente numa sociedade patriarcal, ver a nudez de outrem era uma ofensa grande. (Veja o relato de Heródoto, Histories 1,8-13, onde um general viu a nudez da mulher de seu mestre, e um dos dois tinha de ser condenado à morte.) Ao mesmo tempo, Cam não era um garotinho simplesmente passeando no quarto de seu pai. Ele tinha mais de 100 anos de idade naquele tempo. Para uma discussão ampla, veja A. P. Ross, “The Curse of Canaan,” BSac 137 (1980): 223–40.[1]



[1] Biblical Studies Press. (2006). The NET Bible First Edition; Bible. English. NET Bible.; The NET Bible. Biblical Studies Press.

terça-feira, novembro 05, 2013

Amor e Respeito: o ciclo recompensador (Parte 6)

Este é o sexto vídeo apresentado durante o Retiro dos Casais da IBCU em 2008, compartilhando as matérias desenvolvidas por Dr. Emerson Eggerich. Este vídeo apresenta as promessas poderosas e positivas para nos encorajar a viver pela fé e experimentar o poder de Deus em nossos casamentos.


Por Mark Ellis

segunda-feira, novembro 04, 2013

Amor e Respeito: o ciclo da graça (Parte 5)

Este é o quinto vídeo apresentado durante o Retiro dos Casais da IBCU em 2008. Ele apresenta como Deus quer restaurar seu relacionamento com Ele, para que você tenha as forças para proteger e crescer seu casamento.



Por Mark Ellis

domingo, novembro 03, 2013

Amor e Respeito (Parte 4)

Diane Ellis apresenta CASADA, as seis maneiras que os homens dizem que são mais importantes para as esposas comunicarem respeito para com seus maridos. Este é o quarto vídeo apresentando as matérias desenvolvidas por Dr. Emerson Eggerich, que explicam a importância de amor e respeito dentro do casamento.


sexta-feira, novembro 01, 2013

Amor e Respeito (Parte 2)

Segundo vídeo do encontro de casais "Amor e Respeito", realizado pela Igreja Batista Cidade Universitária.



Por Mark Ellis

quinta-feira, outubro 31, 2013

Amor e Respeito

Primeiro vídeo do encontro de casais "Amor e Respeito", realizado pela Igreja Batista Cidade Universitária.


Por Mark Ellis


Veja os outros vídeos do encontro em ibcu.org.br (procure por Encontro de Casais: Amor e Respeito - Mark Ellis)

quarta-feira, outubro 30, 2013

domingo, outubro 27, 2013

O labirinto para Jonas no grande peixe

Como é bom contarmos com bons materiais que no ajudam a ilustrar e conduzir as crianças à Palavra Sagrada.

Abaixo, um desenho que usarei para conversar com meu filho sobre a narrativa de Jonas. Faremos juntos o exercício depois que eu ler o capítulo 2 de Jonas, numa paráfrase que eu escrevi.


Clique na figura para ser redirecionado ao site original (arquivo em PDF).

O Bem Mais Precioso

Fonte: IBCU




O bem mais precioso que alguém pode encontrar na vida não é a felicidade. Existe uma utopia muito bem representada nas obras literárias seculares cujos desfechos são heróis que "viveram felizes para sempre". Tal utopia move bilhões de pessoas do mundo nesta busca pela felicidade. Todos querem ser felizes, e se aplicam vigorosamente à busca pela felicidade.

A felicidade na sua concepção mundana, é garimpada em substratos terrenos - os prazeres, as conquistas e as alegrias desta vida terrena. Tal felicidade é sempre circunstancial e dependente de uma sucessão de satisfações transitórias. Neste conceito, não há felicidade duradoura. O cantor Odair José percebeu bem que: "Felicidade não existe. O que existe na vida são momentos felizes".

O bem mais precioso que alguém pode encontrar nesta vida é conhecer o único Deus verdadeiro. Não há tesouro maior do que desfrutar da Sua graça salvadora e da Sua benevolência constante em um relacionamento de intimidade. Ser um filho de Deus e estar seguro com o destino irreversivelmente garantido pelo poder do Pai Celestial não tem preço. Somente tal conhecimento pode produzir uma alegria duradoura, e portanto, uma felicidade incessante. Mas tal alegria e felicidade não são um fim em si mesmas. O conhecimento de Deus o é.

O salmista expressa magistralmente o pensamento de Deus nesta questão. Em suas palavras percebemos que não há nada que esta vida possa proporcionar que seja levemente comparável ao maravilhoso privilégio de ser aceito em uma relação com Deus. "Porque a tua graça é melhor do que a vida; os meus lábios te louvam." (Sl 63:3).

Se por um lado, a felicidade não é um fim em si mesma e nem pode ser encontrada à parte de Deus, por outro lado, parece que muitos cristãos que já se encontraram com Deus simplesmente não são verdadeiramente felizes. Eles têm o tesouro mais precioso que existe, mas não desfrutam da satisfação e prazer que deveriam ter em Deus. Alguns vivem miseravelmente angustiados, frustrados, insatisfeitos e em constante murmuração. Outros, buscam e pensam encontrar sua satisfação nos prazeres e alegrias terrenos, e não em Deus. Como isso pode ser assim?

É lamentável, mas acontece. Um cristão pode perder a noção do quão precioso é conhecer o Deus altíssimo. Ele pode não dar o devido valor ao tesouro de valor infinito que recebeu. A perda desta noção move muitos cristãos à mesma utopia mundana de tentar encontrar a sua felicidade garimpando nos mesmos substratos terrenos que um pagão garimpa. O resultado é enganoso. Muitos quebram a cara e colhem frustrações. Outros se iludem, temporariamente fascinados por suas conquistas. Pensam que são felizes e realizados, mas para Deus são miseráveis infelizes. Pensam que são ricos mas para Deus são pobres. Pensam que enxergam longe, mas para Deus são cegos. Ostentam vestes onerosas, mas para Deus estão vergonhosamente nus.

Este tipo de cristão é representado pela igreja de Laodicéia do Apocalipse - uma igreja repugnantemente morna e que causa náusea no Senhor: "Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca; pois dizes: estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu." (Ap 3:15-17).

A todos nós cabe considerar atenta e seriamente a advertência subsequente feita à igreja de Laodicéia: "Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas. Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te. Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo." (Ap 3:18-20).

A verdadeira felicidade é decorrência do propósito maior de conhecer o Senhor e desfrutar da intimidade com Ele, que está à porta querendo entrar para que desfrutemos desta intimidade. Nele, e somente Nele somos verdadeiramente ricos. Nele, e somente Nele estamos vestidos e não expostos à vergonha. Nele, e somente Nele e enxergamos corretamente e não estamos iludidos pelas propostas mundanas.

Conhecer o Senhor é o bem mais precioso que existe. Que o Senhor mantenha-nos lembrados disso, e que nos discipline prontamente se porventura esquecermos.

quinta-feira, outubro 24, 2013

A Oração é anterior à Missão

Por T. Zambelli



Li/escutei uma frase esta semana que espero nunca mais esquecer:
"A história de missões é uma história de oração respondida." -- Samuel Zwemer

Essa frase me liga diretamente às palavras de Jesus, segundo Mateus (9.36-39): Ao ver as multidões, teve compaixão delas, porque estavam aflitas e desamparadas, como ovelhas sem pastor.  Então disse aos seus discípulos: "A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos.  Peçam, pois, ao Senhor da seara que envie trabalhadores para a sua seara". (grifo meu)

É comum dizermos "a obra é do Senhor." O que não é comum, é cristãos, depois de lerem o texto sagrado, simplesmente conversarem com o Pai: "Senhor, envie trabalhadores para Sua seara." Não me refiro às orações fervorosas ou piedosas (que aprecio). Refiro-me simplesmente a um diálogo com o Pai, o dono da obra, dono da seara. Nem esse simples diálogo parece ser comum entre aqueles que reconhecem as Escrituras como o veículo especial de comunicação de Deus para com Suas criaturas feitas à Sua imagem e semelhança, que nos ensina, antes de ir ou enviar, pedir ao Pai.

Espero que eu e você, possamos, sem vãs repetições, mas com um coração genuinamente desejoso e verdadeiro, frequentemente (entenda diariamente) dialogar com o Pai para que envie mais trabalhadores para uma seara (mundo) que tem:
  • 7.000 grupos não alcançados dos 16.000 existentes;
  • Mais de um bilhão de pessoas que não conhecem um cristão que pode lhe dizer sobre o Evangelho de Cristo;
  • 1/3 que nunca sequer ouviu este Evangelho, poder de Deus para salvação de todo que crê (Rm 1);

"Pai, envie mais trabalhadores, por favor."

terça-feira, outubro 22, 2013

Onde estás?

Por Reinaldo Bui


Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se, de fato, o Espírito de Deus habita em vós. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele. Se, porém, Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito é vida, por causa da justiça. Se habita em vós o Espírito daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal, por meio do seu Espírito, que em vós habita. (Leia Romanos 8.9-11)

Quando, em nossa caminhada, nos inclinamos para um lado ou outro, em algum lugar seguramente chegaremos: é lá que no final estaremos. Paulo, como escrevia para cristãos genuínos, salvos pela graça de Deus, única e exclusivamente pela fé, afirmava: “Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito...”, ou seja, penso que vocês se inclinaram para o Espírito, portanto é nEle que vocês se encontram. Mas imediatamente faz uma ressalva: “Se é que, de fato, o Espírito de Deus habita em vocês”.

Não são poucas as denominações que pregam o batismo do Espírito Santo como uma “segunda bênção” na vida do cristão. Então, inevitavelmente surge aquela pergunta: é possível a pessoa ser cristã (digo, salva em Cristo Jesus) sem ter o Espírito Santo? Paulo diz que não: “Se alguém não tem o Espírito de Cristo, este tal não é dele”.

Analisando melhor o que Paulo diz aqui: quem é de Cristo tem o Espírito. Se tem o Espírito é porque o Espírito habita nele. E se o Espírito habita nele, ele está no Espirito e (naturalmente) cogita das coisas do Espirito. Do contrário, se não é de Cristo não tem o Espírito, e se não tem o Espírito não é de Cristo! Simples, lógico e fácil de entender.

Mas a turma da segunda bênção vai buscar nas narrativas de Lucas em Atos dos Apóstolos o respaldo para sua doutrina. Atos 19.1-6 é a passagem preferida destes irmãos.

Antes de qualquer coisa, precisamos entender que o livro de Atos dos Apóstolos trata de um período de transição do Antigo para o Novo Testamento. O derramamento do Espírito Santo no dia de Pentecostes marca o início da Igreja, validando o pacto que Jesus fez na cruz: a Nova Aliança do Seu sangue. Tudo o que antecede aquela Páscoa e Pentecostes aconteceu debaixo da Antiga Aliança, inclusive a mensagem e batismo de João Batista e o ministério público de Jesus (ambos vieram anunciar a Nova Aliança). A partir da Cruz e do derramamento do Espírito sela-se a Nova Aliança. Todos os que creem em Cristo a partir destes acontecimentos recebem o Espírito Santo como selo desta Nova Aliança (aliança esta, não mais condicionada ao cumprimento da Lei, mas plenamente pela graça). Este foi o motivo daqueles discípulos terem recebido o Espírito após a mensagem de Paulo, esclarecendo que Jesus é o messias pregado por João Batista (até então a única mensagem que haviam ouvido).

Portanto, nenhum cristão deve se sentir duvidoso ou inferiorizado quando confrontado com a doutrina da experiência da segunda bênção, pois conhecemos a Cristo e (se de fato cremos nEle), podemos seguramente ter a certeza que o Espírito Santo habita em nós, não necessitando de uma experiência mística ou emocional que a evidencie: “Ah, agora sim...”

Alguns podem basear sua fé em uma experiência subjetiva e creio que ninguém jamais poderá julgar se esta é válida ou não. Porém, experiências pessoais são experiências pessoais e não devem ser normativas. Eu, particularmente, baseio minha fé na Palavra, independente de qualquer experiência que possa ter vivido.
Em Atos, alguns sinais evidenciavam que a pessoa havia recebido o Espírito, mas não é o caso aqui em Romanos. Aqui Paulo diz que a evidência do Espirito em nós, é que “Deus vivificará nosso corpo mortal através do Seu Espírito”.

Este é o cumprimento da promessa do Nosso Senhor e Salvador quando disse: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (João 10.10). Se cremos, temos o Espírito e é Ele quem nos proporciona esta vida em abundância. Por fim, esta afirmativa de Paulo está de pleno acordo com outra Palavra do Mestre: “O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida” (João 6.63).

Assim como aconteceu com aqueles discípulos de Éfeso, a fé veio pelo ouvir, e ouvir da Palavra de Cristo (Rm 10.17). É a Palavra que nos leva exatamente onde Deus quer nos levar, e é Ela quem nos dá vida plena. Apenas creia na Palavra... E creia na Palavra apenas!

segunda-feira, outubro 21, 2013

Inclinação e consciência

Por Reinaldo Bui


Porque os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne; mas os que se inclinam para o Espírito, das coisas do Espírito. Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz. Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus. (Leia Romanos 8.5-8; 1 Timóteo 1.5)

Para fazer uma curva de bicicleta, basta apenas inclinarmos nosso corpo para mudarmos de rumo. Embora não houvesse bicicletas no tempo de Paulo, penso que esta figura ilustra bem o que ele queria transmitir: seremos levados para um ou para outro lado, conforme nossa inclinação.

Inclinar para a carne significa seguir uma tendência, uma disposição mental, simpatizar mais com determinada ideia, conceito, doutrina ou filosofia do que para Deus. Ao ouvirmos falar sobre uma “pessoa carnal” normalmente pensamos num devasso. Porém, as coisas da carne não estão relacionadas apenas à depravação moral. Temos no outro extremo o religioso e o moralista; lembre-se dos capítulos 1 a 3 desta carta.

Podemos encontrar mesmo dentro da igreja muitos que se inclinam para a carne. Há uma relutância natural por parte de muitos, em concordar com a Palavra da verdade (Cl 1.3-5). Esta oposição invariavelmente leva à rebeldia e não são poucos os questionamentos: “Por que devo obedecer a Deus?” “Por que a vontade dEle é que deve prevalecer?” “Por que só Ele deve ser adorado?” “Por que Ele me priva de viver como bem entendo?” “Por que tudo o que é gostoso e divertido é pecado?” “Por que a Bíblia tem que ser a única verdade?” E por aí vai.

Não são poucos os que trilham por este caminho “...se amotinam, conspiram contra o SENHOR – e contra o seu Ungido, rompem os seus laços, sacodem suas algemas...” (Salmos 2), ou seja, afastam-se deliberadamente de Deus, e quando isso acontece assumem uma destas posições: ou repudiam totalmente qualquer coisa que tenha aparência de religiosidade ou criam sua própria religião, de acordo com as suas vontades. Tanto um quanto outro é inclinação da carne.

Carne é uma metáfora bem interessante e Paulo utiliza outras metáforas correlacionadas a esta. Por exemplo: como inclinação da carne é uma questão mental, automaticamente (e necessariamente) mexe com a consciência do indivíduo. A princípio é preciso apenas uma maquiagem leve para que esta nova conduta carnal seja menos conflitante com sua consciência. Porém, com o tempo, esta maquiagem não será mais capaz de esconder as feridas que se formarão por andar fora da trilha indicada por Deus.

Ao tratar de consciência, creio que o apóstolo Paulo tivesse em mente a figura de uma ferida, pois quando se refere à consciência do descrente ele utiliza a palavra corrompida (Tt 1.15), como se a ferida já estivesse contaminada. Uma ferida contaminada, quando não tratada, necrosa. Neste caso, o sujeito não mais terá problemas com sua consciência porque a necrose torna a região insensível. Cheira mal, mas não dói.

Já para o religioso, Paulo utiliza a palavra cauterizada (1Tm 4.2,3) ao descrever sua consciência. O cautério destrói o tecido orgânico criando uma casca sobre a ferida. Assim é o moralista: casca grossa, insensível porque julga que suas práticas o fazem mais espiritual que os outros.

Tanto a necrose quanto o cautério da consciência são mecanismos que procuram anular o conflito causado pela “norma da lei gravada no coração humano” (Rm 2.15): o sujeito sabe que está andando pelo caminho errado, mas se recusa a aceitar ou admitir. Eles questionam: “Afinal, quem disse que é errado?”

Como tratar estas feridas? Paulo sabia que a inclinação da carne fatalmente leva a um naufrágio espiritual (1Tm 1.19), por isso várias vezes admoestara seu amado discípulo: procure cultivar uma consciência boa, mantendo-a sempre pura e limpa!

O próprio apóstolo lutava e se esforçava por “...manter uma consciência pura diante de Deus e dos homens” (At 24.16). Principalmente diante de Deus porque mesmo que diante dos olhos humanos estivesse aparentemente tudo bem, ele sabia que é Deus quem nos julga (1Co 4.4). Havia uma preocupação bastante sadia de sua parte, e também deve ser a nossa: a de agradar a Deus mais do que a nós mesmos. Por isso ele escreve aqui: “...os que estão na carne não podem agradar a Deus”.

E então, para onde você se inclina: para a carne ou para o Espírito? Não consigo entender por que algumas pessoas ainda titubeiam entre estas duas opções, pois “...o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz”.

Bem, talvez seja simplesmente uma questão de orgulho e fé...

domingo, outubro 20, 2013

O fim da mulher

Recebi o texto abaixo de um grande amigo. Ainda que eu questione alguns comentários, achei o texto valioso para reflexão; sobre o feminismo.

Por Henry Makow

Hoje em dia as jovens mulheres estão tão ocupadas em busca duma carreira profissional que elas são virtualmente indistinguíveis dos homens. O feminismo deu órgãos sexuais masculinos psicológicos às mulheres.


Há já algum tempo que tenho frequentado uma pequena aula de culinária vegetariana. A professora é uma mulher de 70 anos que poderia muito bem passar por uma mulher de 55 anos. Por lá está também uma outra aluna, uma professora canadense-francesa, na casa dos 60 anos, também muito vivaz.

Normalmente não reparo nas mulheres da minha idade (eu tenho quase 64 anos) mas havia algo de diferente nestas mulheres. Eu senti-me tão relaxado que quase adormeci na sua presença. Enquanto pensava nisto, apercebi-me do motivo que me levava a estar à vontade na sua presença: estas mulheres são femininas. Eu havia-me deparado com uma espécie que se encontra quase extinta: "a mulher".

Tal como eu, estas mulheres haviam emergido dos anos 60 - um momento de transição. Durante este período, as escolas ensinavam às raparigas temas em torno da economia doméstica enquanto que os rapazes aprendiam mais sobre reparações. Os rapazes convidavam as raparigas para encontros românticos - para dançar ou para ir ao cinema. O sexo pré-marital era desdenhado e as crianças ilegítimas eram chamadas de "bastardas". Uma canção popular na altura tinha como refrão o seguinte:

Love and marriage
Love and marriage
Go together like a horse and carriage.

Fomos ensinados a questionar a autoridade mas não o nosso sexo.

O que é que estas mulheres tinham que as definia como "femininas"? Se pudesse escolher uma palavra, ela seria "vulnerabilidade". Estas eram mulheres que não matavam as suas próprias cobras, mas que em vez disso dependiam dum homem - o marido - para as proteger e para as dirigir. Para além disso, elas não entravam em competição com os homens.

Outra palavra é "sacrifício". Elas dedicavam-se à família e, em retorno, elas eram valorizadas. Elas eram valorizadas não devido à sua aparência, nem devido às suas conquistas profissionais (e muito menos devido à sua capacidade de ter respostas prontas) mas sim devido à sua contribuição para a família. Outra palavra-chave é "rendição". Ficamos com a sensação de que um homem leal, visionário e determinado poderia obter a devoção eterna duma mulher deste tipo.

Tanto o homem como a mulher foram gravemente prejudicados pela engenharia social dos Illuminati - com a ajuda dos nossos governos, da mídia e do sistema de ensino - que propositadamente debilitaram o sexo e o casamento. As mulheres ganharam "empoderamento" e os homens foram efeminados. O propósito é o de neutralizar e recriar a humanidade de modo a que esta se torne numa raça escravizada.

As mulheres foram originalmente criadas para se sacrificarem e se renderem à sua família, mas o feminismo ensinou às jovens mulheres que elas deveriam ser "fortes e independentes", e olhar para o homem, para o casamento e para a família com suspeição. Como resultado, foi negado às mulheres a realização que elas tanto anseiam e que só pode ser obtida através duma dedicação abnegada ao marido amoroso e aos filhos. Esta insatisfação ocorre também ao nível sexual.

Antigamente, as mulheres eram essencialmente diferentes dos homens: o seu foco era a vida doméstica, o seu espírito era um refúgio e um porto seguro para os homens, a sua energia feminina equilibrava a energia masculina dos homens. Hoje em dia as jovens mulheres estão tão ocupadas em busca duma carreira profissional que elas são virtualmente indistinguíveis dos homens. O feminismo deu órgãos sexuais masculinos psicológicos às mulheres.

Muitas destas jovens mulheres sofrem do que eu chamo de "transtorno de déficit de personalidade"; elas podem ter aparência, mas têm muito pouca personalidade, pouco estilo e ainda menos encanto. Elas não podem ser homens, mas elas já não sabem o que é ser mulher: elas são, se se pode dizer assim, mutantes.

Em contraste, há uma luz e um charme nas mulheres femininas da minha geração. Estas mulheres não se levam a elas mesmas muito a sério e os homens podem relaxar na sua presença. Elas continuam a ter um jeito de meninas e continuam a ser atraentes mesmo quando se encontram na casa dos 60 (e para além).

Sob a máscara dos "direitos" das mulheres e dos "direitos" dos homossexuais, os Illuminati desencadearam uma guerra à sexualidade natural e mutilaram os heterossexuais. Só satanistas é que poderiam atacar o amor que existe entre o marido e a mulher, mãe e filho.

Hoje em dia os homens são caracterizados como femininos e são facilmente dominados pelas mulheres; elas não se conseguem entregar ou amar homens assim.

A essência da masculinidade é o poder. Meu conselho para os homens jovens é que eles encontrem uma carreira profissional e que a desfrutem ao máximo. Façam uma linha visionária para a vossa vida e abram nela espaço para uma esposa. Depois disto, ajudem uma jovem mulher a encontrar a sua natureza feminina fundamental aceitando o teu papel de seu líder. Você deve ser o chefe, ou ela não te vai respeitar. Se não fizeres isso, passarás a ser um irmão ou um filho.

Tradução: Blog O Marxismo Cultural

sábado, outubro 19, 2013

O desentendimento entre Paulo e Barnabé

Por T. Zambelli

Todos sabemos que Paulo, o apóstolo de Jesus, foi um homem incrível para a história do cristianismo. Sua vida e sua pena são até hoje instrumentos de Deus para guiar e transformar vidas. Mas Paulo nem sempre foi assim. Saulo, como era conhecido, era um fervoroso perseguidor da Igreja de Cristo.

O antigo Paulo foi visitado por Jesus na estrada para Damasco. Pouco tempo depois que isso aconteceu, um homem, um Zezinho, foi quem o acolheu. Este Zezinho o apresentou aos apóstolos e se tornou um grande parceiro de evangelização e ensino das Escrituras. Sim, era um Zezinho mesmo. Seu nome era José, mas os apóstolos deram o nome de Barnabé, que significa encorajador (Atos 4.36).

Barnabé era o nome por detrás de Paulo. Não me surpreende Paulo ter sido a figura que conhecemos através das Escrituras. Você já notou quantas vezes Lucas, o autor de Atos, fala sobre o bom caráter de Barnabé? São muitas as vezes. (Não deixe de contar que ele era o homem escolhido pela igreja para várias tarefas. Aliás, não só pela igreja, mas o próprio Deus, o Espírito Santo, pediu à liderança de Antioquia que o separasse para a obra que Ele tinha planejado - Atos 13.)

Como em qualquer relacionamento de bons amigos, um desentendimento não poderia faltar. A Bíblia nos relata:

Algum tempo depois, Paulo disse a Barnabé: "Voltemos para visitar os irmãos em todas as cidades onde pregamos a palavra do Senhor, para ver como estão indo". Barnabé queria levar João, também chamado Marcos.  Mas Paulo não achava prudente levá-lo, pois ele, abandonando-os na Panfília, não permanecera com eles no trabalho. Tiveram um desentendimento tão sério que se separaram. Barnabé, levando consigo Marcos, navegou para Chipre, mas Paulo escolheu Silas e partiu, encomendado pelos irmãos à graça do Senhor. Passou, então, pela Síria e pela Cilícia, fortalecendo as igrejas. (Atos 15.36-41)

Quando observo o porquê de Paulo e Barnabé terem se desentendido, eu me pego sorrindo. Não foi uma questão doutrinária. Não foi uma questão denominacional. Tampouco foi porque Marcos não era um bom servo, pois Paulo mesmo o recomenda em 2Tm 4.11 - Só Lucas está comigo. Traga Marcos com você, porque ele me é útil para o ministério.

"Diferenças entre servos de Deus não precisam travar a obra de Deus. Há diferentes tipos de ministérios, mas o Senhor é o mesmo (1Co 12.5)." -- W. W. Wiersbe*

Depois deste desentendimento tão sério (v.39), não havia somente uma caravana missionária, mas duas. Uma formada por Paulo e Silas, outra por Barnabé e Marcos. Foi a soma das cidades que ambas as duplas visitaram que fez o alvo de voltar às cidades onde eles pregaram a palavra do Senhor concreta (v.36).

Desentendimentos sempre existirão. Eles não são pecados em si mesmos. Eles são parte do relacionamento humano. Mas que isso nunca trave o exercício (dever) que cada um de nós tem para com Deus: de proclamar o Evangelho de Jesus Cristo. Amém.

*(1992). Wiersbe’s expository outlines on the New Testament (p. 319). Wheaton, IL: Victor Books.

quarta-feira, outubro 16, 2013

A lei do Espírito de vida

Por Reinaldo Bui

Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte. Porquanto o que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado, a fim de que o preceito da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito. (Romanos 8.1-4)

A quantas “leis” o apóstolo Paulo está se referindo neste texto? Alguns contam duas, outros três ou até quatro (considerando o preceito da lei). Particularmente, creio que ele se referia a apenas duas leis: a lei do Espírito (que gera vida) e a lei (mosaica) que nos leva à morte. Sei que posso ser taxado de herege por algumas denominações por defender esta interpretação, pois não crêem que a lei do pecado e da morte que Paulo se refere seja a lei mosaica. Aqueles que são fissionados pelo Antigo Testamento e enxergam o cumprimento da lei mosaica como o supra sumo da vontade de Deus para o homem, jamais poderiam aceitar tal interpretação. Mas não podemos esquecer de todo desenvolvimento da argumentação de Paulo até chegar neste ponto. Vimos até agora que a lei mosaica (a lei do Antigo Testamento) não tem poder para salvar ninguém, nem para desenvolver santidade e espiritualidade e nem tampouco podemos agradar a Deus ao “tentar” cumpri-la. Muito pelo contrário: a lei nos condena, ela avulta nossa natureza pecaminosa e nos constrange a reconhecermos a necessidade de um salvador. 

Somente ao tomar conhecimento da Nova Aliança inaugurada por Cristo, não baseada na caducidade da letra (lei), mas na “novidade” do Espírito (Romanos 7.6) é que o homem pode compreender que o supra sumo da vontade de Deus para o nós é que andemos no Seu Espírito: a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte. Esta lei do Espírito é a “lei do amor” de Cristo a qual nos referimos. 

Mas, por que a lei mosaica não foi eficiente se ela é tão boa, afinal ela é a “Lei de Deus”? Paulo responde: “o que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne”, ou seja, para a lei mosaica tivesse efeito, ela dependia da nossa carne... que é corrompida. Vemos que já no AT Deus sinalizava que não dava para confiar no homem: 

“Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá? Eu, o SENHOR, esquadrinho o coração, eu provo os pensamentos” (Jeremias 17.10)

Deus esclarece por que pecamos: é um assunto do coração. Usando uma linguagem bíblica, é ele quem dirige nossa carne. Nosso coração é enfermo e por isso todos os nossos desejos, ações e intenções são contaminadas. Por isso “Deus [enviou] o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado”. 

Jesus foi o único que cumpriu cabalmente a lei veterotestamentária, porque, em semelhança de Adão, veio ao mundo sem pecado, mas, diferente de Adão, não pecou. Graças a obra de Cristo na cruz temos o Espírito Santo a nosso favor, e se “não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito, o preceito da lei se [cumpre] em nós”. 

Note, que não é a lei, mas o preceito da lei se cumpre em nós: a justiça, a misericórdia e a fé (Mateus 23.23).

terça-feira, outubro 15, 2013

Conflito entre as duas leis

Por Reinaldo Bui


Porque bem sabemos que a lei é espiritual; eu, todavia, sou carnal, vendido à escravidão do pecado. Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim. Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros. (Leia Romanos 7:14-23)

Quando o pecado entrou no mundo o homem literalmente passou a conhecer o bem e o mal. Isto significa que o pecado transforma as coisas boas que Deus fez em coisas mortais. Você pode pensar em qualquer área da nossa existência: descanso, dinheiro, sexo, autoridade, ira, comida, língua, olhos, caridade, criatividade, ciência, etc. Todos nós, sem exceção, temos este potencial para arruinar o que Deus criou com tanto amor. Potencial para arruinar a natureza (nosso consumismo está deteriorando o planeta), potencial para arruinar a vida do próximo (quando nos recusamos a acolher, compartilhar e amar como Cristo fez), potencial para arruinar relacionamentos (quando amar a si mesmo cada vez mais), potencial para arruinar nossa própria vida (seguindo os impulsos do seu coração), e por aí vamos...

Paulo era igualzinho a nós, só que ele reconhecia sua natureza carnal (Romanos 7.18-21): 

Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço. Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim. Ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim.

Este trecho não é uma permissão ou uma desculpa para pecar, como quem diz: “Não fui eu... foi o pecado!” Aqui Paulo mostra que esta é a experiência de quem tenta levar a vida pelo esforço próprio: só derrotas! Pior ainda é ver o que acontece (agora dentro da igreja) quando se tenta levar uma vida assim: máscaras e hipocrisia!

Muitas vezes queremos vender a imagem de que somos espirituais, que estamos vivendo bem com Deus, mas sabemos muito bem dos nossos pecados escondidos! Pode ser na intenção daquilo que falamos, olhamos, ou o que maquinamos na mente. Não se iluda: Deus conhece cada recôndito do nosso ser, sem exceção! Temos muitas máscaras na igreja, porque há muitos crentes vivendo apenas de aparências, tentando demonstrar espiritualidade através do cumprimento da lei. Jamais conseguirão, e mesmo assim insistem impor suas regrinhas àqueles a quem estão discipulando. Com isto, conseguirão apenas duas coisas: maldição e fracasso! Então Paulo registra o grito de derrota do legalista: 

Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte? (v. 24)

Havia na Roma antiga uma punição bastante cruel para alguns assassinatos. O culpado deveria permanecer com o cadáver amarrado nas suas costas. Talvez o apóstolo Paulo esteja usando desta metáfora para se referir à nossa natureza morta, que precisamos carregar ainda nesta vida. Mas logo em seguida, ele brada o grito de vitória: 

Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. De maneira que eu, de mim mesmo, com a mente, sou escravo da lei de Deus, mas, segundo a carne, da lei do pecado.

segunda-feira, outubro 14, 2013

A lei e a prática do pecado

Por Reinaldo Bui


Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, despertou em mim toda sorte de concupiscência; porque, sem lei, está morto o pecado. (Romanos 7.8)

Imagine que eu enchesse a cozinha de casa com todos os tipos de doces, bolos, biscoitos, sorvetes e te desse a liberdade para comer o que quisesse e à vontade (sem medo de engordar, isso é só um exercício de imaginação). Você poderia comer de tudo... menos aquela trufa que está em cima do armário. Adivinha em qual doce você não pararia de pensar, e mais desejaria querer comer? Ou imagine que eu te levasse à minha biblioteca particular e dissesse: pode ler qualquer livro ou revista... menos aquele livrinho azul sobre a minha mesa. Ativaria sua curiosidade ou não?

Foi assim com o primeiro casal no Éden, e é assim com a gente hoje. Esta é a natureza humana e este é o efeito da lei no homem: A lei não nos ajuda e nem tem poder para nos controlar. Pelo contrário, ela desperta o pecado, inflama nossos desejos e acaba levando para a morte. Isto pode levar alguns a questionar se o problema, então, não está na lei. Note que em Romanos 7.7, Paulo se antecipa nesta dúvida:
Que diremos, pois? É a lei pecado? De modo nenhum! Mas eu não teria conhecido o pecado, senão por intermédio da lei; pois não teria eu conhecido a cobiça, se a lei não dissera: Não cobiçarás. 

De modo nenhum, ele responde. A lei é santa, perfeita, boa, pura (Salmos 19.7), é extremamente valiosa, nos mostra o caráter de Deus, ...mas mostra também a nossa natureza. 

Alguns de nós lembramos o que acontecia quando um exame de DNA (para comprovar paternidade) era aberto no programa do Ratinho. A pancadaria comia solta. Mas por quê? Será que o problema está no exame? Não, pois ele é 99,99% confiável. O problema está na natureza humana. A lei é como aquele exame: apenas mostra o nosso pecado. A cura nós encontramos em Jesus, apenas pela fé: seja para salvação, seja para santificação. 

A lei também deve funcionar como um espelho para nós, onde nos enxergamos. Um espelho para nossa alma, que diz exatamente quem nós somos. Algumas pessoas se olham no espelho e realmente pensam que são bonitas. Algumas de fato são (segundo um padrão de estética humano e tirano). Mas a verdade é que somos hoje não mais a imagem e semelhança de Deus, mas sim a imagem e semelhança do homem caído. A verdade é que estamos todos num processo de envelhecimento irreversível e irremediável, caminhando para a morte. Ao olhar para a lei, deveríamos não nos enxergar puros, lindos e perfeitos; mas corrompidos e condenados, a caminho da morte. A lei não salva, nos condena. Mas... 

... o que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado (Romanos 8.3) 

Portanto, ao invés de impor a lei, devemos ajudar com amor. Esta é a contraproposta de Jesus: o amor. Quando se impõe a lei, ativa-se a tentação. A propósito, qual seria a solução para todos aqueles conflitos que exames de DNA disparavam no programa do Ratinho? Resposta: o Amor – que cobre multidão de pecados (1Pe 4.8).

domingo, outubro 13, 2013

A prática da lei do amor

Por Reinaldo Bui


Que diremos, pois? É a lei pecado? De modo nenhum! Mas eu não teria conhecido o pecado, senão por intermédio da lei; ...Porque bem sabemos que a lei é espiritual; eu, todavia, sou carnal, vendido à escravidão do pecado. (Leia Romanos 7:7 a 14)

Em Mateus 5, 6, 7, no sermão do monte, Jesus estava colocando em contraste a Lei do AT com sua “Lei do Amor”. Se lêssemos seus ensinamentos com os óculos culturais do judeu do século primeiro, perceberíamos que Jesus choca ao quebrar vários paradigmas da antiga religião. Um fato marcante deste sermão foi ouvir Jesus se colocar em igual autoridade com a Torah: 

Ouvistes o que foi dito... eu porém vos digo... (Mt 5.21-44)

Outro foi ter ouvido do próprio Jesus o ensino de que pecado não é só a ação isolada. É mais do que isto: pecado começa com a intenção oculta no coração. A lei estabelecia limites ao homem: não adulterarás! Jesus, porém, nos diz que só de alimentar um pensamento, já pulou a cerca! Por outro lado, Sua Lei do amor nos ensina a amar a outra pessoa a ponto de nem pensar nisto! Se amarmos o próximo (neste caso alguém do sexo oposto) como um irmão/irmã em Cristo, não alimentaremos uma fantasia adúltera somente para satisfazer a carne. Sequer suportaremos tal ideia. 

Mais um exemplo prático: havia no AT a lei do dízimo para o povo judeu (muito mal interpretada hoje em dia, por sinal). De modo geral, o judeu oferecia a décima parte da sua produção como oferta dedicada a Deus (na verdade, se considerarmos todas as ofertas exigidas pela lei ao povo judeu, somava cerca de 23%). Já a lei do amor nos leva a repartir de bom grado o que temos com quem tem necessidade. Isto é muito mais que 10%. Amor não tem porcentagem. Imagine que um irmão esteja desempregado e sua família passando muita necessidade. O que você diz? 

– Já cumpri minha obrigação com o dízimo... Vamos orar pelo irmão. 

Isto é amor? Será que é isto que Deus espera de nós? 10%? Veja o que Tiago adverte em sua epístola:

Se um irmão ou irmã estiver necessitando de roupas e do alimento de cada dia e um de vocês lhe disser: "Vá em paz, aqueça-se e alimente-se até satisfazer-se", sem porém lhe dar nada, de que adianta isso? (Tg 2.15,16)

A Lei de Cristo não é porcentagem, é amor. O princípio que deve reger nossas ofertas é a liberdade de dar com alegria, com amor. A “lei” de Cristo vai muito além da lei de Moisés, porque não é LEI, no sentido estrito da palavra, mas é o fruto do Espírito crescendo dentro de nós, agindo através de nós.

A lei de Moisés nunca funcionou para consertar o homem e nem serve para a nos aperfeiçoar porque a lei não santifica ninguém, ela evidencia o pecado! (Como vemos em Romanos 7.7-14.)

Além do mais, temos que entender que esta lei foi dada para o judeu (o povo debaixo da Antiga Aliança), e não para o gentio. Nós, crentes da Nova Aliança, estamos completamente livres desta lei, pois (repito) Deus não a deu para o cristão, mas sim para o judeu. Há ainda aqueles que dividem a lei em cerimonial, dietética, moral, civil, e escolhem: isto nós temos que cumprir, aquilo não! Isto também é um absurdo, pois a lei é singular. Não existe nem no AT, e nem no NT qualquer evidência que Deus tenha ordenado à Igreja: cumpra só esta parte ou só aquela. 

Não se preocupe com a lei de Moisés. Apenas creia em Jesus e ame o próximo como Cristo te amou!

sábado, outubro 12, 2013

Suficiente: canção de Chris Tomlin

Enough/Suficiente
Chris Tomlin


Letra

All of You is more than enough for all of me
Tudo de Você é mais que suficiente para mim

For every thirst and every need
Para cada sede e cada necessidade

You satisfy me with Your love
Você me satisfaz com Seu amor

And all I have in You is more than enough
E tudo o que eu tenho em Você é mais que suficiente

You are my supply
Você é meu suprimento

My breath of life
Meu sopro de vida

And still more awesome than I know
E ainda mais incrível que eu (já) conheço

You are my reward
Você é minha recompensa

worth living for
Valioso em viver por

And still more awesome than I know
E ainda mais incrível que eu (já) conheço

All of You is more than enough for all of me
Tudo de Você é mais do que o suficiente para mim

For every thirst and every need
Para cada sede e cada necessidade

You satisfy me with Your love
Você me satisfaz com Seu amor

And all I have in You is more than enough
E tudo o que eu tenho em Você é mais que suficiente

You're my sacrifice
Você é meu sacrifício

Of greatest price
De maior valor

And still more awesome than I know
E ainda mais incrível que eu (já) conheço

You're the coming King
Você é o Rei vindouro

You are everything
Você é tudo

And still more awesome than I know
E ainda mais incrível que eu (já) conheço

More than all I want
Mais do que eu preciso

More than all I need
Mais do que tudo que eu preciso

You are more than enough for me
Você é mais do que o suficiente para mim

More than all I know
Mais do que eu (já) conheço

More than all I can say
Mais do que eu posso dizer

You are more than enough for me
Mais do que o suficiente para mim

sexta-feira, outubro 11, 2013

Mark Ellis: porcos e ovelhas

Por Mark Ellis

Há uma linha de pensamento que um crente de verdade não pode cair e "deitar" no pecado. A parábola do filho pródigo é prova que o crente pode cair no chiqueiro, sim. A diferença não é o local. Jesus chamou os que rejeitam a palavra de "porcos," e os salvos de "ovelhas." A diferença entre o crente e o descrente não é o chiqueiro. É que quando a ovelha está no chiqueiro, está miserável, enquanto o descrente está no seu ambiente natural. O lugar de ovelha está nos pastos verdejantes, ao lado das águas tranquilas, seguindo Seu Pastor nas veredas da justiça. Está miserável? Considere o ambiente no que deita.



"Arrependa-se, porque o Reino de Deus está próximo."

quinta-feira, outubro 10, 2013

A lei do amor

Por Reinaldo Bui



Agora, porém, libertados da lei, estamos mortos para aquilo a que estávamos sujeitos, de modo que servimos em novidade de espírito e não na caducidade da letra. (Leia Romanos 7.6; João 13.34)

Existe alguma lei na vida do crente? Sim! Quando perguntamos quais são os dois mandamentos de Cristo a resposta sempre é: Amar a Deus sobre todas as coisas e amar ao próximo como a si mesmo! Mas preste atenção: estes não são de Cristo, são da Lei (Mt 22:36-40). Jesus nos deu seus dois mandamentos na última ceia com seus discípulos, quando foi instituída a Nova Aliança. Naquela ceia, Jesus anuncia o fim da Antiga Aliança, baseada na Lei, e o início duma Nova aliança, totalmente baseada na graça.

Os dois mandamentos de Cristo são: (1) Creia em mim. Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. (João 14.1). (2) Ame o próximo como eu vos amei: Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. (João 13.34). Estes mandamentos devem balizar toda nossa vida Cristã.

Percebe a diferença? Não mais amar o próximo como a si mesmo, pois amar o próximo baseado no quanto nos amamos é um problema sério. Por um lado, se eu não me amo, não amarei o próximo também! Por outro lado, há uma forte corrente que prega que devemos aprender a nos amar mais para poder amar o próximo! 

Será que aumentar nossa auto estima refletirá num aumento substancial de preocupação ao bem estar alheio? Quanto mais eu me amar mais amarei o próximo? Amor próprio é um mandamento? Assim Deus não estaria nos incentivando a intensificar atenção e gastos com nossa própria pessoa antes de pensar no próximo? Será que naturalmente já não fazemos isto?

Deus não estava sugerindo, em hipótese alguma, que seu povo desenvolvesse um mecanismo de “auto-amabilidade” para poder amar o próximo de um modo mais sublime. Não! Deus sabe que somos egoístas por natureza. A ideia expressa aqui pelo Senhor é melhor compreendida se lermos: “Ame o próximo como você se ama”. Você consegue?
Note o que lemos em 1João 3.21-23:

Ora, o seu mandamento é este: que creiamos em o nome de seu Filho, Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, segundo o mandamento que nos ordenou.

O grande lance é que os dois mandamentos de Cristo não são para serem “simplesmente obedecidos”, são para serem vividos todos os dias. Confie em Jesus, e receba dele a força para amar como Ele amou, de acordo com a vontade de Deus; não baseado no nosso sentimento, mas no Espírito Santo. Quando nós cumprimos este mandamento, não precisamos nos preocupar em cumprir leis e nem regras, pois se amarmos incondicionalmente (como Cristo nos amou) satisfaremos plenamente todos os mandamentos da lei. Se eu amar o próximo como Cristo me amou, eu não vou roubar os seus bens, cobiçar, seduzir, maldizer, mentir, mas estarei preocupado com seu bem estar, sua felicidade, seu crescimento espiritual, etc.

quarta-feira, outubro 09, 2013

Aonde nos leva o outro evangelho

Por Reinaldo Bui



Porque, quando vivíamos segundo a carne, as paixões pecaminosas postas em realce pela lei operavam em nossos membros, a fim de frutificarem para a morte. (Leia Romanos 7.5; 1 Timóteo 4.1-3)

Mais de uma vez Jesus advertiu seus discípulos a tomarem cuidado com o fermento dos fariseus e dos saduceus (Mt 16.11-12). Ele sabia o quão perigoso e maléfico seria para a sua Igreja as doutrinas disseminadas por estes grupos. E aconteceu! No capítulo 2 de Gálatas, Paulo conta sobre a bronca dele com Pedro, que se deixara influenciar pela presença dos judaizantes (Gl 2.11-14). Pedro estava agindo com hipocrisia, deixando-se intimidar pela presença destes homens. Infelizmente isto é muito comum, pois sempre há o medo de ser julgado pelos grupos mais legalistas. Tomemos cuidado com este fermento!

Devemos compreender que tanto os fariseus quanto os saduceus eram estudiosos aplicados e exímios cumpridores da Torah, ou seja, “A Lei do Antigo Testamento” que fora revelada por Deus através de Moisés, confirmada pelos profetas e por anjos, citada e reconhecida pelo Senhor Jesus. Agora, o agravante de toda esta situação é que se o legalismo condenado por Jesus era aquele atrelado a esta Lei, quão pior é aquele legalismo que diz respeito a regrinhas inventadas por homens? 

Ao escrever sua carta aos Colossenses, o apóstolo Paulo preocupou-se em passar-lhes algumas instruções a este respeito: 

"Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados... Se morrestes com Cristo para os rudimentos do mundo, por que, como se vivêsseis no mundo, vos sujeitais a ordenanças: não manuseies isto, não proves aquilo, não toques aquiloutro, segundo os preceitos e doutrinas dos homens?" (Cl 2.16-23)

Quando mais uma vez os legalistas chegaram e tentaram impor suas leis (regrinhas) Paulo instrui os crentes de Colossos: Não permitam que vos julguem... não se submetam a isto! Acho difícil acreditar que muitas denominações nunca tenham atentado para qualquer uma destas epístolas. Mas ao menos podemos tirar uma lição daqui: não permita que ninguém julgue sua vida cristã baseando-se numa lista de regrinhas. 

Aqui, o apóstolo chama estas regrinhas de “ensinos humanos”. Até que ele estava sendo razoável, pois em 1Timóteo 4 ele as descreve como sendo ensinamentos de demônios. Sabe por quê? É porque estas regrinhas não vêm de Deus. São tentativas do demônio de roubar-nos a alegria da salvação, a herança da graça.

Legalismo não vem de Deus, é do maligno. E pior ainda: Não ajuda em nada o nosso desenvolvimento espiritual e nem presta para refrear os impulsos da carne. Então, aquele que tem a lei como uma cerca para lhe proteger e limitar sua natureza carnal pode concluir: se é assim, não há nada mais que refreie meus impulsos e me impeça de pecar! 

Mas graças a Deus, agora, com a mente de Cristo, podemos pensar de maneira diferente. Pense, que embora a sua natureza humana deseje pecar, a graça de Deus te dá outra opção: a liberdade de escolher NÃO PECAR. Quando éramos escravos do pecado, não tínhamos escolha, mas agora temos: a graça de Deus nos dá a liberdade para não pecar!