domingo, outubro 27, 2013

O Bem Mais Precioso

Fonte: IBCU




O bem mais precioso que alguém pode encontrar na vida não é a felicidade. Existe uma utopia muito bem representada nas obras literárias seculares cujos desfechos são heróis que "viveram felizes para sempre". Tal utopia move bilhões de pessoas do mundo nesta busca pela felicidade. Todos querem ser felizes, e se aplicam vigorosamente à busca pela felicidade.

A felicidade na sua concepção mundana, é garimpada em substratos terrenos - os prazeres, as conquistas e as alegrias desta vida terrena. Tal felicidade é sempre circunstancial e dependente de uma sucessão de satisfações transitórias. Neste conceito, não há felicidade duradoura. O cantor Odair José percebeu bem que: "Felicidade não existe. O que existe na vida são momentos felizes".

O bem mais precioso que alguém pode encontrar nesta vida é conhecer o único Deus verdadeiro. Não há tesouro maior do que desfrutar da Sua graça salvadora e da Sua benevolência constante em um relacionamento de intimidade. Ser um filho de Deus e estar seguro com o destino irreversivelmente garantido pelo poder do Pai Celestial não tem preço. Somente tal conhecimento pode produzir uma alegria duradoura, e portanto, uma felicidade incessante. Mas tal alegria e felicidade não são um fim em si mesmas. O conhecimento de Deus o é.

O salmista expressa magistralmente o pensamento de Deus nesta questão. Em suas palavras percebemos que não há nada que esta vida possa proporcionar que seja levemente comparável ao maravilhoso privilégio de ser aceito em uma relação com Deus. "Porque a tua graça é melhor do que a vida; os meus lábios te louvam." (Sl 63:3).

Se por um lado, a felicidade não é um fim em si mesma e nem pode ser encontrada à parte de Deus, por outro lado, parece que muitos cristãos que já se encontraram com Deus simplesmente não são verdadeiramente felizes. Eles têm o tesouro mais precioso que existe, mas não desfrutam da satisfação e prazer que deveriam ter em Deus. Alguns vivem miseravelmente angustiados, frustrados, insatisfeitos e em constante murmuração. Outros, buscam e pensam encontrar sua satisfação nos prazeres e alegrias terrenos, e não em Deus. Como isso pode ser assim?

É lamentável, mas acontece. Um cristão pode perder a noção do quão precioso é conhecer o Deus altíssimo. Ele pode não dar o devido valor ao tesouro de valor infinito que recebeu. A perda desta noção move muitos cristãos à mesma utopia mundana de tentar encontrar a sua felicidade garimpando nos mesmos substratos terrenos que um pagão garimpa. O resultado é enganoso. Muitos quebram a cara e colhem frustrações. Outros se iludem, temporariamente fascinados por suas conquistas. Pensam que são felizes e realizados, mas para Deus são miseráveis infelizes. Pensam que são ricos mas para Deus são pobres. Pensam que enxergam longe, mas para Deus são cegos. Ostentam vestes onerosas, mas para Deus estão vergonhosamente nus.

Este tipo de cristão é representado pela igreja de Laodicéia do Apocalipse - uma igreja repugnantemente morna e que causa náusea no Senhor: "Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca; pois dizes: estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu." (Ap 3:15-17).

A todos nós cabe considerar atenta e seriamente a advertência subsequente feita à igreja de Laodicéia: "Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas. Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te. Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo." (Ap 3:18-20).

A verdadeira felicidade é decorrência do propósito maior de conhecer o Senhor e desfrutar da intimidade com Ele, que está à porta querendo entrar para que desfrutemos desta intimidade. Nele, e somente Nele somos verdadeiramente ricos. Nele, e somente Nele estamos vestidos e não expostos à vergonha. Nele, e somente Nele e enxergamos corretamente e não estamos iludidos pelas propostas mundanas.

Conhecer o Senhor é o bem mais precioso que existe. Que o Senhor mantenha-nos lembrados disso, e que nos discipline prontamente se porventura esquecermos.

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