Por Ron Allchin
É bíblico estabelecer alvos?
Recentemente, revi os alvos que estabeleci para o ano que está terminando e fiquei bastante encorajado quando constatei que muitos deles foram alcançados. Alguns objetivos não foram inteiramente cumpridos, mas não fiquei desanimado, embora eu saiba que poderia certamente ter investido mais em alguns deles ou planejado melhor.
Passei a considerar quais seriam meus alvos para o ano que está chegando. Pensei até mesmo se eu deveria ou não definir alvos. Se eu não estabelecer metas, não terei o que lamentar no balanço final, mas certamente também não terei motivação para progredir. A verdadeira questão, porém, é: “O que Jesus quer que eu faça?”.
Em Lucas 14, Jesus ensinou claramente sobre a finalidade dos alvos: considerar o futuro e definir metas sábias e acessíveis. Jesus lembrou a seus discípulos que antes de fazer quaisquer planos para o futuro é preciso assentar-se primeiro e considerar o que queremos alcançar e como faremos. Se o objetivo for a construção de um edifício, é preciso calcular as despesas ANTES de iniciar a construção. Se for ganhar uma batalha, é preciso assentar-se primeiro e considerar a melhor estratégia.
Nossa vida é como a construção de um edifício. Jesus ensinou aos Seus discípulos que o homem prudente constrói sua casa sobre a rocha (Mt 7.24). A rocha é Jesus. Mais especificamente, construir sobre esta Rocha significa ouvir as palavras de Jesus e colocá-las em prática. O homem sábio é aquele que consulta sempre a Palavra de Deus e considera os custos para determinar se está construindo sua casa de forma correta para que, no final, tenha implementado uma estratégia vitoriosa.
Em quais áreas devo estabelecer alvos para crescer integralmente (Lc 2.52)?
Aqui você tem algumas sugestões.
· Área espiritual: estudo bíblico, oração, memorização das Escrituras, participação na igreja local.
· Área intelectual: educação continuada, leitura de bons livros.
· Área física: alimentação adequada, exercício físico, descanso, controle físico e odontológico.
· Área social: um novo amigo, participação em um grupo pequeno, crescimento como amigo.
· Área de comunicação: palavras de incentivo e reconciliação em relacionamentos.
· Área financeira: disciplina para ganhar, gastar e dar o dinheiro que pertence a Deus, poupança.
· Área profissional: trabalhar como se Cristo fosse o seu chefe – e Ele é!
· Área familiar: uma agenda que inclui também momentos de diversão com cônjuge e filhos.
Qual é a única motivação do coração que leva ao sucesso verdadeiro?
Para que os alvos a serem alcançados durante o novo ano honrem a Deus, precisamos ter a motivação certa. Alguns estabelecem o alvo de ler a Bíblia só para dizer: “Eu li a Bíblia toda durante esse ano”. Alguns estabelecem alvos na área intelectual para conseguir um emprego melhor ou ganhar mais dinheiro. Outros estabelecem alvos relacionados a dieta e exercício físico para alcançar uma aparência mais bonita e bem-estar. Outros ainda podem trabalhar mais para agradar o chefe ou para ter boa reputação e conseguir uma promoção. Cônjuges e pais podem fazer programas especiais com a família só para agradar um ao outro.
Todos esses são bons motivos, mas negligenciam a motivação principal. Sem um propósito eterno, todas as demais motivações temporais fracassarão dentro de algumas semanas ou meses. Todos nós conhecemos isso de perto.Todos nós já estabelecemos alvos por razões erradas e descobrirmos que quando essa motivação desaparece, perdemos o ânimo de seguir em frente. Os alvos bíblicos exigem motivações eternas!
Escolha 1 Coríntios 10.31 para dirigir sua vida no novo ano. A glória de Deus deve ser a motivação principal quando você estabelecer seus alvos. ”Assim, quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus.” Para que entendamos a questão central, Paulo usa como exemplo duas atividades que são tão rotineiras, coisas que fazemos várias vezes ao dia. Quantas vezes durante as festas de fim de ano você, sem pensar, excedeu na comida ou bebida? Sim, até mesmo comer e beber são para a glória de Deus e estão incluídos nos alvos físicos. Todos os demais alvos encaixam-se em “…tudo o que fizerem… façam de todo o coração, como para o Senhor…” (Cl 3.23).
Sem Deus como o motivador e Sua glória como a motivação eterna e principal, todos os outros planos murcharão ou terão um sucesso falso, alcançado com uma motivação orgulhosa, que esquece a verdadeira razão para traçarmos e alcançarmos qualquer alvo nesta vida (Fp 1.21).
Para cada aspecto da vida, estou fazendo as perguntas certas para dirigir meu viver diáro?
Que todos nós possamos nos perguntar várias vezes ao longo de cada dia do ano novo: “Minha motivação atual para alcançar esse alvo está baseada fundamentalmente no desejo de dar glória a Deus (Is 43.7)?”.
Graças ao grande amor do SENHOR é que não somos consumidos, pois as suas misericórdias são inesgotáveis.
Renovam-se cada manhã; grande é a sua fidelidade!
Digo a mim mesmo: A minha porção é o SENHOR; portanto, nele porei a minha esperança.
Lm 3.22-24