terça-feira, janeiro 10, 2012

Você honra a Deus com seus estudos?

Por Alex Chediak
A faculdade representa um campo minado de tentação para o estudante cristão. É, frequentemente, a primeira vez que um jovem criado num lar piedoso está sob a influência direta e contínua tanto de professores com pautas seculares quanto de colegas com ambições imorais. Influências de caráter profano podem ser facilmente percebidas, mesmo em muitos colégios cristãos, onde a liberdade que a mamãe e o papai dão resulta em algumas experiências com o pecado, talvez manifestando seu estado de não convertido. 

Mas a faculdade também representa uma incrível oportunidade para um crescimento espiritual e intelectual sem igual. Como pode um cristão prosperar na faculdade, em vez de flertar com o pecado ou rejeitar sua fé?

1. Primeiro, por não negociar a moral cristã (Ef 5:3-11):

Amizades com alunos não-cristãos ou marginalmente cristãos precisam excluir a prática de atividades que claramente desagradam a Deus ou contaminam sua consciência.

2. Em segundo lugar, por amar a Deus com sua mente:

Procurando ser o melhor aluno que você pode ser, conforme a proporção do dom que te foi confiado, cultivando frutuosamente seus talentos dados por Deus nas habilidades que preparam você para a vocação com a qual você vai servir o Senhor depois de se formar. Nesse meio tempo, ser um estudante é uma vocação, e o trabalho de um aluno é intrinsecamente bom e um dom de Deus. Aplique-se nesta época de preparação.

3. Em terceiro lugar, buscando crescer em santidade:

Buscando crescer em santidade dentro de uma comunidade que te desafia a vigorosamente matar o pecado (Rm 6:12-14;. Hb 12:1-2), repudiar a infantilidade, e “esperar grandes coisas de Deus e tentar grandes coisas para Deus”(William Carey). Em suma, a faculdade deve ser uma rampa de lançamento para tudo o que acompanha a idade adulta de um cristão responsável.

Cristãos nas universidades seculares às vezes questionam a respeito de qual a extensão do que eles podem aprender de professores não-cristãos. Desejando não se conformar ao padrão deste mundo (Rm 12:2a), eles podem minimizar o valor dos acadêmicos, dando maior prioridade a relacionamentos cristãos e organizações de comunhão existentes no campus. Mas se Daniel e José são alguma indicação, é possível (e recomendável) se sobressair até mesmo em ambientes hostis (Dn 1:20; Gn 39:2). Porque a graça comum de Deus é distribuída a todos, professores não-cristãos têm uma riqueza de experiência em suas respectivas disciplinas. Preste atenção às suas aulas e assiduamente conclua suas tarefas. Aprenda com eles, mesmo enquanto você examina suas bases filosóficas. Na verdade, na medida em que você se destaca nas aulas deles, você vai ganhar não só o respeito deles, mas o respeito dos outros em seu campo de estudo.

Como um calouro de faculdade, eu tive aula de filosofia com um ateu. Depois de ficar com nota oito em meu primeiro exame, eu fui conversar com o professor. Eu lhe perguntei como eu poderia fazer melhor. Ele me ensinou a sintetizar perspectivas filosóficas e a expressar uma opinião oposta antes de oferecer uma refutação, de forma sucinta e imparcial. Seu conselho me fez um melhor pensador, debatedor e escritor até este dia.

Colegas não-cristãos também te permitem a oportunidade de praticar a tolerância cristã verdadeira. A tolerância sentimental dos nossos dias sugere que a harmonia relacional exige que a verdade seja relativa: “o que é verdade para mim não precisa ser verdade para você – só assim podemos nos dar bem”. Mas a tolerância bíblica envolve tratar os outros com caridade e respeito, mesmo quando acreditamos que eles estão errados. A verdade permanece objetiva, absoluta, e externa a nós. Nós podemos compartilhar as refeições, praticar esportes e estudar com os não-cristãos, honrando-os e sendo abençoados pela imago Dei neles, enquanto (conforme a oportunidade permitir) vigorosamente refutamos crenças não-cristãs (do materialismo à espiritualidade amorfa) e agradavelmente apresentamos argumentos para a fé cristã.

A competição acadêmica da faculdade coloca em exposição a parábola dos talentos (Mt 25:14-30), que pode ser uma fonte de ansiedade indevida para muitos. Alguns aparentemente têm cinco talentos, outros têm dois, outros têm um. Joe só tira dez em cálculo e física, fazendo pouco esforço, enquanto Jason se esforça ao máximo para conseguir nove. Injusto? Não, pois ninguém tem nada que não tenha recebido (1Co 4:7), e todos os talentos que recebemos são para serem proveitosamente cultivados para o serviço de Deus e do próximo. Além disso, os nossos diferentes níveis de dons nos ajudam a discernir nossa vocação. Ir mal em engenharia pode ser o meio usado por Deus para levá-lo a uma carreira frutífera em contabilidade e negócios. Trabalhamos coram Deo, não para o homem (Cl 3:23; 1Co 10:31), então estamos livres para nos regozijarmos que Deus dá dons aos outros de maneiras diferentes e, por vezes, maiores do que Ele nos deu. Amar é parar de olhar para cima com inveja ou olhar para baixo orgulhosamente. Além disso, aprender com os melhores alunos e ajudar os que têm mais dificuldades é tanto uma maneira de honrá-los quanto um meio de melhorar a sua própria competência.

4. Por fim, lute arduamente para obter uma visão piedosa de recreação:

Alguma recreação é essencial. Mas, para evitar seu abuso, ela deve ser intencional, limitada, e restauradora. A atitude que levamos para uma recreação deve ser a gratidão de alguém que depende de Deus – um reconhecimento de que podemos descansar de nosso trabalho, porque somente Deus é infinito (Sl 121:4-8). Em repouso nós humildemente abraçamos a nossa finitude. Mas, igualmente importante: o significado que damos ao lazer deve incluir a gratidão pela dádiva de Deus do trabalho – até mesmo o trabalho preparatório da faculdade.

Amigo, que sua experiência de faculdade possa realmente lançá-lo em uma idade adulta completamente cercada e dominada por Deus.
Tradução: Arielle Pedrosa

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