sexta-feira, abril 01, 2011

Devocional sobre Oração: Introdução

Por Reinaldo Bui

Desde a queda e o subsequente afastamento de Deus, é inerente à alma humana o anseio por reatar os laços com o Criador. A oração sempre foi apontada como o meio mais utilizado para se trilhar este caminho de volta.

Oração é acima de tudo, um exercício de fé, e sem fé é impossível agradar a Deus. Devemos nos lembrar que este mesmo Deus é também o galardoador daqueles que o buscam com fé, em oração.

A primeira menção que a Bíblia faz sobre oração está em Gênesis 4.26:

A Sete nasceu-lhe também um filho, ao qual pôs o nome de Enos; daí se começou a invocar o Nome do Senhor.

Enos significa literalmente ‘Mortal’. Muito curioso isto: certamente Adão relatara muito envergonhadamente sua triste história desde o Éden até aquele momento, passando pela amarga experiência de abrigar em sua família o primeiro caso de assassinato da humanidade. Por causa da sua desobediência, todos os seus descendentes estariam fadados a morrer! De repente Sete se deu conta que seu filho amado já nascera com seu destino traçado e invoca o Senhor: “Perdoa-nos, Senhor! Salva-nos! Tenha piedade de nós! Não nos abandone nem nos deixe morrer!”

Daí por diante a Bíblia nos conta a história desta humanidade caída, necessitada. Aqui nós nos encontramos juntamente como todos os personagens que escrevem e compõe esta saga. A Bíblia é composta por muitos testemunhos de mortais que invocaram a Deus... e Ele ouviu e atendeu seus pedidos. Tiago cita, por exemplo, o profeta Elias: um homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos (mesma natureza e limitações), e orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra (Tiago 5.17-18).

Qual foi o segredo de Elias? Nenhum. Ele simplesmente orou baseado no que conhecia da Palavra de Deus. Da mesma forma podemos lembrar de Abraão, Moisés, Davi e tantos outros mortais que andaram com Deus e buscavam Sua face constantemente em oração.

Ainda assim, quem nos deu o maior exemplo de vida de oração foi o próprio Deus, encarnado na pessoa de Jesus. É dEle que mais aprendemos sobre o assunto (seja através de seus ensinamentos, ou através de seu próprio exemplo) e é nEle que devemos nos espelhar.

Desejo crescer em oração. Desejo aprender mais sobre oração, tanto com os testemunhos destes quanto com as palavras e exemplo de Jesus. Espero também poder despertar um profundo desejo de uma vida de oração crescente, profunda e perseverante em cada um de nós. Que este devocionário seja uma bênção para que assim também deseja.

quinta-feira, março 31, 2011

A fundamental importância da presença dos pais na primeira infância

Click here if you only know English.

Versão issuu (click).

Se alguém não cuida de seus parentes, e especialmente dos de sua própria família, negou a fé e é pior que um descrente (1Tm 5.8 - NVI).

Caro leitor,

tenho colocado em meu blog inúmeros artigos que não são de minha autoria. Isso porque acredito que eles podem contribuir com seu relacionamento com Deus.

Demorei muito tempo para traduzir o artigo abaixo. Em primeiro lugar porque não tenho o inglês que gostaria. Em segundo, porque meu português precisa ser várias vezes revisto. Em terceiro, porque as questões de meu trabalho nem sempre me deixam tempo para outras questões como esta, que não são mais nem menos importantes do que tenho feito.

Sem prolongar, queria dizer que de todos os artigos de meu blog, acredito ser este um dos mais importantes. É meu sonho que ele chegue a cada pai e mãe que fala português ou inglês, sejam eles cristãos ou não, para que nunca se esqueçam do dever que tem para com seus filhos e a importância que é estar ao lado deles especialmente na primeira infância. Eis o alerta: cuide de seu filho! Você pode ser instrumento deste sonho que não quero que seja somente meu. Espero que entenda plenamente depois de ler este artigo. Boa leitura!


Por James Dobson, Ph.D.

Queridos amigos,

saudações de todos nós de Focus on the Family. Espero que vocês estejam curtindo estes últimos dias de verão antes das várias responsabilidades que a primavera nos traz. Nosso ministério vai bem, embora, sendo bem honesto, nós poderíamos fazer um bom uso de uma pequena ajuda financeira. Se você pode providenciar esta assistência, nós seguramente ficaríamos contentes com este empurrãozinho. Jim Daly, nosso presidente e CEO junto de todo time ministerial ficariam aliviados em ter este apoio.

Mas sobre o assunto desta carta... Você sabe que de todos os assuntos que me interessa, criança é o assunto que está no topo da lista. Eu devotei grande parte de minha vida profissional ao bem-estar delas, primeiramente como um jovem professor, em 1960, depois como um psicólogo escolar e administrador, depois como pesquisador e professor em um grande hospital para crianças e desde 1977, em meu papel em Focus on the Family. A maior parte de meus livros é sobre crianças. Obviamente, eu amo crianças! Amo tudo sobre elas, e este é o porquê de eu ter feito meu doutorado sobre o desenvolvimento da criança na University of Southern California. Foi uma corrida recompensadora.

Eu digo isso para expressar minha preocupação constante à esta geração de crianças, especialmente durante os primeiros anos da infância. Muito depende de suas relações com suas mães e pais, que é uma questão que eu discuto com sagacidade em meu livro, Bringing up Boys. Eu desejo que cada pai, cada avô e cada professor esteja ciente do estudo que eu compartilho no capítulo “Mães e Filhos,” porque sérios equívocos estão acontecendo, equívocos que possuem implicações para toda a vida das crianças, tanto de meninos quanto de meninas.

Com isso em mente, deixe-me compartilhar uma parte de minha obra que foca mães e o vital papel que elas exercem. Se você não tem mais crianças, talvez possa passar esta carta adiante para alguém que tenha. Isso pode fazer uma diferença enorme na preciosa vida de um menino ou menina.

terça-feira, março 29, 2011

O ‘Outro Deus’ do Teísmo Aberto

Por Thomas Tronco

O recente tsunami no Japão mais uma vez levantou a questão: onde estava Deus na hora da tragédia? Essa pergunta ecoa todas as vezes em que tragédias ocorrem. Se estoura uma guerra, “onde estava Deus que não a impediu?”. Se barrancos desabam sobre as casas, “por que Deus permitiu tal coisa?”. Se um terremoto devasta uma região ou até um país, “como pode um Deus bom existir se coisas ruins acontecem?”.
A questão é antiga. O profeta Habacuque se viu diante desse dilema. Os israelitas estavam sob o prenunciado juízo de Deus. O Senhor, que durante séculos avisou, repreendeu e aguardou com paciência pelo arrependimento do povo, finalmente enviou a eles a devida consequência do seu pecado. Entretanto, o fez pelas mãos de um povo cruel que agiu com injustiça. Assim eles são descritos: “Pois eis que suscito os caldeus, nação amarga e impetuosa [...] Eles são pavorosos e terríveis, e criam eles mesmos o seu direito e a sua dignidade” (Hc 1.6,7). Se essa descrição não deixa claro que o “direito” e a “dignidade” que os babilônicos criavam eram bem “questionáveis”, o v.9 arremata a questão afirmando: “Eles todos vêm para fazer violência”. Diante disso, a pergunta de Habacuque a Deus soa de maneira muito natural aos olhos humanos: “Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal e a opressão não podes contemplar; por que, pois, toleras os que procedem perfidamente e te calas quando o perverso devora aquele que é mais justo do que ele?” (Hc 1.13).
O medo de Habacuque, ao que parece, era notar que Deus não era tão amoroso ou justo como ele sabia ser. Era um “nó” que não se desatava na mente do profeta. Era a tensão entre aquilo que ele cria e aquilo que ele via. E ele não foi o único a questionar o Senhor diante do sofrimento. Jó, muito tempo antes, ao sofrer com os ataques de satanás que lhe custaram os bens, os filhos e, finalmente, a saúde, também se viu diante do mesmo dilema.. Discordando da ideia de que sua calamidade seria uma punição, diz Jó a Deus: “Tens tu olhos de carne? Acaso, vês tu como vê o homem? São os teus dias como os dias do mortal? Ou são os teus anos como os anos de um homem, para te informares da minha iniquidade e averiguares o meu pecado? Bem sabes tu que eu não sou culpado; todavia, ninguém há que me livre da tua mão” (Jó 10.4-7). O receio de Jó é sofrer um tratamento da parte de Deus sob critérios imperfeitos comuns nos homens e não em um Deus sábio e justo.
Essa “aparente” injustiça e falta de amor sempre exigiu uma resposta e os servos do Senhor sempre se esmeraram em oferecê-la de modo a preservar a perfeição, a santidade e a bondade do Senhor como descritas nas Escrituras.. Esse tipo de defesa recebe o nome de teodiceia.. Muitos foram os homens que se renderam a isso. Como, com o passar do tempo, as tragédias não deixaram de existir, ainda hoje há pessoas que tratam a questão e defendem que, mesmo diante das maiores catástrofes, o Senhor eterno é Deus santo e bom. Contudo, nos últimos tempos, alguns autonomeados “advogados” do Senhor criaram um tipo de defesa “às avessas”. Em lugar de afirmarem, como os defensores do passado, que, ainda que Deus tome decisões duras, elas fazem parte de um plano bom daquele que é perfeito e soberano, tais rábulas dizem que Deus não é culpado pelas tragédias simplesmente porque “nada teve a ver com elas”.. Dizem que ele não as orquestrou e que nem sequer sabia que aconteceriam.. Defendem que, caso soubesse, certamente as evitaria. Para eles, somente assim agiria um Deus que é bom e amoroso.. Esse tipo de argumentação recebeu o nome, no meio teológico e eclesiástico, de “teísmo aberto”.
Apesar de o teísmo aberto ter a intenção de defender a bondade de Deus diante do problema do mal e do sofrimento do homem, sua extrema ingenuidade teológica ataca tantos pilares da sã doutrina que não sobra sequer um barraco daquilo que deveria ser, na verdade, um palácio imponente.. A falta de visão das implicações de suas afirmações faz com que tais “doutores”, desejando ministrar vitamina à igreja contemporânea, injetem um veneno letal em suas veias..
Um dos motos criados pelos defensores do teísmo aberto foi a expressão “outro Deus”. A intenção de tal expressão é transmitir a ideia de que a personalidade de Deus defendida pela igreja de tradição histórica, embasada nas Escrituras, não seria, de fato, a expressão de Deus como ele realmente é. Para o teísmo aberto, a visão clássica do Senhor da igreja é resultado de equívocos, cuja consequência é uma igreja alienada do amor de Deus, desconhecedora da liberdade e opressora dos seus seguidores. Essa é, certamente, uma acusação bem séria que exige análise e resposta. Uma coisa é certa: a expressão “outro Deus”, ainda que infeliz nas bases da sua tese, representa a enorme disparidade entre a igreja histórica e os teístas abertos e no campo da “Teologia Própria” – área da teologia que enfoca a pessoa de Deus. Um dos dois grupos realmente crê em “outro Deus”.
Para tratar a questão, é preciso analisar o “outro Deus” proposto pelo teísmo aberto. Apesar de ser um sistema que possui muitos contornos, há algumas afirmações que são fundamentais na divergência entre a teologia ortodoxa e o teísmo aberto.


‘Deus se limita por amor’
Artigos e entrevistas disponíveis na Internet apontam para o fato de que as bases do teísmo aberto não são análises de textos bíblicos que tratam o assunto em questão, mas reflexões pessoais e resistências a conceitos e respostas teológicas ao problema do mal. Assim, pode-se constatar que o pensamento parte de frases negativas como “não consigo crer em um Deus que mate ou que condene” e, também, de questões positivas como “o que significa ‘Deus é amor?’”. Ainda que a inaptidão de alguém em aceitar certa realidade não seja, nem de longe, fator para desacreditá-la, a pergunta sobre o amor de Deus é tremendamente válida e deve ser respondida. O problema não está na pergunta, mas nos pressupostos que guiam a resposta. Artigos publicados dão conta de que proponentes do teísmo aberto iniciaram tal resposta a partir do seguinte pressuposto: “Deus é amor quando dá ao homem liberdade plena”.
Esse pressuposto, criado no íntimo de tais pensadores, foi estendido a implicações de ordem prática. O pensamento progrediu mais ou menos assim: “Se Deus ama o homem, dá a ele liberdade. Liberdade para quê? Certamente, para ditar os rumos da sua vida. Logo, Deus deve conceder tal liberdade não apenas de modo aparente, mas de fato. Para isso, ele não determina o que irá acontecer nem no presente, nem no futuro. Logo, Deus se abstém de exercer a soberania sobre o homem. Contudo, se Deus não controla a história, mas conhece o futuro, essa liberdade que dá é ilusória, pois tudo que o homem fizer sempre vai levá-lo ao mesmo destino. Portanto, para Deus ser de fato amor, ele não somente deve deixar de ser soberano, mas deve deixar, também, de ser onisciente. Desse modo, Deus se limita por amor..
Essa é uma construção filosófica interessante, mas que não tem qualquer fundamento nas Escrituras para subsistir. Na verdade, essa afirmação existe a despeito do ensino bíblico. Para se ter uma visão melhor sobre esse pensamento filosófico e sua relação com a Palavra de Deus, é preciso analisar as duas principais afirmações do teísmo aberto: “Deus não controla a história” e “Deus não conhece o futuro”.

domingo, março 27, 2011

Adultos que romantizam a idade jovial não traz favor algum aos jovens

Pelo título desta mensagem você já deve ter percebido que é uma tradução (livre). Li um artigo na revista WORLD (Março de 2010, por Janie B. Cheaney) e resolvi compartilhar um pouquinho da leitura, que alías, eu já conhecia a ideia por outro artigo: filmes trazem o perigo de pessoas acreditarem que um verdadeiro amor somente é real quando baseado numa "estória" romântica (utópica da mídia). A autora do artigo cita o livro The Catcher in the Rye e seu repercussão entre os adolescentes. Depois disso fala da prática...
Por que alguns adultos romantizam um tempo da vida que quase ninguém quer reviver? Claro que a adolescência tem suas alegrias, mas estes dias podem ser melhor resumidos como "tapado no universo."(...) A sociedade vive igualmente confusa com os adolescentes, deixando que eles dirijam com 16 anos, mas não permitindo alugar um carro antes dos 23. Encorajam atividade sexual através de diversão e roupas, mas desencorajando-os com os programas de abstinência, celebrando a alienação jovial na literatura, mas deplorando tudo isso dentro da sala de aula - diz Janie.
Ela também cita que recentes pesquisas neurológicas mostram que o córtex pré-frontal e seus ramos às outras partes do cérebro não estão completas até a idade de 25 anos.* Juízo toma tempo para desenvolver e adolescentes, de acordo com as palavras de Janie, tendem a impedir a sabedoria.

Cuidar do caráter e atitude dos jovens não é obrigação do estado, mas dos pais. Que todos os pais lembrem-se sempre disso! Como um pai tem compaixão de seus filhos... (Sl 103.13.1)

*Sugiro que o leitor deste post estude o significado de criança no texto bíblico, pois pode ajudar a compreender a questão que a autora cita do que pesquisas revelam. Um pouco sobre isso: נַ֫עַר (na’ar) é a palavra que traduz criança no texto bíblico, mas que se associa também com outras faixas etárias que o nosso conceito português de criança não tem. Tal palavra também indica um moço ou jovem (25 anos da pesquisa?). Seu conceito também está ligado, além de tempo cronológico,  com maturidade. -- Uma tradução moderna poderia ser a palavra “moleque” que tem sentido pejorativo. Uma criança ou jovem moleque apresenta muita insensatez (Pv 22.15)

quarta-feira, março 23, 2011

Barnum: dinheiro como...

Money is a very excellent servant, but a terrible master.

(Tradução) Dinheiro é um excelente servo, mas um terrível mestre (ou senhor).

-- P. T. Barnum

segunda-feira, março 21, 2011

O Envenenangelho

Por Pablo Massolar
Recebido por e-mail

Cansei de ser “evangélico”! Sei que está em moda dizer isto, mas não digo por causa da moda, como quem vai sendo manobrado como massa, mas sim por causa do nó na garganta mesmo, do aperto no peito e da triste constatação do imenso engano que cegou a igreja evangélica espalhada por todos os lados. Graças a Deus nunca fui “gospel”, mas ser “evangélico” não diz mais o que deveria dizer e não representa tudo o que Deus me chamou para ser Nele em amor e Graça e que está para muito além das portas das igrejas (com “i” minúsculo). Meu lugar, e o convite que recebi, é para ser do Reino e deste privilégio não abro mão.

O que digo certamente será combatido pelos “santos”, pelos “homens de ‘deus’”, por “pastores” e “gente da visão”. Serei chamado de “perturbador da fé”, “insubordinado”, “sem fé”, “sem aliança”, “sem cobertura”, dirão que estou causando escândalo ou coisas semelhantes a estas, mas assumo o que estou dizendo com a convicção de quem não vai pular do barco naufragando, mas que tem a vontade firme na rocha de ganhar a quantos conseguir, dentro e fora do barco, com minha pregação simples, sem arranjos, sem perversão e o mais sincera/verdadeira possível.

Estou enojado e farto de Atos (feiticeiramente) Proféticos, Teo-loteria da Prosperidade, declarações esquizofrênicas de autoridade, coberturas espirituais e recados dados por um “deus” que nunca cumpre o que promete e muda de idéia e direção como quem troca de sapato. Apóstolos, pastores e bispos que subiram no pináculo do templo e se fazem mediadores entre “deus” e os homens tentando fazer-se iguais a Deus, dizendo o que seu rebanho pode ou não pode fazer, julgando o servo alheio, sob a pena de não ordenar mais a bênção de “deus” aos seus discípulos através de sua autoridade. Campanhas de promoção barata e tentativas algemadas de lotar templos com gente que vem enganada e enganando-se, tentando frustradamente, de todos os jeitos, alcançar a inalcançável oração para a qual Deus não disse “amém”, mas que o “profeta” declarou que aconteceria. É gente que lê e ouve o Evangelho, mas leva pra casa e para o coração o envenenangelho.

Há lugar firme na rocha! Mas estes loucos teimam em construir suas casas/templos na areia. Negaram a cruz, afirmando não haver nela salvação suficiente, inventando quebras humanas de maldições hereditárias e uma santidade apenas moral/sexual/farisaica, sem ética e sem caráter, sem verdade de vida no Evangelho. Não crêem que a armadura de Deus, o capacete da salvação, o escudo da fé, a couraça da justiça, o cinturão da verdade e o calçado do evangelho da paz são equipamentos dados gratuitamente a todos os que crêem, até mesmo aos mais pequeninos na fé e não somente a uma “elite sacerdotal” detentora de uma “revelação nova”.

Denuncio estes lobos enganadores, raça de víboras, envenenadores do Evangelho que, não se contentando em mudar apenas uma vírgula ou til da revelação, perverteram todo o sentido da Palavra, ensinando doutrinas perversas que nada tem a ver com o Caminho/Boa Nova anunciada em Jesus, o Filho de Deus.

Não creio, de modo algum, em um “deus” que só age ou me livra do mau/mal se eu orar/verbalizar/declarar/profetizar meu pedido. Eu creio em um Deus que ouve minhas orações, sim! Todas elas. Muito antes delas me virem aos lábios. Ele me livra de vales da sombra da morte que eu nem imagino que se levantaram contra mim e vou andando em fé.

Meu Deus não se apresenta em “shows da fé”, não faz politicagem, não dá “jeitinho”, não me abençoa só porque sou fiel, mas em Graça e amor me reconciliou com Ele, sem merecimento algum, sem justiça própria, mas justificado mediante a fé Naquele que por mim se entregou mesmo sendo eu um pecador.

Os cantores de Deus não estão nos palcos das TVs, não lotam auditórios, nem ginásios, não são performáticos, mas estão cantando e louvando a Deus dentro das prisões, no silêncio do seu quarto louvando somente a Deus. Não buscam seu próprio interesse de vender mais CDs, não são idólatras de sua própria imagem.

É triste ver tantos amigos, colegas de ministério, gente querida e de Deus, mas que estão fascinados e tentados pela possibilidade de transformar as pedras em pães, de jogar-se do pináculo do templo e venderem suas almas ao principado deste século de sucesso, holofotes e aplausos. Minha oração é para que estes se arrependam e creiam no Evangelho. Abandonem o envenenangelho pregado por interesses pessoais, medidos em números e não na verdade de Deus produzida em amor. Por favor voltem ao Evangelho!

Há um lugar de liberdade e vida pacificada, plenificada, renovada todos os dias. Sem trocas, sem barganha, sem modificar ou acrescentar nada à Palavra revelada em Jesus, nem mesmo as novas interpretações e revelações exclusivíssimas que alguns falsos mestres e falsos apóstolos dizem ter recebido. O caminho antigo ainda é o Novo e Vivo Caminho em Deus. O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo é nossa garantia irrevogável que (todas) as nossas maldições e dores foram levadas sobre Ele. Está dito! Está escrito! Quem ouvirá? Quem vai crer em nossa pregação?

O Deus que disse “arrependam-se e creiam no Evangelho” te abençoe rica, poderosa e sobrenaturalmente!

sábado, março 19, 2011

Charles Ryrie: A organização dos anjos

Excelente colocação prática:

Os anjos e demônios são organizados, mas os cristãos (individualmente e em grupo), muitas vezes, acreditam que não precisam organizar-se. Isso é especialmente verdadeiro quando se trata da luta contra o mal. Os cristãos, às vezes, sentem que devem "andar sozinhos" ou esperar vitórias sem qualquer organização, preparação e disciplina. Isso também é válido quando se trata de promover o bem. Há ocasiões em que os cristãos perdem o melhor que poderiam ter por não planejar nem organizar suas boas obras.

-- Charles Ryrie
(Teologia Básica, Mundo Cristão, 2004)

sexta-feira, março 18, 2011

A fé cristã entre os indígenas

Pequeno indígena Wai-wai
Carlos Justino Terena, conseguiu o que para muitos antropólogos é impossível: tornou-se evangélico sem deixar de ser índio. Integrante de uma das principais nações indígenas do Brasil, os Terenas, ele faz parte de um povo bem evangelizado. Dos quase 18 mil indivíduos da etnia, que vivem em aldeias ne região de Aquidauana (MS), quase todos são crentes. Os índios que ainda não se converteram conhecem o evangelho, quer dizer foram evangelizados. Prósperos se comparados a outras tribos que vivem praticamente na miséria, os Terenas se destacam pela organização e modo de vida. Segundo Carlos Terena, nas suas aldeias não existe fome e todos trabalham. "Tem gente que diz que somos mais sabidos que os Xavantes ou os Caiapós, por exemplo. Mas a grande diferença foi a chegada do evangelho.

O fenômeno de tão expressiva conversão ao cristianismo, sem paralelo em nenhum outro dos aproximadamente 250 povos indígenas brasileiros, tem origem centenária, Mais precisamente, em 1905, quando chegaram às terras dos Terenas os primeiros missionários britânicos. Numa época em que não se falava em treinamento transcultural ou princípios antropológicos, o sucesso da missão pioneira que levou praticamente toda tribo aos pés de Cristo, pode ser explicado como um milagre, como conta Carlos Terena: "Meu tataravô, que era pajé da aldeia, recebeu uma revelação sobrenatural de que o nosso povo deveria seguir os ensinos dos missionários brancos que viriam". A fascinante história, que atravessa as gerações, esta sendo contada por ele em um livro.

Hoje o povo terena tem igreja própria, liderança local e até um seminário teológico voltado entre outras coisas ao evangelismo entre os indígenas. Ao contrário do que se pensa, diz Carlos Terena, não é fácil um índio evangelizar outro índio: "como somos de nações e tribos diferentes, trata-se de uma missão transcultural". Apesar disso, enfatiza, é um erro levar o índio ao abandono de sua tradição cultural. Para ele a fé cristã não descaracteriza a natureza do indígena se pregada e assimilada de forma consciente.

Fonte: Conplei
Transcrito da Revista Eclésia, edição 102