quarta-feira, abril 25, 2012

O uso da Escritura Sagrada pelo conselheiro bíblico – uma experiência fundamental.


Por Jean Carlos Serra Freitas

Tenho a impressão de que o aconselhamento pastoral tem sofrido em dois aspectos. O primeiro aspecto  ocorre em relação ao fascínio pelas ciências sociais, especialmente em relação a psicologia secular, que apresenta e imprime uma visão antibíblica na mente e no coração de muitos pastores acerca da estrutura do ser, em detrimento do que informa a revelação bíblica sobre o ser.

Como tenho outro interesse neste artigo, pretendo resumir os principais aspectos da psicologia secular, pelos fatos que seguem:

         1. Considera o homem essencialmente bom, sendo o meio o agente corruptor de suas almas;
         2. Possui uma interpretação subjetivista sobre bem e mal, certo e errado, verdade e mentira;
         3. Afirma, tacitamente, não haver outra forma de compreender o ser humano, senão pelas ferramentas que apresenta;
         4. Repudia a ideia da culpa, alegando ser a culpa uma espécie de patologia religiosa;
         5. É essencialmente evolucionista (darwinista).

Reconhecemos os avanços e a validade da ciência médica e da pesquisa biológica como aplicação para genuínos problemas orgânicos. Entretanto, há preocupação quando a psicologia secular retira qualquer outra possibilidade de atender aos dilemas morais de qualquer outra fonte que não seja ela mesma.

Um comentário:

  1. PSICOLOGIA E ACONSELHAMENTO BÍBLICO – Dr. Gary Collins

    Muitos cristãos, ainda hoje, veem a psicologia com certo preconceito. A psicologia é fundamentada em pressuposições seculares e não é considerada cristã em sua essência. Assim, os psicólogos muitas vezes chegam a conclusões e usam métodos de aconselhamento não consistentes com o ensino bíblico.
    Alguns são contra a religião e preconceituosos contra o cristianismo. Freud, por exemplo, enxergava a religião como ópio e as pessoas religiosas, como instáveis que precisam de bengalas. Não me surpreende que os cristãos que ouvem tais exemplos cheguem a conclusões precipitadas de que toda psicologia é má. Mas a maioria das psicologias e, eu diria, a maioria dos psicólogos não são opositores da religião.
    Pesquisas realizadas por psicólogos não cristãos costumam ser de grande utilidade. Mediante essas pesquisas, sabe-se, por exemplo, que a depressão pode ser causada por perdas mal trabalhadas, quando as pessoas se iram (muitas vezes sem consciência de sua ira) ou quando há mudanças fisiológicas em seu organismo, como fadiga ou falta de exercícios físicos. Nenhuma dessas conclusões pode ser considerada oposta às Escrituras, ao contrário, algumas podem ser bastante úteis aos cristãos.
    Quando jogamos fora toda a psicologia, descartamos um campo de conhecimento que Deus nos permitiu descobrir e usar em nosso benefício. Não sei quanto ao Brasil, mas nos Estados Unidos há poucos que advogam verbalmente que a psicologia provém do diabo e pregam contra ela, e se levantam contra cristãos que trabalham com psicologia. Esses críticos cristãos têm um entendimento errado sobre a psicologia. Alguns não conseguem perceber que mesmo em teologia, interpretação bíblica, arqueologia bíblica, educação cristã, métodos de pregação e em outros campos do cristianismo há líderes que são tão liberais, anticristãos e não bíblicos quanto alguns psicólogos seculares.
    Em todas as áreas, incluindo a psicologia, precisamos clamar ao Espírito Santo para nos capacitar a discernir o que é e o que não é de valor e consistente com as Escrituras. Com frequência descartamos o campo inteiro da psicologia por causa de algumas partes perniciosas. Contudo, não fazemos isso com a teologia nem com a erudição bíblica.
    (Gary Collins, psicólogo cristão com mais de 50 livros publicados, foi professor no Trinity Seminary em Chicago e um dos fundadores da Associação Americana de Aconselhamento Cristão)

    Esse artigo defende o uso da psicologia como conhecimento útil ao aconselhamento cristão.Um ponto de vista diferente daquele proposto aqui ,mas que merece ser levado em conta.

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