terça-feira, junho 12, 2012

Para quem tem dificuldade de orar

Por Maurício Zágari

Li outro dia uma frase atribuída a John Piper em que ele diz que escatologicamente a grande função das redes sociais será provar ao chegarmos diante de Deus que todos tivemos tempo para orar e não o fizemos. Curiosa e verdadeira a sua afirmação. Não adianta dizermos que não temos tempo para trocar uma ideia com nosso Pai se passamos uma a duas horas por dia no twitter ou no Facebook. Não sejamos hipócritas: a maioria dos cristãos que não oram o faz por pura preguiça ou porque prioriza outras coisas: Internet, o seriado predileto, o jogo de futebol ou mesmo o(a) namorado(a).

Mas há aqueles que até gostariam de orar, querem muito se disciplinar nisso mas se perdem nas orações, o pensamento viaja, não sabem o que dizer e uma série de outras questões. “Como devo orar?”, se perguntam. A verdade é que há inúmeras maneiras corretas de praticar o religare com o Pai. Mas vou deixar aqui, a título de sugestão para quem tem dificuldades, o modo que adotei para mim. Pode ser que ajude ou pelo menos lance uma luz que te aponte caminhos.

Mas, antes disso, só uma consideração: muitas igrejas põem a oração como uma espécie de posto de gasolina para ter poder. Daí o surgimento de frases como “muita oração, muito poder. Pouca oração, pouco poder”. O que e um equívoco: oração não é um canal de obtenção de poder, mas um momento de intimidade com o Pai. Imagine se seu filho, cônjuge, namorada(o) ou melhor amigo chegasse até você e dissesse: “Vim conversar com você não para matar as saudades, saber como você está e contar como foi meu dia, mas só para pegar um dinheiro emprestado”. Chato, não? Com Deus é a mesma coisa. Deus não quer que você se achegue a Ele para obter poder, isso é ser interesseiro. Ele que que você vá até Ele pelo prazer de estar em sua companhia. Com a Cruz de Cristo o véu do templo se rasgou para que nós, seus filhos, tivéssemos um relacionamento direto com o Pai. Tivéssemos intimidade. Os benefícios da oração são a consequência dessa relação. Não é porque queremos benefícios que vamos orar, é porque oramos que recebermos benefícios.

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