sexta-feira, maio 20, 2011

Homossexuais podem ser cristãos?

Por C. Michael Patton

Já me perguntaram isso algumas vezes ao longo dos anos e, recentemente, essa questão surgiu novamente. Homossexuais podem ser cristãos? Ou, melhor, existe algo como um “cristão homossexual?”. Muitos acreditam que alguém que se envolve em um estilo de vida homossexual está necessariamente excluído do Reino de Deus, a não ser que se arrependam. E o arrependimento aqui significa uma mudança de pensamento rapidamente seguida de uma mudança no estilo de vida. Em outras palavras, enquanto alguns vão dizer que um homossexual pode ser salvo, a salvação garantiria uma mudança de vida em um período curto de tempo.

Enquanto eu concordo com aqueles que dizem que o homossexualismo é um pecado terrível (Levítico 18.22, 20.13; Romanos 1.27; 1 Coríntios 6.6; 1 Timóteo 1.10), eu não creio que ele esteja além da carnalidade do crente. Também não acredito que, se alguém pratica o homossexualismo por toda sua vida, está necessariamente excluído do Reino de Deus. Espero que ninguém confunda o meu argumento. Eu, de forma alguma, apóio o comportamento homossexual ou procuro relativizar seu aspecto abominável perante o Senhor. Mas eu penso, sim, que nós que não somos tentados dessa forma muitas vezes falhamos em enxergar a seriedade da luta que as pessoas que cometem esse pecado enfrentam.

O pecado e a tentação sexual é uma parte da vida de qualquer um. Nascemos com uma inclinação a satisfazer essa parte de nossa humanidade criada por Deus. Alguns irão suprimir essa inclinação por causa de um chamado de Deus para suas vidas (celibato, por exemplo). De qualquer forma, o pecado corrompeu essa inclinação e todos nós nascemos infectados pelo pecado. Por conta de estímulos, genética, influências culturais e outros fatores, pessoas experimentarão essa corrupção de diferentes formas. Pessoalmente, nunca senti nenhuma inclinação para expressar minha corrupção sexual de alguma forma focada no mesmo sexo. Por quê? Não necessariamente por causa das boas escolhas que eu fiz, mas porque a genética, os estímulos e as influências não levaram a isso. Eu nunca tive aquela inclinação pecaminosa que gerasse em mim uma atração por alguém do mesmo sexo. Não me entenda mal. Eu tenho uma inclinação sexual pecaminosa, mas é mais do tipo comum. Isso não se justifica nem me faz mais justo que um homossexual; é simplesmente um fato que é um pecado que eu nunca tive que enfrentar.

Agradeço a Deus por ser esse o caso porque eu sei que qualquer inclinação pecaminosa que eu tenha eventualmente vai levar o melhor de mim. É assim que funciona uma vida corrompida. Eu também sei que não serei liberto totalmente das minhas inclinações até que ocorra a restauração do meu corpo na ressurreição. Eu só preciso fazer o que for possível para controlá-las até que isso aconteça. E, como diz a música do U2, “alguns dias são melhores que os outros” [some days are better than others]. Eu consigo me identificar com outros pecadores porque sou um também. Eu consigo me identificar com aqueles que possuem uma inclinação porque eu também tenho uma (várias, na verdade). Assim, quando vejo alguém cedendo à inclinação do homossexualismo, me entristeço. Compadeço-me deles porque o problema é, essencialmente, o mesmo que o meu. Temos uma natureza corrompida que nos faz suscetíveis a essas inclinações.

Agora, de volta à questão do momento. Homossexuais podem ser cristãos? Essa é uma questão teológica que evidencia uma falta de entendimento do pecado e da redenção. Ela revela um grande engano sobre a natureza do pecado ao colocar o homossexualismo em sua própria categoria separada, por causa de sua natureza depravada. Se, por um lado, eu acredito que o homossexualismo é um pecado pior do que muitos outros (isso mesmo, nem todos os pecados são iguais, como alguns de nós acreditam), por outro, não acredito que aquele que possuem essa inclinação deveriam ser vistos de forma diferente dos outros.
Nós poderíamos elaborar a pergunta da seguinte forma: pessoas que tem inclinações pecaminosas podem ser cristãs? É claro. Quem mais poderia? Cristo foi o único que nunca teve uma inclinação pecaminosa. Tudo bem então, que tal assim: pessoas que tem inclinações pecaminosas realmente ruins podem ser cristãs? Novamente, a única resposta bíblica é sim. Pessoas que tem inclinações pecaminosas realmente ruins podem ser cristãs. No fundo, a pergunta que está sendo feita é: pecadores podem ser cristãos? Novamente eu digo, quem mais poderia ser?

Alguns podem responder dizendo que, mesmo que admitam que homossexuais possam ser cristãos, eles precisam passar por um processo de superação do comportamento pecaminoso. Em outras palavras, eles precisam demonstrar uma consistente e perpétua vitória sobre essa inclinação. Espera aí. Enquanto eu concordo que os homossexuais podem vencer essa inclinação, e muitas vezes, de fato, vencem ao ponto de abandonar totalmente esse estilo de vida, eu não penso que necessariamente é isso que vai acontecer. Eu diria que na minha vida há inclinações que eu sinto que já venci e há outras que permanecem como uma teia de aranha, grudentas e persistentes. Essa é uma teia de engano e destruição que pode facilmente nos aprisionar. Veja o que diz o livro de Hebreus:
“Portanto, nós também, pois estamos rodeados de tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com perseverança a carreira que nos está proposta, fitando os olhos em Jesus, autor e consumador da nossa fé” Hb 12.1-2
O escritor de Hebreus fala que essa teia “nos rodeia”. A passagem, no original, fala do ten euperistaton hamartian – literalmente, “o pecado que captura”. Eu acredito que a referência principal do “pecado que [nos] captura” é o pecado da descrença (o assunto do livro), mas esse pecado da descrença se manifesta no pecado particular. Em outras palavras, o pecado da descrença nos leva a praticarmos nossas inclinações particulares. E, além de tudo, somos “rodeados” por isso.

Novamente: enquanto eu concordo que os homossexuais podem e devem  vencer esse pecado, pode acontecer de a batalha não ser tão simples assim. Essa batalha pode ser uma luta contra os próprios atos do homossexualismo ou uma luta constante contra os desejos até o fim da vida. E isso não é diferente para nenhum cristão que não tenha inclinações para uma vida de homossexualismo. Muitos de nós temos outras sérias inclinações que podem nos perseguir até a vinda do Reino.
Muitos se referem à exortação de Paulo aos coríntios para olharem para as vitórias sobre o pecado, como se dizendo que eles não praticassem mais tais coisas ou estivessem toltalmente livres delas. Um desses pecados é o do homossexualismo.
“Vocês não sabem que os perversos não herdarão o Reino de Deus? Não se deixem enganar: nem imorais, nem idólatras, nem adúlteros, nem homossexuais passivos ou ativos, nem ladrões, nem avarentos, nem alcoólatras, nem caluniadores, nem trapaceiros herdarão o Reino de Deus. Assim foram alguns de vocês. Mas vocês foram lavados, foram santificados, foram justificados no nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito de nosso Deus.” 1 Coríntios 6.9-11
Por mais que isso pareça ser bem direto após uma leitura mais rápida, não creio que esse trecho apóie a idéia de que homossexuais não possam ser cristãos por duas razões principais. Primeiro, as pessoas para quem Paulo estava escrevendo eram pecadores e estavam sendo exortados por Paulo. Olhe o que ele escreve três capítulos antes:
“Irmãos, não lhes pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a crianças em Cristo. Dei-lhes leite, e não alimento sólido, pois vocês não estavam em condições de recebê-lo. De fato, vocês ainda não estão em condições, porque ainda são carnais. Porque, visto que há inveja e divisão entre vocês, não estão sendo carnais e agindo como mundanos?” 1 Coríntios 3.1-3
Eles eram carnais. Os pecados descritos em 6.9-10 são pecados carnais. Isso significa que os coríntios não estam indo necessariamente muito bem. Mesmo assim, Paulo fala que eles eram lavados e santificados. Dessa forma, ou Paulo sofria de algum tipo de amnésia ou nós precisamos entender 6.9-11 de forma diferente, o que nos leva à segunda razão pela qual acredito que essa passagem não possa ser usada para sustentar a idéia de que homossexuais não possam ser cristãos. Paulo identifica os cristãos com Cristo, não com a sua disposição pecaminosa. No pensamento Paulino, aqueles que foram envolvidos pela justiça de Cristo não são mais identificados de acordo com suas inclinações pecaminosas, mesmo que essas inclinações continuem a envolvê-los. Os coríntios estavam envolvidos com suas inclinações, mas Paulo os enxerga através da justiça de Cristo. É por isso que Paulo poderia dizer “assim foram alguns de vocês”. Isso não fez que os pecados fossem menos severos, mas isso significa que a redenção de Cristo, na teologia Paulina, redimiu o pecador, mesmo ainda em estado de pecado. Aqueles que não possuem a cobertura da justiça de Cristo ainda são identificados pelos seus pecados perante os olhos de Deus. Logo, entendendo esse contexto, é verdade, imorais, ladrões, adúlteros, homossexuais e todos os outros ímpios (que não estão cobertos pela justiça de Cristo) não herdarão o Reino de Deus. Mas, ainda bem, nós fomos cobertos pela justiça dEle e fomos separados, mesmo sendo ainda pecadores.

Mais uma coisa. Muitas vezes eu ouço essa concessão: tudo bem, eu acredito que homossexuais possam ser salvos, mas eles não podem acreditar que seu pecado é aprovado por Deus ou tentar justificá-lo. Por mais que eu entenda e concorde até certo ponto com isso, ainda tenho algum cuidado e acho que isso não é sempre o caso. Todos nós temos maneiras de justificar nossas inclinações, seja lá quais sejam elas. Às vezes, nós minimizamos o peso delas e, às vezes, simplesmente as negamos. Também é comum que a situação seja tal que nós simplesmente não as tratemos de forma alguma. Pedro viveu doze anos após a ressurreição de Cristo justificando sua crença de que os judeus eram melhores que os gentios. Ele viveu por doze anos após se tornar um cristão acreditando que, por ser um judeu, era tão melhor que os gentios que não poderia pisar na casa de um. Falando a Cornélio, um gentio, e a sua família, ele disse “Vocês sabem muito bem que é contra a nossa lei um judeu associar-se a um gentio ou mesmo visitá-lo. Mas Deus me mostrou que eu não deveria chamar impuro ou imundo a homem nenhum.” (Atos 10.28). E se Pedro tivesse morrido no ano onze? Ele teria morrido após viver toda a sua vida cristã sendo um racista orgulhoso. No Novo Testamento, o racismo é considerado muito mais ímpio que o homossexualismo. Logo, por mais que eu acredite que a convicção do Espírito Santo deva estar lá e vai mudar nossos corações, nós temos essa grande inclinação a justificar nossa pecaminosidade para nós mesmos, para os outros, ou simplesmente ignorá-la.

Tendo dito tudo isso, é necessário reconhecer a profunda pecaminosidade da perversão sexual. Homossexualismo é um pecado, e um dos mais destrutivos. Mas precisamos tomar cuidado e sermos graciosos com aqueles que lutam contra esse pecado, entendendo que a luta contra o pecado é comum a todos nós. A solução é não se comprometer com a agenda politicamente correta da nossa cultura, que transforma qualquer pecado em uma escolha de estilo de vida perfeitamente aceitável, mas ao mesmo tempo, sermos graciosos, sabendo que a única esperança que alguém pode ter é ser coberto pela justiça de Cristo, não a nossa.

Um homossexual pode ser um cristão? Sim. Todos os pecadores podem ser cristão. De fato, todos os cristãos são pecadores. Que olhemos todos para essa questão importante à luz de um entendimento profundo da luta contra o pecado e que Deus nos ajude a vencer as nossas inclinações.
“O pecado o ameaça à porta; ele deseja conquistá-lo, mas você deve dominá-lo” Gênesis 4.7
Fonte: iPródigo

quinta-feira, maio 19, 2011

Dr. Zenóbio Fonseca denuncia decisão do STF sobre união gay

Dr. Zenóbio Fonseca (assessor jurídico) aponta abuso de poder do STF ao legislar a imposição de normalidade como família a vida sexual de dois homens. A gravação foi feita em 09/05/2011 às 22h, na TV BOAS NOVAS, no programa "Cabeça pra Cima".




Contato: zenobiofonseca@gmail.com

quarta-feira, maio 18, 2011

E o Brasil, com quem vai contar?

Por Sérgio Ribeiro
Presidente da Missão Juvep


A história é prodiga em mostrar que atitudes omissas e de paciente covardia alimentam cães e armam palcos de futuras tragédias.

Mussolini invadiu em 1936 a Etiópia e as principais nações européias não fizeram nada e Hitler, dois anos depois, invadiu a Áustria e novamente nenhuma nação reclamou. O fascismo e o nazismo tomaram força com a omissão das democracias e a Segunda Grande Guerra devastou a Europa e o Japão, mais de 40 milhões de pessoas morreram e todo o mundo lamentou com copiosas lágrimas e profundas dores a omissão do pacifismo covarde da França e da Inglaterra nos últimos anos da década de 1930.

No Brasil estamos vivendo, nos últimos anos, uma orquestração multissetorial para, de diferentes formas, homossexualizar toda a sociedade. Setores do poder político, econômico, intelectual e midiático esforçam-se para mudar leis e impor leis heterofóbicas, teofóbicas e estabelecer uma nova ordem social em que a igualdade entre todos os cidadãos perante e lei seja substituida pela elevação do pequeno, e crescente (e presente em todas as instâncias e cortes do poder), segmento homossexual à (única) classe de cidadãos especiais. A sociedade brasileira está sob a ameaça ideológica de uma ditadura dessa minoria. Veja o que diz o Dr. William Douglas (Juiz Federal, Titular da 4ª Vara Federal de Niterói/RJ):

O PLC 122, em sua mais nova emenda, quer deixar ao movimento gay o direito de usar a mídia para defender seus postulados, mas nega igual direito aos religiosos. Ou seja, hoje, já se defende abertamente o desrespeito ao direito de opinião, de expressão e de liberdade religiosa. Isso é uma ditadura da minoria! Isso é, simplesmente, inverter a mão do preconceito, é querer criar guetos para os religiosos católicos, protestantes, judeus e muçulmanos (e quase todas as outras religiões que ocupam o planeta) que consideram a homossexualidade um pecado. Sendo ou não pecado, as pessoas têm o direito de seguir suas religiões e expressar suas opiniões a respeito de suas crenças. E se o STF entender que o direito de opinião e expressão não é bem assim? Isso já é preocupante, porque o precedente acaba de ser aberto. E se o STF quiser, assim como adentrou em atribuições do Congresso, adentrar naquilo que cada religião deve ou não professar?*

Como cristãos não podemos marcar nossos dias com a omissão e covardia. A liderança da igreja do Senhor Jesus Cristo no Brasil deve tomar nas mãos as armas espirituais que são “poderosas em Deus para desfazer sofismas e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus”, 2 Co 10:4,5. A igreja de Cristo deve orar (com discernimento e sabedoria) e jejuar por esta nação, pelos governantes e por todo aquele que, neste país, está investido de autoridade. Mas, deve também sair à luta, fora dos templos, como Mahatma Ghandi em sua luta pacífica que mobilizou milhões na revolução não violenta que culminou na independência da Índia. Sim, a igreja deve de todas as formas pressionar os legisladores e as autoridades de nossa nação para que a famigerada PL 122/2006, conhecida como lei contra a homofobia, seja jogada no seu devido lugar – o lixo. 

A igreja deve pregar a Palavra, suas verdades supraculturais e atemporais, proclamar a Salvação em Cristo, influenciar a sociedade com os valores cristãos, éticos e democráticos, de respeito, da igualdade universal perante a lei, de amor e perdão. E também denunciar as obras das trevas, desde os pecados ocultos e privados, até os pecados públicos, estruturais e culturais.

Vale ler trecho de um e-mail enviado recentemente pelo Bispo Anglicano Dom Robinson Cavalcanti à liderança da Aliança Cristã Evangélica do Brasil: “Não se pode tratar de forma igual situações diversas. Não se trata de por maior peso nos pecados sexuais ou homossexuais, mas uma situação única (por enquanto) na história da humanidade: uma categoria de pecadores se organiza para se retirar da lista de pecadores e de proibir que os considerem assim (e os chamem ao arrependimento e à novidade de vida), com a possibilidade concreta de criminalizar o direito de expor, propor e contrapor (não somente dentro dos templos, mas no espaço público, os areópagos da vida) o que as Sagradas Escrituras ensinam e o consenso dos fiéis assim o entendeu por dois mil anos, iluminados pelo Espírito Santo. Aceitar o veto do século? Revisar os conceitos a partir do imposto pelo século? Discriminar os homossexuais não os tratando como pecadores e não lhes possibilitando o novo nascimento? Vejo carência de coragem, busca de aceitação e respeitabilidade social, temor de martírio e uma tentativa de 'humanizar' Deus ou seguir a um Cristo sem Escrituras. O Evangelicalismo - nesse tema também - vai se tornando setorialmente liberal, porque é conveniente”.

“Honremos a memória nos nossos antepassados na fé”, conclui Dom Robinson, que me faz lembrar de homens com os quais suas nações puderam contar nos momentos de crise moral e política de suas histórias: Os EUA, com Martin Luther King; a África do Sul, com Mandela; a Índia, com Ghandi. O Brasil, com quem vai contar?

Vamos por os crentes nas ruas, manifestar nossos descontentamentos aos membros do STF e do governo federal, entrar nos gabinetes dos parlamentares, lotar suas caixas eletrônicas com nossos e-mails escritos com respeito e sabedoria acerca das ameaças sob as quais estamos vivendo de perdermos a liberdade religiosa e de expressão e de sermos vítimas de preconceitos e da intolerância de parte da comunidade homossexual de nosso país. Omissão e covardia, jamais! Não fazem parte da índole e nem do caráter da Noiva do Cordeiro.

Peçamos a Deus a graça de manifestarmos o amor de Cristo aos homossexuais de nossa nação, e por amor a Cristo e a eles não nos olvidemos de confrontá-los com seus pecados e partilharmos com eles, e com todo cidadão brasileiro e do mundo, as boas novas do Evangelho de Cristo. E lutarmos, em oração e no exercício de manifestações convictas, efetivas e pacíficas, por uma nação justa, igualitária, sem preconceitos, democrática, que assegure aos seus cidadãos livre expressão e que respeite os princípios cristãos e todas as manifestações de fé e de não-fé.

* http://www.memesjuridico.com.br/jportal/portal.jsf?post=33471

terça-feira, maio 17, 2011

Carta aos Senadores - PLC 122/2006


O texto é reproduzido do blog dos eleitos. Leia e entenderá porque está aqui também! Anime-se, escreva e faça com que nossos senadores saibam que temos opinião. Atenção: aceitarei comentários respeitosos e decentes, expressando opiniões argumentadas com racionalidade. Pela absoluta falta de tempo, reservo-me o direito de responder a alguns apenas... ou nenhum!

Conforme a agência de notícias do Senado, a senadora Marta Suplicy relatora do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 122/06 que trata da criminalização da discriminação por gênero e orientação sexual, deseja submeter o projeto a votação na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) nesta quinta-feira (12).

Diante do que aconteceu recentemente no STF e diante do que pode estar em vias de acontecer no legislativo, creio que nos cabe como cristãos fazer duas coisas: orar e trabalhar. No que diz respeito ao trabalho, uma das coisas que podemos fazer neste momento é enviar uma carta aos senhores senadores que fazem parte da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).

Abaixo oferecemos um modelo que você pode utilizar. Esta carta foi escrita pelo pr. Mauro Meister, que nos permitiu usá-la. Copie e cole o texto abaixo, mas não esqueça de colocar: sua função (se desejar), seu nome e rg.

_______________________________________

Excelentíssimo Senador da Republica,

Sou cidadão brasileiro e tenho os senhores por legítimos representantes do povo deste país no poder legislativo. Exerço a função de (coloque aqui sua função). A Comissão de Direitos Humanos do Senado está prestes a votar sobre o PLC 122, sobre o qual os senhores deverão posteriormente votar em plenário.

Por meio desta mensagem quero deixar a minha opinião. Creio que todo o cidadão deve ser protegido pela força da lei e de nossa Constituição Federal e que nenhum cidadão ou estrangeiro deve ser discriminado. Isto é o que mantém o estado de direito e faz com que tenhamos, de fato, um pais livre, em todas as necessárias liberdades, inclusive a liberdade de expressão. O artigo 5º de nossa constituição já garante isto:

"Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;

VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;

VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;"

A questão é que o proposto PLC 122 fere a nossa Constituição e o direito da liberdade de expressão e cria uma classe especial de cidadãos. Em que pese o fato de nosso estado ser laico, a liberdade religiosa no Brasil é protegida e faz parte do nascedouro da nossa nação. O PL 122 é uma ameaça a liberdade religiosa, à liberdade de consciência e à liberdade de expressão.

Assim, solicito, apesar das muitas funções e atividades, que este projeto seja objeto de sua especial atenção e apreciação. O povo brasileiro deve ser devidamente representado e considerado e não simplesmente um lobby de minoria que pretende calar a boca daqueles que não concordam com sua postura, ainda que respeitem seus direitos como cidadãos.


Atenciosamente,
(Coloque aqui seu nome)
RG: (o número de seu rg)
_________________________________________


A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) é composta por 19 senadores titulares e 19 suplentes (para ver a lista clique aqui). Mas no momento existem 15 nomes entre os titulares e 15 entre os suplentes. Por via das dúvidas o ideal é mandar a carta para todos eles. Abaixo você tem o nome de cada um deles com seus respectivos emails. Se puder envie a carta para todos eles.

Titulares
Ana Rita (PT) - ana.rita@senadora.gov.br
Marta Suplicy (PT) - marta.suplicy@senadora.gov.br
Paulo Paim (PT) - paulopaim@senador.gov.br
Wellington Dias (PT) - wellington.dias@senador.gov.br
Magno Malta (PR) - magnomalta@senador.gov.br
Cristovam Buarque (PDT) - cristovam@senador.gov.br
Pedro Simon (PMDB) - simon@senador.gov.br
Garibaldi Alves (PMDB) - garibaldi@senador.gov.br
João Alberto Souza (PMDB) - joao.alberto@senador.gov.br
Sérgio Petecão (PMN) - sergiopetecao@senador.gov.br
Paulo Davim (PV) - paulodavim@senador.gov.br
Ataídes Oliveira (PSDB) - ataides@senador.gov.br
Demóstenes Torres (DEM) - demostenes.torres@senador.gov.br
Mozarildo Cavalcanti (PTB) - mozarildo@senador.gov.br
Marinor Brito (PSOL) - marinorbrito@senadora.gov.br

Suplentes
Angela Portela (PT) - angela.portela@senadora.gov.br
Gleisi Hoffmann (PT) - gleisi@senadora.gov.br
Humberto Costa (PT) - humberto.costa@senador.gov.br
João Pedro (PT) - joaopedro@senador.gov.br
Vicentinho Alves (PR) - vicentinho.alves@senador.gov.br
João Durval (PDT) - joaodurval@senador.gov.br
Lídice da Mata (PSB) - lidice.mata@senadora.gov.br
Geovani Borges (PMDB) - geovaniborges@senador.gov.br
Eunício Oliveira (PMDB) - eunicio.oliveira@senador.gov.br
Ricardo Ferraço (PMDB) - ricardoferraco@senador.gov.br
Wilson Santiago (PMDB) - wilson.santiago@senador.gov.br
Eduardo Amorim (PSC) - eduardo.amorim@senador.gov.br
Cyro Miranda (PSDB) - cyro.miranda@senador.gov.br
José Agripino (DEM) - jose.agripino@senador.gov.br
Randolfe Rodrigues (PSOL) - randolfe.rodrigues@senador.gov.br

Para ter uma lista só com o endereço de email dos senadores da comissão, para copiar e colar, clique aqui:

A idéia é enviar esta mensagem curta e que tem mais chance de ser lida pelos senadores, ainda mais seu suas caixas de email ficarem lotadas com a mesma. Por isso, é importante não somente que você envie a carta, mas também ajude a divulgar esta campanha nas redes sociais e também em blogs que você administre.

Comunicamos que o Projeto Romanos 13 tem um grupo de discussão no facebook no qual desejamos definir as bases do projeto e sua aplicação a fim de articularmos uma ação política mais organizada por parte de cristãos de confissão reformada. Se você deseja participar, clique aqui ou deixe um comentário comunicando seu desejo.

sexta-feira, maio 13, 2011

Você realmente PRECISA de um milagre? (Ressuscita-me, por Aline Barros)

Faz pouco tempo que eu conheço a canção Ressuscita-me, por Aline Barros. Desde a primeira vez que eu a ouvi, fiquei um pouco incomodado, especialmente por causa da ênfase que o dirigente da canção dava e que tem a ideia presente na canção: "quem aqui PRECISA de um milagre?" Depois da pergunta, o dirigente citava algumas áreas onde as pessoas poderiam precisar do milagre: emprego, saúde, finanças, etc.

Minha segunda inquietação se dava porque acredito que uma canção como essa deve ser sempre explicada dentro do contexto de onde foi "inspirada." Seguramente muitos na congregação não têm ideia de que a letra faz uma referência a história de Lázaro e Jesus Cristo, e isso faz diferença para aqueles que cantam com o coração e a cabeça (lembre-se que Jesus disse: Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força (Mc 12.30), ou seja, com todo o seu ser. (Não somente emoção, tampouco somente com o intelecto.)

Acredito que muitos cristãos cantam muitas canções sem saber o que de fato estão cantando. Tozer certa vez disse:
"Cantamos com frequência as palavras de um hino de Charles Wesley em que a morte do Senhor Jesus é descrita como 'uma cura dupla' para o pecado. Penso que muitas pessoas cantam esse hino sem saber o significado das palavras de Wesley" (O melhor de Tozer, p.107, pela internet*).
Também acho que as pessoas muitas vezes não sabem o que significa o que estão cantando.

Leia a letra da canção e/ou veja o vídeo no final do post para melhor compreender os detalhes que quero explanar:

Mestre, eu preciso de um milagre
Transforma minha vida meu estado
Faz tempo que eu não vejo a luz do dia
Estão tentando sepultar minha alegria
Tentando ver meus sonhos cancelados

Lázaro ouviu a Sua voz
Quando aquela pedra removeu
Depois de quatro dias ele reviveu
Mestre, não há outro que possa fazer
Aquilo que só o Teu nome tem todo poder
Eu preciso tanto de um milagre

(Refrão)

Remove a minha pedra
Me chama pelo nome
Muda a minha história
Ressuscita os meus sonhos
Transforma a minha vida
Me faz um milagre
Me toca nessa hora
Me chama para fora
Ressuscita-me

Tu És a própria vida
A força que há em mim
Tu És o filho de Deus
Que me ergue pra vencer
Senhor de tudo em mim
Já ouço a Tua voz
Me chamando pra viver
Uma história de poder

A primeira pergunta a ser feita é: qual o propósito do milagre? Baseando-me no que João disse, os milagres (sinais) de Jesus serviam ao propósito para que pessoas cressem que Jesus era o Messias (Cristo), o filho de Deus:

Jesus realizou na presença dos seus discípulos muitos outros sinais miraculosos, que não estão registrados neste livro. Mas estes foram escritos para que vocês creiam que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus e, crendo, tenham vida em seu nome (Jo 20.30,31 NVI, grifo meu).


Sugiro que leia o capítulo 11 do Evangelho de João, onde a história de Jesus e Lázaro está presente. Note o porquê de Jesus fazer este milagre. Dê atenção especial aos vv. 4, 14, 15 e 40 e a preocupação dos fariseus nos vv. 47 e 48.

Veja os comentários com a canção
Mestre, eu preciso de um milagre
Transforma minha vida meu estado
Faz tempo que eu não vejo a luz do dia
Estão tentando sepultar minha alegria
Tentando ver meus sonhos cancelados

O autor da canção fala na primeira parte da música como se fosse Lázaro. A licença poética é notória ao perceber que, de fato, Lázaro estava morto, mas na canção, ele ainda é capaz de pensar (mortos não pensam).

Os pedidos de Lázaro:
  • Preciso de um milagre. Acredito que a intenção do autor era dizer que Lázaro queria voltar à vida. Realmente o único capaz de fazer isso é o próprio Deus, afirmado na última parte da canção.
  • Transforma minha vida o meu estado. Que vida era essa? Creio que a intenção autoral, e isso se dá em toda a canção, é fazer um paralelo da morte de Lázaro com a condição espiritual do adorador que canta a canção. Enxergo assim porque Lázaro já não tinha vida e seu estado era morto.
Ele fazia quatro dias que estava sepultado e por isso não enxergava a luz do dia (do sol). Ninguém tentava arrancar sua alegria, visto que a alegria é um sentimento de alguém vivo - mas este é o paralelo que eu disse: morte de Lázaro com a condição espiritual do adorador. Igualmente, morto não tem sonho.

Lázaro ouviu a Sua voz
Quando aquela pedra removeu
Depois de quatro dias ele reviveu

Agora o autor não se passar mais de Lázaro, mas de uma terceira pessoa.

Sim, Lázaro ouviu a voz do Senhor. Não somente ouviu como a obedeceu. Ele genuinamente reviveu! Aleluia.

Mestre, não há outro que possa fazer
Aquilo que só o Teu nome tem todo poder
Eu preciso tanto de um milagre


Acredito que o autor ainda continua em terceira pessoa como quem fala com Jesus, que de fato é o único capaz de fazer o que fez. Então ele diz: eu PRECISO tanto de um milagre! Será que o crente realmente precisa de um milagre ou ele quer um milagre?

Confesso que quero que Deus faça muitos milagres na minha vida, como dos muitos que Ele já fez. Agora, precisar de um milagre segundo o que João ensina sobre o propósito do milagre, este eu não preciso, visto que eu já o reconheço como filho de Deus, meu Salvador.

Há cerca de 10 anos, um bom amigo, que crescera na igreja, chorou muito em meus ombros dizendo: "cara, eu não consigo crer em Deus!" Seu pedido era genuíno, como de alguém que sabia de Deus, mas não conseguia depositar fé no que Ele fez, faz e fará. Oramos e depois de algum tempo (semanas?), ele realmente entregou sua vida a Jesus. Contei isso para dizer que a canção faz mais sentido no lábio de uma pessoa como esta, que está morta em suas transgressões e somente um milagre é capaz de tirá-la dessa condição (leia o refrão com isto em mente). Neste caso ele realmente QUER e PRECISA de um milagre. Todavia não creio que a intenção autoral foi neste sentido.

O refrão
Remove a minha pedra
Me chama pelo nome
Muda a minha história
Ressuscita os meus sonhos
Transforma a minha vida
Me faz um milagre
Me toca nessa hora
Me chama para fora
Ressuscita-me


A ideia de que a canção é um paralelo entre a morte física de Lázaro e a morte espiritual do crente (sobre isso, assista à pregação de Mark Ellis sobre a busca da maturidade cristã) é clara na canção. Deus tem abençoado o ministério de Aline Barros e minha oração é que Ele ainda assim o faça. Ao mesmo tempo, oro para que os cristão reflitam as canções que cantam como quando refletem (meditam) as Palavras da Bíblia.

Parte final da canção
Tu És a própria vida
A força que há em mim
Tu És o filho de Deus
Que me ergue pra vencer
Senhor de tudo em mim
Já ouço a Tua voz
Me chamando pra viver
Uma história de poder


A Palavra de Deus corrobora com as afirmações acima:
  • Jesus é a própria vida (Ele diz isso várias vezes, inclusive neste trecho da história com Lázaro);
  • Jesus é a razão do viver do crente (entendi dessa forma). Pensando mais literalmente, diria que o Espírito Santo é a força que há em mim (está dentro de mim), o próprio Deus;
  • Jesus é o filho de Deus;
  • Somos, em Cristo, mais que vencedores. Ele já venceu por nós.
  • Deus, e isso significa o próprio Cristo, fala aos nossos corações (Hb 1), especialmente através de Sua palavra.
  • Sim, Deus quer que eu viva como quem realmente vive.
  • A história de poder que Ele concedeu a todos que nEle crê, dando autoridade em Seu nome.
Que todo filho de Deus reflita e cante a verdade de Deus! Você PRECISA de um milagre ou você QUER um milagre? Eu QUERO que Deus faça milagres em mim, para aqueles que PRECISAM de um milagre.

O vídeo:








* http://pt.scribd.com/doc/6369372/A-W-Tozer-O-Melhor-de-aW-Tozer

segunda-feira, maio 09, 2011

A importância da Palavra de Deus para o novo nascimento

Finalmente Vivos é um dos melhores livros que eu já li, por John Piper (Ed. Fiel). Recomendo a todos vocês que adquiram este excelente livro.

Para incentivá-lo ainda mais, coloco um breve vídeo que o impulsionará a comprá-lo, emprestá-lo, ou qualquer outra coisa lícita para desfrutar da leitura. Abaixo:


O que é a regeneração? from Editora Fiel on Vimeo.


A legenda do vídeo ficou um pouco aquém das verdadeiras palavras do pregador. Falo isso para você colocar mais um ponto na balança para ter de obtê-lo.

sexta-feira, maio 06, 2011

Que tal também falarmos do físico?

Muita coisa é dita sobre o "espiritual." Fala-se sobre o ser interior, alma, espírito, mas pouco se fala sobre o corpo físico. Sou bacharel em ed. física e talvez por isso, tive uma queda em olhar para a Palavra de Deus e observá-la, quando ela diz sobre o homem, de uma forma mais unitária do que se tem falado.

A Palavra de Deus não nos dá somente informações da possibilidade de fazermos parte com Deus de Seu reino. Ela também nos informa, dentre muitas outras coisas, como podemos ser fisicamente hábeis e úteis para o desenvolvimento do Reino como servos que refletem a santidade do Senhor. Isso tem total relacionamento com a parte física do ser humano.

Infelizmente são muitos os cristãos que negligenciam a importância de um corpo físico saudável. Chamo à atenção em especial dos pastores, que como exemplos que devem ser, acabam por cultivar uma protuberância abdominal que geralmente não se deve a fatores genéticos, mas a descuidados alimentares e físicos especialmente.

Obviamente a questão do físico não é somente relacionada à saúde. Charles Swindoll (SWINDOL, Charles. Dia a Dia com Charles Swindoll, ed. Mundo Cristão, p.111) nos remete a algumas passagens bíblicas que deveriam nos conduzir a um melhor cuidado pelo corpo físico de forma geral:

Somos instruídos a não oferecer os membros do nosso corpo como instrumentos de iniquidade.

Portanto, não permitam que o pecado continue dominando os seus corpos mortais, fazendo que vocês obedeçam aos seus desejos. Não ofereçam os membros do corpo de vocês ao pecado, como instrumentos de injustiça; antes ofereçam-se a Deus como quem voltou da morte para a vida; e ofereçam os membros do corpo de vocês a ele, como instrumentos de justiça (Rm 6.12,13).

Nosso corpo é, na verdade, "membros de Cristo":

Vocês não sabem que os seus corpos são membros de Cristo? Tomarei eu os membros de Cristo e os unirei a uma prostituta? De maneira nenhuma! (1Co 6.15).

Nosso corpo é, na verdade, "templo habitado pelo Espírito Santo:

Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito Santo que habita em vocês, que lhes foi dado por Deus, e que vocês não são de si mesmos? (1Co 6.19).

Devemos "glorificar a Deus", em nosso corpo:

Vocês foram comprados por alto preço. Portanto, glorifiquem a Deus com o seu próprio corpo (1Co 6.20).

Devemos buscar aqueles que estudam nosso corpo, a fim de sabermos como controlá-lo em honra

Cada um saiba controlar o seu próprio corpo de maneira santa e honrosa (1Ts 4.4).


Jesus também mostrou o relacionamento do corpo com "o espiritual." Como exemplo: É melhor perder uma parte do seu corpo do que ser todo ele lançado no inferno (v.29). É melhor perder uma parte do seu corpo do que ir todo ele para o inferno (v.30). Note que, na verdade, é impossível desassociar o que o físico faz com o que o lado espiritual faz. Talvez dizer que toda ação física gera consequências espirituais seja melhor (mais claro).

Eu poderia muito mais além disso, falar sobre o docetismo, significado de algo que seja secular, etc. Por enquanto prefiro lembrá-los: não se esqueça que seu corpo é parte essencial de seu propósito como criatura (ser criado) de Deus: adorá-lO!

quarta-feira, maio 04, 2011

O que é docetismo?

Docetismo (gr. dokein, "aparentar") é uma heresia do final do século I que afirmava que Jesus apenas aparentava ser humano (Kelly, p.141).

O docetismo é: a afirmação de que o corpo humano de Cristo era um fantasma e de que seus sofrimentos e morte foram meras aparências. "Se sofreu, não era Deus; se era Deus, não sofreu." (Bettenson, 49).

Negavam a humanidade de Cristo, mas afirmavam a divindade. O docetismo já estava presente no final da época do NT, como é evidente pela exortação de João, o apóstolo, sobre aqueles que negam "que Jesus Cristo veio em carne" (1Jo 4.2; cf. 2Jo 7)

Jesus era completamente humano:
  • Ele tinha ancestrais humanos (Mt 1.20-25; Lc 2.1-7);
  • Jesus teve concepção humana, um nascimento humano (Lc 2.4-7);
  • Jesus teve uma infância humana (Lc 2);
  • Jesus passou fome humana (Jesus jejuou 40 dias e no final, diz lucas, teve fome);
  • Jesus teve sede humana (Jo 4.6,7));
  • Jesus sentiu cansaço humano (Jo 4.6);
  • Jesus teve emoções humanas (Jo 11.35);
  • Jesus tinha um senso de humor humano (Jo 21.5);
  • Jesus teve tentação humana (Mt 3; Mt 26.38-42);
  • Jesus era de carne e osso humanos (Hb 2.14);
  • Jesus sentiu dor humana (Mt 27.34);
  • Jesus teve uma morte humana (Mt 16.21; Rm 5.8; 1Co 15.3; Ef 2.13)
Uma resposta teológica
A negação da humanidade de Cristo é um erro tão grave quanto negar sua divindade. Se Jesus não é Deus e humano, não pode mediar entre Deus e humanos (1Tm 2.5). A salvação envolve a reconciliação dos seres humanos com Deus (2Co 5.18,19). Isso só é possível se Deus se torna humano. Negar a verdadeira humanidade de Cristo é negar a base de nossa reconciliação com Deus. É por isso que a igreja primitiva condenou o docetismo.

Fonte: GEISLER, Norman. Enciclopédia de Apologética. Ed. Vida. São Paulo-SP, 2002, pp.286-288.

terça-feira, maio 03, 2011

Rob Bell e o Ressurgimento da Teologia Liberal

Por Albert Mohler Jr.

O romancista Saul Bellow ressaltou, certa vez, que ser um profeta é uma obra excelente se você pode consegui-la. O único problema, ele sugeriu, é que, mais cedo ou mais tarde, um profeta tem de falar sobre Deus. E, nesse ponto, o profeta tem de falar com clareza. Em outras palavras, o profeta terá de falar com especificidade a respeito de quem é Deus, e, nesse ponto, as opções se restringem.

Durante os últimos vinte anos, um movimento identificado como cristianismo emergente tem feito o seu melhor para evitar o discurso com especificidade. Figuras importantes no movimento ofereceram críticas mordazes dos principais segmentos do evangelismo. Mais enfaticamente, eles têm acusado, de diversas maneiras, o cristianismo evangélico de ser excessivamente preocupado com doutrina, fora de sintonia com a cultura, muito proposicional, ofensivo além do necessário, esteticamente mal nutrido e monótono.

Muitas de suas críticas eram relevantes – em especial, aquelas alicerçadas em preocupações culturais – mas outras denunciaram o que pode ser descrito como um relacionamento estranho com a teologia cristã ortodoxa. Desde o começo do movimento, muitos líderes da igreja emergente exigiam uma grande transformação na teologia evangélica.

No entanto, mesmo quando muitos desses líderes insistiam em que permaneciam dentro do círculo evangélico, ficou claro que muitos estavam se movendo para uma postura pós-evangélica. Houve os primeiros indícios de que o rumo do movimento seguia em direção ao liberalismo teológico e ao revisionismo radical. Mas a forma predominante do argumento deles era a sugestão, e não a asseveração.

segunda-feira, maio 02, 2011

151 boas ideias para educar seus filhos

David John Merkh e um de meus grandes mestres. Sem dúvida ele e Carol Sue (esposa) são exemplos de vida para mim e minha família. Queria divulgar o vídeo abaixo e incentivá-lo à aquisição do livro que eles, baseados na Palavra de Deus, escreveram.

151 Boas ideias para educar seus filhos from EditoraHagnos on Vimeo.

domingo, maio 01, 2011

A Bíblia Não é Autoajuda

Por David Wells
Ok. Você quer saber como ler a Bíblia? Aí vai:

Há duas partes para isso. A segunda parte é o estudo real da passagem bíblica, mas, antes que você mesmo pense em fazer isso, você deve tomar o primeiro passo. E qual é? É preparar a si mesmo para fazer o estudo. Pode soar estranho para você, mas se não você tiver a atitude certa, vai perder tempo na passagem.

Então, qual é a atitude certa? É dizer a si mesmo que você está ali para ouvir de Deus, não para ouvir a si mesmo. Você está ali para ser tratado, desafiado, e, sim, mesmo repreendido por Deus, através da verdade de sua Palavra.

Escritura não é terapia

Se você é como eu, isso pode não ser o que você tem como primeira prioridade. Você pode estar pensando em suas dores, seu vazio, seus sentimentos de estar desconectado, em relações destruídas, e decepções. Eles são reais. Mas a questão é que estudar as Escrituras não é terapia. Estudar a Bíblia não é autoajuda. Nós não estamos ali para ouvir nossa própria voz chorando interiormente. Estamos ali para ouvir sua voz, que vem de fora de nossas experiências. E sua Palavra não é uma de muitas. É a única Palavra que tem existido desde toda a eternidade, porque vem do Deus eterno.

Deus, portanto, não está lá para nosso uso quando precisamos dele; estamos aqui na Terra para que ele nos use. Ele não está lá para nosso benefício como se ele fosse um produto; nós estamos aqui para seu serviço.

E você já percebeu que aqueles na Escritura que mais o serviram, mais sofreram fielmente, foram mais atribulados, e foram mortos? Querer conhecer a Deus é um negócio arriscado, portanto esqueça a leitura da Escrita de maneira que você possa se sentir melhor sobre você mesmo. Cristo, como aprendemos em As Crônicas de Nárnia, não é um leão domesticado. No entanto, ele é bom.

Não estamos aqui para nós mesmos

Portanto, prepare-se! Deus pode ser perturbador, inconveniente, e estar em desacordo com tudo que estamos pensando. Mas estamos diante da Escritura para ouvir isso dele. E a razão para estarmos aqui na terra é procurar sua glória, ao torná-lo central em nossas vidas; não estamos aqui pra cuidar dos nossos negócios.

Todos os dias que leio a Escritura, lembro a mim mesmo disto, porque todo dia eu me esqueço disto. Eu lembro a mim mesmo quando abro a página que lerei. Se me esquecer quem eu sou e porque eu sou, esqueço-me de me humilhar diante de Deus. A partir do momento em que me esqueço disso, o que ouço é apenas minha voz interna. Isso irá abafar sua voz, e não estarei melhor por ter lido sua Palavra.

Fonte: iProdigo