quarta-feira, fevereiro 20, 2013

Neemias: o povo da cidade e a cidade do povo

Por Edson Rodrigues

As palavras de Neemias, filho de Hacalias: No mês de quisleu, no vigésimo ano, enquanto eu estava na cidade de Susã, Hanani, um dos meus irmãos, veio de Judá com alguns outros homens, e eu lhes perguntei acerca dos judeus que restaram, os sobreviventes do cativeiro, e também sobre Jerusalém. E eles me responderam: "Aqueles que sobreviveram ao cativeiro e estão lá na província, passam por grande sofrimento e humilhação. O muro de Jerusalém foi derrubado, e suas portas foram destruídas pelo fogo". Quando ouvi essas coisas, sentei-me e chorei. Passei dias lamentando, jejuando e orando ao Deus dos céus. (Neemias 1:1-4)

Neemias foi líder do terceiro grande grupo que retornou para a palestina no período do domínio Persa, também foi um, dentre os três homens do mais alto escalão a serviço do rei mais importante de sua época.

Bill Arnold afirma que: “O título de “copeiro” não significa que Neemias era um mordomo, mas sim um conselheiro pessoal do Imperador do Mundo. Ele era uma espécie de primeiro-ministro, o braço direito do rei Artaxerxes”.


Encontrava-se em Susã, onde ficava a residência de inverno dos reis persas. Ali, ele recebeu a visita de Hanani e de mais alguns vindos de Judá. Neemias busca inteirar-se da situação demonstrando sua preocupação em duas vertentes:
- O POVO DA CIDADE: “... e eu lhes perguntei acerca dos judeus que restaram, os sobreviventes do cativeiro...” v.2a
- A CIDADE DO POVO: “...e também sobre Jerusalém”v.2b

A resposta dada por Hanani seguiu o mesmo padrão:
- O POVO DA CIDADE: "Aqueles que sobreviveram ao cativeiro e estão lá na província, passam por grande sofrimento e humilhação; v.3a
- A CIDADE DO POVO: “O muro de Jerusalém foi derrubado, e suas portas foram destruídas pelo fogo". v.3b

Como um espelho, podemos afirmar que a situação do povo reflete a cidade e a condição da cidade corresponde à situação do povo!

O Povo da Cidade encontrava-se na seguinte situação:
- Grande Sofrimento - (miséria)
Reflete a condição social: pobreza, fome, doenças, violência, carência, necessidade, etc.
- Grande Desprezo e Humilhação

Reflete a condição espiritual, emocional: separados da graça por causa do pecado, depressão, medo, dor na alma, desespero, tristeza, angústia, desesperança.

Qual a situação da Cidade do povo? A Cidade do Povo encontrava-se, na seguinte situação:
“O muro de Jerusalém foi derrubado, e suas portas foram destruídas pelo fogo". v.3
Vulnerável aos ataques inimigos, a insegurança era latente, estava tomada pelo medo, vexame, vergonha e humilhação!

Neemias sofreu o impacto das notícias sobre povo da cidade e da cidade do povo e reagiu diante delas.
“Quando ouvi essas coisas, sentei-me e chorei. Passei dias lamentando, jejuando e orando ao Deus dos céus”. v.
Neemias foi um instrumento nas mãos de Deus no processo de restauração de uma nação, ele era sintonizado no céu e ligado na terra, agindo como grande líder diante dos homens e um humilde adorador diante de Deus.

Algumas observações da postura de Neemias em relação ao povo e a cidade!
- “Ouviu a Cidade”: Havia nas palavras de Hanani um grito de socorro, um pedido de ajuda!
- “Pensou sobre a Cidade”: O investimento em oração gerou uma sensibilidade mais profunda pelas necessidades, dilemas, crises do povo da cidade;
- “Chorou pela Cidade”: Chorou pelos perdidos e pelas trágicas consequências colhidas pelo povo por causa do desprezo e afastamento de Deus e de Sua palavra; condenação, sofrimento, dor, desespero, desprezo, etc.;
- “Sentiu a dor da Cidade.” Compaixão regada pela oração que gerou ação;
- “Orou pela Cidade”: O reconhecimento de pecados pessoais e coletivos, e as pessoas investidas de poder e autoridade e foram motivos das orações de Neemias .
- “Engajamento com a Cidade”: Neemias engajou-se em um projeto arrojado de restauração de sua nação, e foi um instrumento de benção para o povo e para a cidade!
Que o Senhor nos ajude e nos abençoe para sermos instrumentos de benção para o povo da cidade e para a cidade do povo!

Fonte: IBCU

Nenhum comentário:

Postar um comentário