sexta-feira, junho 29, 2012

A nóia da bebida alcoólica na igreja evangélica

Por Marcelo G. dos Santos

Existe uma neurose na mente dos crentes acerca de bebida alcoólica. Vez por outra pessoas chegam a mim com as seguintes perguntas: “Pastor, beber é pecado? É pecado o crente ingerir bebida alcoólica? Existe algum problema em degustar um bom vinho, de um “porto” após as refeições? Tomar uma cerveja geladinha num dia quente? Tomar uma caipirosca na praia? Champanhe nas celebrações?”

Bem, em primeiro lugar, geralmente, as pessoas que fazem este tipo de pergunta, são pessoas que coam os mosquitos, enquanto engole os camelos. São pessoas que se escandalizam com quem bebe um copo de cerveja, mas não se escandaliza em sonegar imposto, em ser um trambiqueiro, um conversador, um invejoso, vingativo, avarento. Não se escandaliza em ser um comerciante que se orgulha dizendo assim: “Fiz um bom negócio, faturando sobre a ingenuidade de fulano”. O sujeito pode ser tudo isso, só não pode beber.

Em segundo lugar, para fazer estas perguntas você não precisa vir à igreja para se obter as respostas, basta observar as informações impressas nos rótulos de toda garrafa de bebida alcoólica, sobre o consumo moderado de álcool: “Beba com moderação”.

Em terceiro lugar, a Bíblia Sagrada ensina temperança, não abstinência. O cristianismo não é contra bebida alcoólica, mas contra a escravidão ao álcool e à embriaguez. A verdadeira espiritualidade não é incompatível com o prazer, mas com o prazer tornado a medida de todas as coisas; não é contrária à existência do elemento de prazer que pode causar males ao homem, mas favorável ao uso responsável dos prazeres que o criador concede graciosamente a eles.

Foi Deus quem deu sabor aos alimentos, inventou a libido e deu ciência ao homem para do fruto da videira fazer o vinho. O que não significa que Deus tenha prazer na gula, na imoralidade e na embriaguez.

Há alguns dias atrás, junto com alguns irmãos, fizemos um sarau poético e musical na sala de minha casa, regado a um bom vinho. E foi uma noite maravilhosa, celebramos a vida, porque cristianismo é quando a gente abre a janela e olha para o mundo. Nós não queremos ter um foco estreito de nossa espiritualidade, ficar vendo a vida pelo um túnel. Olha prá vida, vê as cores, ouvi os cantos dos pássaros, parar com essa coisa pequena, religiosa. Abrir os olhos para a beleza da vida.

Queremos olhar a vida com os olhos de Jesus, e não com olhar dos “evangélicos”, que é sempre um olhar doente, legalista, farisaico, e desumano.

Isso gera hipocrisia. O que desejamos é que as pessoas não sejam hipócritas, falsas, infantis nos processos da vida, mas que sejam pessoas verdadeiras, maduras, fazendo escolhas responsáveis, que viva a vida conforme sua consciência, e que tem a coragem de assumir sua própria consciência diante de Deus.

Há, antes que você pergunte: Cadê a Bíblia em seu comentário? Nos tempos de Jesus o viram comer de tudo (lhe chamaram de “glutão”); o viram beber de tudo (lhe designaram como “bebedor de vinho”); o viram andar com todos (foi chamado de “amigo de pecadores).

E tem mais, Jesus não bebia o vinho sem álcool como querem os fariseus modernos. O vinho que ele criou em Canã era vinho mesmo, como convinha ser em qualquer festa. O vinho da ceia, segundo Paulo (I Co 11), tinha o poder de fazer embriagar. Portanto, os cristãos primitivos, originais não tinham essa nóia acerca de bebida alcoólica.


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Sugestão de sermão sobre o assunto: "Felicidade e a Certeza" - Por Fernando Leite

segunda-feira, junho 18, 2012

SEDI - Seminário Digital

Por T. Zambelli

Um dos meus principais objetivos com Todah Elohim e Pense Bíblia é divulgar bom conteúdo para que pessoas redimidas por Deus comunguem com Ele através da verdade, bem como conduzir os não-redimidos à percepção da necessidade de um genuíno relacionamento com o Criador.

Tendo em vista o alvo acima, o material que sugiro agora é um dos melhores que eu conheço para capacitar indivíduos e grupos na Palavra do Senhor. Veja o vídeo de divulgação abaixo:



Há vários vídeos demonstrativos (samples) do que é o SEDI em seu canal do YouTube (clique aqui). Invista tempo para conhecer este excelente material de proclamação da verdade de Deus:

Clique nas opções abaixo:
Também adiciono um exemplo de uma aula com o Prof. Carlos Osvaldo Cardoso Pinto (Ph.D.) sobre os livros históricos do Antigo Testamento:



Entre em contato com o SEDI (clique aqui).

terça-feira, junho 12, 2012

Para quem tem dificuldade de orar

Por Maurício Zágari

Li outro dia uma frase atribuída a John Piper em que ele diz que escatologicamente a grande função das redes sociais será provar ao chegarmos diante de Deus que todos tivemos tempo para orar e não o fizemos. Curiosa e verdadeira a sua afirmação. Não adianta dizermos que não temos tempo para trocar uma ideia com nosso Pai se passamos uma a duas horas por dia no twitter ou no Facebook. Não sejamos hipócritas: a maioria dos cristãos que não oram o faz por pura preguiça ou porque prioriza outras coisas: Internet, o seriado predileto, o jogo de futebol ou mesmo o(a) namorado(a).

Mas há aqueles que até gostariam de orar, querem muito se disciplinar nisso mas se perdem nas orações, o pensamento viaja, não sabem o que dizer e uma série de outras questões. “Como devo orar?”, se perguntam. A verdade é que há inúmeras maneiras corretas de praticar o religare com o Pai. Mas vou deixar aqui, a título de sugestão para quem tem dificuldades, o modo que adotei para mim. Pode ser que ajude ou pelo menos lance uma luz que te aponte caminhos.

Mas, antes disso, só uma consideração: muitas igrejas põem a oração como uma espécie de posto de gasolina para ter poder. Daí o surgimento de frases como “muita oração, muito poder. Pouca oração, pouco poder”. O que e um equívoco: oração não é um canal de obtenção de poder, mas um momento de intimidade com o Pai. Imagine se seu filho, cônjuge, namorada(o) ou melhor amigo chegasse até você e dissesse: “Vim conversar com você não para matar as saudades, saber como você está e contar como foi meu dia, mas só para pegar um dinheiro emprestado”. Chato, não? Com Deus é a mesma coisa. Deus não quer que você se achegue a Ele para obter poder, isso é ser interesseiro. Ele que que você vá até Ele pelo prazer de estar em sua companhia. Com a Cruz de Cristo o véu do templo se rasgou para que nós, seus filhos, tivéssemos um relacionamento direto com o Pai. Tivéssemos intimidade. Os benefícios da oração são a consequência dessa relação. Não é porque queremos benefícios que vamos orar, é porque oramos que recebermos benefícios.

segunda-feira, junho 11, 2012

A Incapacidade de Vir a Cristo

Por Robert Murray McCheyne

Quão surpreendente é a depravação do homem natural! As Escrituras nos ensinam isso abundantemente. Todo pastor fiel levanta a sua voz como uma trombeta, para mostrar isto às pessoas. E a primeira obra do Espírito Santo, no coração, é convencer do pecado. Na Palavra de Deus, não existe uma descoberta mais terrível sobre a depravação do homem natural do que estas palavras do evangelho de João. Davi afirmou: “Eu nasci na iniqüidade, e em pecado me concebeu minha mãe” (Sl 51.5). Deus falou por meio do profeta Isaías (48.8): “Eu sabia que procederias mui perfidamente e eras chamado de transgressor desde o ventre materno”. E Paulo disse: “Éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais” (Ef 2.3). Mas nesta passagem de João somos informados de que a incapacidade do homem natural e sua aversão por Cristo são tão grandes, que não podem ser vencidas por qualquer outro poder, exceto o poder de Deus. “Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 6.44). Nunca houve um mestre como Cristo. “Jamais alguém falou como este homem” (Jo 7.46). Ele falava com muita autoridade, não como os escribas, mas com dignidade e poder celestial. Ele falava com grande sabedoria. Falava a verdade sem qualquer imperfeição. Seus ensinos eram a própria luz proveniente da Fonte de Luz. Ele falava com bastante amor, com o amor dAquele que estava prestes a dar a sua vida em favor de seus seguidores. Falava com mansidão, suportando a ofensa contra Ele mesmo vinda dos pecadores, não ultrajando quando era ultrajado. Jesus falava com santidade, porque era Deus “manifestado na carne”. Mas tudo isso não atraía os seus ouvintes. Nunca houve um dom mais precioso oferecido aos homens. “O verdadeiro pão do céu é meu Pai quem vos dá... Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede” (Jo 6.32, 35). O Salvador de que as pessoas condenadas necessitavam estava diante delas. Sua mão lhes foi estendida. Ele estava ao alcance delas. O Salvador ofereceulhes a Si mesmo. Oh! que cegueira, dureza de coração, morte espiritual e impiedade desesperadora existem na pessoa não-convertida! Nada pode mudá-la, exceto a graça do Todo-Poderoso. Oh! homem destituído da graça de Deus, seus amigos o advertem, os pastores clamam em voz alta, a Bíblia toda o exorta. Cristo, com todos os seus benefícios, é colocado diante de você. Todavia, a menos que o Espírito Santo seja derramado em seu coração, você permanecerá um inimigo da cruz de Cristo e destruidor de sua própria alma. “Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer.”

sexta-feira, junho 08, 2012

John Stott: evangelização não é uma técnica

Ultimately, evangelism is not a technique. It is the Lord of the Church who reserves to Himself His sovereign right to add to His Church.

(Tradução) Em última análise, a evangelização não é uma técnica. É o Senhor da Igreja que reserva para si o Seu direito soberano de adicionar à sua Igreja.

 -- John Stott

quarta-feira, junho 06, 2012

Uma resposta cristã à homossexualidade (vídeo em inglês)

Já faz algum tempo que eu gostaria de ter adicionado este vídeo em Todah Elohim. No entanto, o tempo que esperei não foi suficiente para traduzi-lo. Espero conseguir fazê-lo ainda este ano (ou encontrar alguém disposto e disponível).

Como Todah Elohim é também frequentado por anglofônicos [pessoas que falam em inglês], coloco o vídeo abaixo sobre um assunto muito importante e que deve ser bem compreendido.

Por Sam Williams


segunda-feira, junho 04, 2012

François Fénelon: escute menos seus pensamentos

Listen less to your own thoughts and more to God's thoughts.

(Tradução) Ouça menos seus próprios pensamentos e mais dos pensamentos de Deus.

-- François Fénelon

sábado, junho 02, 2012

Do Triplo Trunfo aos Triunfos

Por Vlademir Hernandes

"Alegrem-se na esperança, sejam pacientes na tribulação, perseverem na oração." Romanos 12:12.

Nesse texto da Sua Palavra o Senhor nos convoca à prática de três ações que são verdadeiros trunfos para suportarmos as aflições e desafios da nossa vida terrena, que é um breve e transitório momento da nossa vida eterna.

Em primeiro lugar
, o Senhor nos incentiva a encontrar motivos consistentes de gozo não nas circunstâncias da vida terrena que ora são favoráveis e ora não, mas no desfecho vitorioso que Ele prometeu dar àqueles que têm a salvação garantida por Cristo. Aquele que é todo poderoso e garantidor da vitória final convoca todos nós que cremos para que experimentemos uma alegria inextinguível que só é encontrada e nutrida nas Suas promessas irrevogáveis.Essa exultação deve ser tão intensa a ponto de prevalecer sobre as eventuais dores e tristezas deste período efêmero de vida por mais duras e indesejáveis que forem algumas experiências. Notemos que tal instrução não visa produzir um otimismo cego que atenua a dor através da ilusão. Não. Estamos diante de um apelo à lucidez espiritual que produz um gozo devidamente alicerçado em convicções sobre realidades que o Senhor garante que serão as nossas. Essa é a nossa esperança

As lágrimas da vida terrena devem ser enxugadas pelo júbilo da vida eterna!
Em segundo lugar, o Senhor nos convoca à paciência na tribulação. "Aguentem firmes diante dos problemas e aflições atuais e futuros!". "Suportem sem desanimar!".Não é possível viver sem problemas e sem sofrimentos na vida terrena. O Senhor nunca nos prometeu livramento total, mas força sobrenatural! "...porque, quando sou fraco, então, é que sou forte" 2Co 12:10. O Senhor nos ensina que as tribulações não são somente inevitáveis - "no mundo, passais por aflições" Jo 16:33. Elas são também necessárias para nosso desenvolvimento. Há certas virtudes cristãs que são forjadas por Deus em nós mediante as tribulações e as dores inerentes às mesmas. Perseverança, paciência, domínio próprio, longanimidade, mansidão, dependência são alguns poucos exemplos deste princípio tão vívido. A Palavra nos ensina que devemos nos "gloriar" nas tribulações e nos benefícios subsequentes (Rm 5:1-5). Um santo "gabar-se"; uma santa celebração pela manifestação dos problemas que aperfeiçoam o caráter. 

As dores aperfeiçoadoras da vida terrena devem ser suportadas mediante o poder daquele que dá a vida eterna! 
Em terceiro lugar, o Senhor informa que deseja ouvir orações frequentes e persistentes. É essencial entendermos que a oração não é, como alguns equivocadamente pensam, um instrumento misterioso capaz de mobilizar o divino para atender todas as audaciosas expectativas e exigências daqueles mais afortunados que oram com uma "fé" poderosa.
A oração é uma prática relacional, é um canal de comunicação através do qual a vontade do Pai é conhecida e realizada em Seus filhos. Ele só atende o que é pedido conforme a Sua vontade (Jo 5:14-15), e nós descobrimos qual é a Sua vontade pedindo: o que é concedido está de acordo com a Sua vontade. O que não é, não está (ou ainda não é o momento!). Há, entretanto, coisas que o Pai não concede, embora queira, simplesmente porque não são pedidas - ou por que são mal pedidas! (Tg 4:2-3).

O privilégio de clamar ao Pai na vida terrena deve ser maximizado pelos agraciados com a vida eterna!
Alegria na esperança, paciência na tribulação e perseverança na oração. Que o Senhor nos conceda muitos triunfos na proporção do valor que dermos a este triplo trunfo!

Fonte: IBCU