Por T. Zambelli
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Não foram poucas as vezes que eu escutei de homens sobre o desejo deles terem um manual de instrução para entenderem melhor as suas mulheres: “elas têm um humor muito variável"; "elas choram demais"; "elas são ilógicas!” Aqueles que dizem isso são jovens, adultos e até anciãos. Para eles, tais frases possivelmente serviriam de títulos ou subtítulos para uma enciclopédia que ensinaria o gênero masculino a entender a complexidade do gênero feminino.
Não foram poucas as vezes que eu escutei de homens sobre o desejo deles terem um manual de instrução para entenderem melhor as suas mulheres: “elas têm um humor muito variável"; "elas choram demais"; "elas são ilógicas!” Aqueles que dizem isso são jovens, adultos e até anciãos. Para eles, tais frases possivelmente serviriam de títulos ou subtítulos para uma enciclopédia que ensinaria o gênero masculino a entender a complexidade do gênero feminino.
Tenho conversado com vários homens casados com cerca de 30
anos de idade e todos reconhecem serem bem diferentes de suas mulheres. Porém,
fico admirado quando a maioria, apesar de reconhecer a diferença, não
compreender o porquê das esposas não os tratarem conforme suas expectativas.
As Escrituras nos mostra com muita clareza que homem e
mulher, ambos, foram criados à imagem e semelhança de Deus (Gn 1). Nenhum deles
é melhor ou pior do que o outro, superior ou inferior. Na verdade, cada um
deles, de acordo com a Palavra, foi criado funcionalmente diferente, ou seja,
cada um totalmente capaz para exercer a função para o qual foi criado.
Nas mãos de Deus tudo tem um propósito (Ec 3). Quando o
homem foi criado, Deus tinha um propósito para sua existência. A Bíblia diz: “O
Senhor Deus colocou o homem no jardim do Éden para cuidar dele e cultivá-lo”
(Gn 2.15). Quando a mulher foi criada, Deus também tinha um propósito: “Não é
bom que o homem esteja só; farei para ele alguém que o auxilie e lhe
corresponda” (Gn 2.18). Note que a chegada da mulher neste mundo foi, em
primeira instância, para suprir uma necessidade que o homem apresentava. Ela
era a solução para a solidão do homem! Ao concluir este trecho, Deus, através
de Moisés, discursa sobre a força do laço que é formado pelo casamento: “Por
essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se
tornarão uma só carne (Gn 2.24).” Antes do pecado, homem e mulher, unidos como
um, não sentiam vergonha. Eles viviam em plena harmonia consigo e com Deus (Gn
2.25). Tanto o homem quanto a mulher, antes de pecarem, viviam segundo o
propósito pelo qual cada um foi formado e não tinham vergonha de nada.
Mas algum tempo depois deles terem sido criados, o pecado
veia à tona. Desde então o pecado é a barreira cuja altura tornou nosso natural
em algo desagradável a Deus (Rm 1). A harmonia que existia entre o primeiro
homem e a primeira mulher, somente será plenamente possível quando estivermos
cheios do próprio Deus.
Assim, por si só, nem o homem e nem a mulher, serão capazes
de cumprir com o propósito pelo qual foram criados. O homem nunca conseguirá ser
um pleno representante do domínio divino na terra e a mulher nunca suprirá a
solidão do homem.
Para piorar, noto que muitos homens não contribuem para que
suas esposas exerçam com excelência o papel que lhe é devido no relacionamento
conjugal. Não deveria ser necessário dizer, mas os homens, em especial, esquecem-se
que suas mulheres não são oniscientes. Grande parte dos homens se comunica minimamente
com suas esposas e as deixa à mercê para adivinharem quais são as necessidades
de seus maridos. A falta de comunicação somada à tendência egocêntrica, conduz
os homens a acreditarem que suas mulheres são plenamente culpadas por não
corresponderem às necessidades deles.
Como as esposas saberão ou conseguirão auxiliar seus maridos
se eles não se mostrarem (se revelarem,
compartilharem suas vidas) para elas?
Tenho notado uma frustração masculina que tem origem no
próprio homem, mas que na grande parte dos casos eles nem percebem que foram
eles mesmos os causadores do problema. Quando eles deixam de se comunicar com
suas esposas, e existem vários motivos para isso (medo, vergonha, mentira, etc), eles as privam de agir da forma como
o Criador quer e espera delas (então, some aos motivos o pecado do egoísmo).
Note que a ausência ou pouca comunicação do homem no
relacionamento conjugal gera problemas para ambas as partes do que a Bíblia
chamou de "uma só carne". (1) A mulher fica privada de contribuir
eficientemente em auxiliar o homem. Enfatizo que o próprio Deus foi chamado de
auxiliador (Sl 33.20; 70.5; 115.9). (2) O homem não desfruta da bênção de ter
ao seu lado uma mulher mais capaz de lhe auxiliar. Lembre-se, ela foi criada
funcionalmente hábil para isso.
Homens, e eu me incluo aqui, tomem o cuidado para não privarem
as esposas de cumprirem com o papel que faz parte de sua essência. A pedra que
as torna menos eficientes em cumprir com seu papel, é a mesma pedra que os
afasta de desfrutar dos benefícios que especialmente as mulheres podem dar.
Um de meus mestres deixou bem claro a importância do
"tempo de sofá" para o casal. Não procrastine uma boa conversa com
sua esposa. Fale, escute (dialoguem) e
lembrem-se sempre que Deus está presente e quer fazer parte da alegria e
soluções dos problemas que surgem. O manual que muitos homens almejam possivelmente
seria desnecessário se eles compartilhassem suas vidas com suas esposas.
"Quem encontra uma esposa encontra algo excelente
recebeu uma bênção do SENHOR." (Pv 18.22 NVI)
recebeu uma bênção do SENHOR." (Pv 18.22 NVI)
Inspirado no primeiro capítulo do livro Maridos, de Lou Priolo (Ed. Nutra)
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