terça-feira, junho 25, 2013

O difícil conceito de graça

Graça é algo difícil, talvez um impossível conceito de se entender.

Charles Ryrie conta uma história enquanto ele ainda era seminarista. Ele ajudava uma organização cristã que fazia acampamentos para crianças desprivilegiadas, expressão usada por ele mesmo. Certa vez, num final de semana, acampando, ele descobriu que alguns jovens deixaram o quarto logo cedo pela manhã, pegaram um barco, e foram para longe da costa. Quando eles retornaram, passaram por Charles como cães com os rabos entre as pernas. O que eles fizeram não era somente contra todas as regras, mas muito perigoso.

Na noite anterior ao acontecido, Charles havia falado com eles sobre perdoar uns aos outros. Agora, ao mesmo tempo em que ele sabia que devia puni-los, reconhecia que o perdão devia estar em vista. Enquanto ele conversava com Deus, pensava consigo mesmo:
  • “Senhor, não posso simplesmente perdoá-los.” Mas o Senhor me perdoou.
  • “Senhor, tenho de fazer as regras valerem.” Fico contente que o Senhor não teve.
  • “Senhor, eles vão achar que eu sou fraco.” Nunca achei que o Senhor fosse fraco.
  • “Senhor, então eu os farei prometer que nunca farão isso de novo.” Boa coisa foi que o Senhor nunca teve de nos fazer prometer nada.
  • “Senhor, tu és Deus e pode fazer qualquer coisa!” Bem, eu sou seu filho e preciso imitá-lO.

Na próxima reunião, quando as crianças esperavam pela certa punição, Charles simplesmente disse: “Vocês fizeram uma coisa horrível! Podia ter se tornado em algo desastroso para todos, suas famílias, para a organização, para mim. Mas eu os perdoo incondicional e completamente.” Eles não acreditaram, acharam que era alguma espécie de pegadinha, mas Charles deixou bem claro, inclusive fazendo o serviço que eles normalmente tinham que fazer naquele dia para que não associassem à qualquer espécie de punição. Charles queria deixar bem claro o que era graça. Nunca, segundo Charles, houve um grupo tão exemplar quanto o que estas crianças formaram. Nunca houvera um grupo tão gentil, auxiliador e útil.

Não foi fácil as crianças entenderem a graça concedida por Charles. Imagine quão difícil é entender, então, a graça de Deus, que perdoa todos os pecados, sem condição alguma, sem que haja qualquer coisa que deva ser feito para aquisição do perdão?

Com esta história em mente, pense nisso:
  1. Graça é favor imerecido. O receptor da graça não merece tê-la, mesmo porque a graça de Deus é impossível de se adquirir. As crianças não mereciam o perdão de Charles.
  2. Graça não é algo barato. Ela é bem cara! É gratuita para quem a recebe, mas custa caro para o doador. A Deus custou a vida de Jesus Cristo! Para Charles, custou uma boa dor de cabeça.
  3. Graça não é algo fácil de se acreditar. Um mundo meritocrático como o nosso não aceita presentes sem que façamos algo para obtê-los. Não é fácil acreditar em alguém que simplesmente lhe oferece algo sem que se pague ou faça algo que o torne merecedor daquilo. As crianças, à priori, não acreditavam que não haveria punição.
  4. Graça, quando recebido, muda a vida e o comportamento de quem o recebe. Nunca Charles teve um grupo tão dedicado a ele e ao acampamento depois do ocorrido.


Mais detalhes em So Great Salvation, capítulo 1.

segunda-feira, junho 17, 2013

Ouvindo em casa

Por Tedd Tripp


Quão bem você se comunica? A maioria de nós dará uma resposta tendo em vista nossa habilidade de

apresentar nossos pensamentos e ideias de uma forma convincente. No entanto, gostaria de sugerir que a mais fina arte da comunicação em nossa vida familiar não é o expressar de nossas ideias. É entender os pensamentos e as ideias de outras pessoas na família.

Este é um tema recorrente no livro de Provérbios. "O insensato não tem prazer no entendimento, senão em externar o seu interior". (Provérbios 18:2). A preocupação de um tolo em uma conversa é colocar para fora o que está dentro dele. Mesmo quando não está falando, ele não está realmente ouvindo. Ele está formulando o que dirá em seguida. Seu próximo voleio na conversação não é devolver a bola que você passou, mas passar uma nova bola.

Todos nós já fomos tolos em nossas conversas. Anos atrás, tive uma conversa com meu filho antes de dormir. Eu tinha que dizer algo. Ele logo percebeu que teria que ouvir. No final do meu monólogo, eu disse: "Bom, fico feliz que tivemos essa oportunidade de conversar. Eu vou orar e depois você pode dormir". Depois de alguns minutos, ele bateu na porta do meu quarto: "Pai, você disse que ficou feliz que nós tivemos uma boa conversa. Eu só quero ressaltar que eu não disse nada". Eu fui um tolo naquela noite. Eu poderia ter tido uma verdadeira conversa. Poderia ter feito boas perguntas. Tudo o que queria dizer poderia ter sido dito em um contexto de fazer meu filho falar abertamente. Ao invés disso, não encontrei prazer algum em compreendê-lo; eu estava interessado apenas em expressar a minha opinião.

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quarta-feira, junho 12, 2013

A oração infantil

Por Fernando Leite
Título original: Jogo dos Erros na Oração


Veja o sermão sobre este devocional em vídeo (clique)

Os erros apresentados (no sermão):
  1. Tirania do Ego;
  2. Priorizar o indivíduo e não o Corpo;
  3. Antes pedir, versus agradecer;
  4. Oração (só) como programa;
  5. Busca do bem estar material;
  6. Transformar a oração em meio de realização.


T. Zambelli: Risos do Diabo na batalha espiritual

"Enquanto os crentes não perceberem que a responsabilidade de qualquer derrota moral é do homem (Tg 1.14), o Diabo continuará rindo quando ouvir a expressão 'batalha espiritual.'"

-- T. Zambelli

terça-feira, junho 11, 2013

O que rapazes pensam sobre modéstia

Deus sabe o quanto eu (Zambelli) gostaria que este vídeo tivesse legenda em português. Por enquanto, somente em inglês:

Por C.J. Mahaney


Fonte: ChurchLeaders.com

segunda-feira, junho 10, 2013

Paul Tripp: neblina e colheita


"Algumas pessoas pensam que estão passando por uma neblina quando, de fato, estão é colhendo as sementes que plantaram ao longo de anos."

-- Paul Trip (parafraseado).

sexta-feira, junho 07, 2013

A Negligenciada virtude do trabalho duro

Por Rick Boxx

Uma pesquisa que aparece em jornais dos Estados Unidos todas as semanas, conduzida pela revista , descobriu que 51% das 26 mil pessoas entrevistadas acreditam que a forma mais eficaz para progredir no ambiente de trabalho consiste em tirar proveito das políticas internas das organizações. Somente 27% disseram acreditar que o avanço profissional é resultado de trabalho duro e diligência.
Parade

Se um número tão grande de trabalhadores tem a percepção de que o melhor caminho para ganhar promoções e recompensas é a esperteza, temo que isso possa se transformar numa profecia que perpetue a banalidade. Isso pode levar muitos a concluir, que seus interesses pessoais e profissionais prosperam melhor quando tentam debilitar seus colegas e cultivar o favor de seus líderes, que por meio do aperfeiçoamento de suas habilidades.

É uma infelicidade sob vários aspectos. A virtude do trabalho duro - reconhecimento da honra existente no trabalho bem feito - está sendo esquecida. Os que se beneficiam do trabalho duro, empregadores, colegas que dependem da qualidade da contribuição dos companheiros, fornecedores e clientes, estão sendo ludibriados, quando trabalhadores têm seu foco distorcido, visando a manipulação do sistema para satisfazer desejos pessoais. E o valor intrínseco do trabalho, a crença de que por si só ele é nobre e gratificante, está sendo ignorado.

quarta-feira, junho 05, 2013

O que são as paixões da mocidade?

Por John D. Street


Nas Escrituras, o desejo cobiçoso é muito mais que anseios sexuais eróticos. Por exemplo, 2Tm 2.22 é um texto conhecido para tratar da tentação sexual em jovens de ambos os sexos. Mas o que são as "paixões da mocidade" mencionadas no contexto? Paulo está advertindo Timóteo sobre os falsos mestres que são uma ameaça para sua congregação. Como um pastor jovem ele é encorajado a confrontar esses homens que dividiram o rebanho. O apóstolo, então,  usa a analogia da purificação dos vasos de desonra em uma casa (i.e., a igreja) para que esse vaso seja santificado e mais útil para o Mestre. Imediatamente a seguir no v.23, ele adverte quanto ao envolver-se em "questões insensatas e absurdas, pois sabes que só engendram contendas" com estes falsos mestres. Então, as "paixões da  mocidade" não têm nada a ver com anseios sexuais, mas sim com as presunções arrogantes de um jovem pastor que pensa que pode convencer homens habituados às "contendas de palavras", ganhar argumentos e prevalecer nas disputas. Em vez disso, Paulo diz, "evita, igualmente, os falatórios inúteis e profanos."

Purificando o coração da idolatria sexual. Nutra publicações, pp.19-20.

segunda-feira, junho 03, 2013

Como ser cheio do Espírito Santo?


Como ser cheio do Espírito Santo? Preciso fazer alguma coisa para isso? Existe alguma parte que cabe ao cristão neste processo? Devo orar? Devo esperar como os discípulos fizeram? Devo esperar uma situação de crise na qual Deus irá provar minha fé e, se for aprovado, receberei a plenitude do Espírito? A plenitude do Espírito é algo para apenas alguns cristãos? Um cristão cheio do Espírito Santo é a exceção ou a regra?

Não faz muito tempo que me tornei pai pela primeira vez. Por isso, recentemente eu estava pensando sobre como a gravidez é algo extraordinário. Ter uma vida dentro de nós. Que coisa fantástica! Durante a gravidez de minha esposa pude sentir a criança se mexendo dentro dela, colocando a mão sobre sua barriga. Quando isso acontecia ficava maravilhado: “existe uma vida aqui dentro!”

Mas uma coisa é certa, esta vida, mesmo sendo pequena, opera grandes transformações na mãe. No começo, quando os hormônios começaram a agir, minha esposa ficou bastante emotiva. Até mesmo coisas simples a faziam chorar! Além disso, outras mudanças ocorreram no organismo dela. O seu cabelo ficou mais bonito, o seu organismo passou a funcionar com mais regularidade e até as dores de cabeça que tinha quase todos os dias diminuíram muito.

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