Por Charles Finney
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Durante as lutas da convicção do pecado pelas quais passei, eu não me lembro se a questão sobre a Maçonaria já havia ocorrido em minha mente.
Novas Visões das Práticas da Loja
Logo depois da minha conversão, entretanto, fui certa noite a uma sessão em minha Loja.
Eles, obviamente, estavam cientes de que eu me havia tornado um cristão, e os Mestres me convidaram para abrir os trabalhos da Loja com uma oração.
Eu fiz isso, e derramei o meu coração diante do Senhor, pedindo bênçãos sobre a Loja.
Observei que isso criou considerável alvoroço.
A noite passou, e no fechamento dos trabalhos da Loja me pediram para rezar novamente.
Assim procedi, e me retirei muito deprimido em espírito.
Logo descobri que eu era completamente convertido da Maçonaria para Cristo, e que eu não tinha mais simpatia com qualquer das deliberações da Loja.
Seus juramentos pareciam-me monstruosos, profanos e bárbaros.
Naquela época eu não sabia o quanto tinha sido sujeito a muitas das pretensões da Maçonaria.
Após reflexão e análise, entretanto, sob uma luta severa e fervorosa em oração, achei que não poderia permanecer com eles de modo consistente.
Minha nova vida estava instintiva e irresistivelmente resguardada de qualquer simpatia com aquilo que eu já considerava como as improdutivas obras das trevas.
Afastando-me da Membresia
Sem consultar ninguém, eu finalmente fui à Loja e pedi meu desligamento.
Minha mentalidade havia sido formada.
Retirar-me deles é um dever - esperava, se possível, com seu consentimento; sem esse consentimento, se eu precisasse.
Sobre isso não me manifestei, mas de alguma maneira tornou-se conhecido que eu havia me desligado.
Assim, eles planejaram um ágape e enviaram-me um convite, pedindo para que eu fizesse um discurso nessa ocasião.
Calmamente eu me recusei a fazê-lo, informando à comissão que eu não poderia, de maneira tranquila e em qualquer hipótese, fazer algo que pudesse mostrar a minha aprovação àquela instituição, ou simpatia para com ela;
No entanto, durante certo período de tempo e nos anos seguintes eu permaneci em silêncio, e não disse nada contra a Maçonaria, embora eu já tivesse opinião formada sobre a questão que diz respeito aos meus juramentos maçônicos, considerando-os como absolutamente nulos e sem efeito.
A partir desse momento, entretanto, nunca mais me permiti ser reconhecido como maçom, por onde quer que eu andasse.
Iniciando um Testemunho Público
Passaram-se poucos anos antes da publicação das revelações sobre a Maçonaria, pelo capitão William Morgan.
Quando esse livro foi publicado, eu lhe perguntei se ele era uma autêntica revelação sobre a Maçonaria.
Argumentei que ele ia muito além do que eu sabia sobre a Maçonaria e que, até onde eu podia lembrar, consistia numa fiel revelação dos três primeiros graus, tal qual eu mesmo os havia obtido.
Eu reconheci com sinceridade que o que havia sido publicado fora uma autêntico relato sobre a instituição, bem como uma autêntica exposição de seus juramentos, princípios e procedimentos.
Após eu ter considerado essa revelação mais profundamente, eu fui convencido de modo mais perfeito de que eu não tinha o direito de aderir àquela instituição, nem ao menos na aparência, e que eu estava vinculado, sempre que viesse a ocasião, a manifestar livremente minha opinião em relação a ela, e de renunciar aos terríveis juramentos que eu havia feito.