Ao ler um livro, vi a citação de um artigo online chamado Ruse gives away the store: admits evolution is a phylosophy. Associado a este artigo, vi uma publicação interessante em um BLOG, que copio abaixo.
O Evolucionista que Entregou o Ouro
“Poderíamos dizer que o darwinismo funciona como religião alternativa. É exatamente o que diz Michael Ruse, filósofo de ciências. Ruse é evolucionista pugnaz e agressivo, que, em 1982, testemunhou em tribunal contra o estatuto criacionista do Estado de Arkansas. Nessa ocasião, conversou com Duane Gish, famoso criacionista, que o imprensou contra a parede. ‘O problema com os evolucionistas é que vocês não jogam limpo’, disse-lhe Gish. Vocês nos acusam de ensinar uma opinião religiosa, mas ‘vocês, evolucionistas, são a seu modo igualmente religiosos. O cristianismo fala de onde viemos, para onde vamos e o que devemos fazer enquanto isso. Desafio-o a mostrar qual é a diferença com a evolução. A evolução fala de onde você veio, para onde vai e o que fazer enquanto isso.’[1] Em suma, a evolução funciona como religião.
“O comentário irritou Ruse, que não pôde tirar isso da mente. No fim, deu-se conta de que Gish na verdade estava com a razão, que a evolução é ‘mais que mera ciência’, como disse em recente artigo. ‘A evolução veio a ser como um tipo de ideologia secular, substituto explícito do cristianismo.’ Mesmo hoje, ‘é promulgada como ideologia, uma religião secular – uma alternativa madura ao cristianismo, com significado e moral’.
“Ruse se apressa em garantir aos leitores que ele continua sendo “um evolucionista ardente e ex-cristão’. Contudo, ‘tenho de admitir que nesta querela… os literalistas [bíblicos] estão absolutamente certos. A evolução é uma religião. Desde o princípio foi assim, e ainda hoje é verdade’.[2]
“Ruse anunciou seu novo discernimento na reunião anual de 1993 da Associação Americana para o Avanço da Ciência (sigla em inglês AAAS), onde sua apresentação foi recebida com um silêncio aturdido. Um relatório da conferência publicado por um grupo defensor da evolução ficou imaginando: ‘Será que Michael Ruse Entregou o Ouro?’[3]
“Mas Ruse não estava fazendo alegações precipitadas. Ele as fundamentava com exemplos incontestáveis, citando pessoas como Stephen Jay Gould, que afirmou que a evolução ‘liberta o espírito humano’. Por pura provocação, acrescentou Gould, a evolução ‘bate qualquer mito das origens humanas por anos-luz’. Visto que a história evolutiva é contingente de modo completo, ‘em sentido plenamente literal, devemos nossa exist6encia, como mamíferos grandes e racionais, a nossas estrelas da sorte’.[4]
“‘Se isto não for concorrente ao ensino judaico-cristão tradicional’, comenta Ruse de maneira perversa, ‘não sei o que é.’”[5]
Nancy Pearcey - Extraído de "Verdade Absoluta: Libertando o Cristianismo de seu Cativeiro Cultural", p. 193
[1] Citado em Michael Ruse, “Saving Darwinism from the Darwinians”, National Post, 13 de maio de 2000, p. B-3.
[2] Ruse, ib. Ruse usa a mesma argumentação no seu mais recente livro, Mystery of Mysteries: Is Evolucion a Social Construction? (Cambridge, Massuchusetts: Havard University Press, 1999).
[3] Ver Tom Woodward, “Ruse Gives Away the Store, Admits Evolution Is a Philosophy”, em http://www.leaderu.com/real/ri9404/ruse.html.
[4] Citado em Ruse, “Saving Darwinism from the Darwinians”. Em outro lugar, Gould foi explícito ao descrever o darwinismo como substituto da religião: “A evolução substituiu a explicação naturalista de consolo desinteressado por nossa convicção anterior de que uma deidade benevolente nos formou diretamente segundo sua própria imagem” (Stephen Jay Gould, “Introduction”, em: Carl Zimmer, Evolucion: The Triumph of na Idea [Nova York: HarperCollins, 2001], p.xi).
[5] Ruse, “Saving Darwinism from the Darwinians”.
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