sexta-feira, julho 04, 2008

Paciência

Já perceberam como vivemos um período de impaciência? O texto abaixo foi muito bem escrito por Arnaldo Jabor.

Ah! Se vendessem paciência nas farmácias e supermercados... Muita gente iria gastar boa parte do salário nessa mercadoria tão rara hoje em dia. Por muito pouco a madame que parece uma 'lady' solta palavrões e berros que lembram as antigas 'trabalhadoras do cais'...

E o bem comportado executivo? O 'cavalheiro' se transforma numa 'besta selvagem' no trânsito que ele mesmo ajuda a tumultuar... Os filhos atrapalham, os idosos incomodam, a voz da vizinha é um tormento, o jeito do chefe é demais para sua cabeça, a esposa virou uma chata, o marido uma 'mala sem alça'. Aquela velha amiga uma 'alça sem mala', o emprego uma tortura, a escola uma chatice. O cinema se arrasta, o teatro nem pensar, até o passeio virou novela.

Outro dia, vi um jovem reclamando que o banco dele pela internet estava demorando a dar o saldo, eu me lembrei da fila dos bancos e balancei a cabeça, inconformado... Vi uma moça abrindo um e-mail com um texto maravilhoso e ela deletou sem sequer ler o título, dizendo que era longo demais. Pobres de nós, meninos e meninas sem paciência, sem tempo para a vida, sem tempo para Deus.

A paciência está em falta no mercado, e pelo jeito, a paciência sintética dos calmantes está cada vez mais em alta. Pergunte para alguém, que você saiba que é 'ansioso demais' onde ele quer chegar? Qual é a finalidade de sua vida? Surpreenda-se com a falta de metas, com o vago de sua resposta.

E você? Onde você quer chegar? Está correndo tanto para quê? Por quem? Seu coração vai agüentar? Se você morrer hoje de infarto agudo do miocárdio o mundo vai parar? A empresa que você trabalha vai acabar? As pessoas que você ama vão parar? Será que você conseguiu ler até aqui?

Respire... Acalme-se... O mundo está apenas na sua primeira volta e, com certeza, no final do dia vai completar o seu giro ao redor do sol, com ou sem a sua paciência...

Uma nota aos filhos de Deus:
Portanto, como povo escolhido de Deus, santo e amado, revistam-se de profunda compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência. Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem como o Senhor lhes perdoou.
Colossenses 3.12-13

Um comentário:

  1. bom texto... tem tudo a ver com esse outro.

    tEMPOS ESTRANHOS... (autor desconhecido)

    Tempos estranhos em que vivemos...

    Hoje temos edifícios mais altos, mas pavios mais curtos...

    Temos auto-estradas mais largas, mas pontos de vista mais estreitos...

    Gastamos mais, mas temos menos...

    Compramos mais, mas desfrutamos menos...

    Temos casas maiores e famílias menores...

    Temos mais conhecimento e menos poder de julgamento...

    Temos mais remédios e menos saúde...

    Hoje bebemos demais, fumamos demais, gastamos de forma excessiva, dirigimos rápido demais, mas rimos de menos e nos irritamos facilmente...

    Multiplicamos nossas posses, mas reduzimos nossos valores...

    Falamos demais, amamos raramente e odiamos com freqüência...

    Aprendemos a ganhar a vida, mas não sabemos como vivê-la...

    Fazemos coisas maiores, mas não coisas melhores...

    Limpamos a ar, mas poluímos a alma...

    Escrevemos mais, mas aprendemos menos...

    Planejamos mais, mas realizamos menos...

    Aprendemos a correr contra o tempo, mas não a esperar com paciência...

    Temos rendimentos mais altos, mas padrões morais mais baixos...

    Esses são tempos de refeições rápidas e digestão lenta...

    De homens altos e caráter baixo...

    De lucros expressivos e relacionamentos rasos...

    De mais lazer, e menos diversão...

    São dias de viagens rápidas, fraldas descartáveis e moralidade também descartável, dias em que existem pílulas para tudo: para alegrar, para acalmar e para matar...

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