O pão nosso de cada dia dá-nos hoje
Mateus 6.11
Conta-se a história de uma viúva bem pobrezinha que estava orando pelo pão diário, pois não tinha nada para comer. Um gaiato, passando ao lado da casa daquela senhora, ouviu o seu lamento e resolveu pregar-lhe uma peça: comprou um pão na padaria e jogou-o pela janela para ver a sua reação. Quando a viúva abriu os olhos e viu aquele pão bem na sua frente começou a glorificar a Deus em alta voz. O gaiato então começou a zombar da fé da velhinha, mas esta não se deixou vencer e soltou:
- É... pode até ser que você tenha jogado este pão aqui. Mas uma coisa é certa: eu pedi pão a Deus e Ele me deu!
Ao ensinar O pão nosso de cada dia dá-nos hoje Jesus quer que aprendamos a não colocar a confiança de nossa subsistência em nada além do Pai. Ao paramos para meditar neste pedido não podemos deixar de pensar na contrastante realidade que vivemos hoje, comparada com a dos ouvintes originais. Vivemos numa sociedade abastada, temos estoque de comida em nossas casas e, caso falte uma lata de leite condensado que seja, basta nos dirigirmos ao supermercado mais próximo. Isto pode ser um perigo em termos de senso de dependência de Deus! Hoje estamos mais para Então, direi à minha alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te.
Ao pedir pão, Jesus quer que aprendamos que Deus supre nossas necessidades mais básicas, mas não tem compromisso com nossos luxos. Seu compromisso é com nosso pão! Agora pense um pouco: Ele tem dado algo mais do que pão? No que temos usado este algo mais?
Certamente, nenhum de nós quererá ouvir a voz de Deus neste tom: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? (Lucas 12.19-20). Creio, então, que nós (ricos e abastados do século XXI), devemos olhar com mais atenção para este pedido com profunda gratidão no coração, cientes de que este pão cotidiano é Deus quem nos dá.
É oportuno lembrar que, mesmo para a multidão que ouvia Jesus, Deus já os havia alertado sobre este perigo. Israel já havia experimentado o cuidado de Deus neste aspecto, quando Ele milagrosamente mandava diariamente o alimento necessário para o seu povo: o maná no deserto. Às portas de entrada da terra prometida, Deus lhes faz uma séria advertência (Leia Deuteronômio 8.11-17):
Não digas, pois, no teu coração: A minha força e o poder do meu braço me adquiriram estas riquezas.
Atribuir a garantia do pão diário graças à segurança do nosso emprego ou da situação econômica estável que nosso país atravessa, chama-se idolatria. Aqueles que assim o fazem entram em pânico quando algo de errado acontece com seu ídolo ($$$). Precisamos reconhecer que se temos uma fonte de renda que assegura nosso alimento, é porque Deus nos capacitou e proveu esta fonte; se o país atravessa uma boa fase econômica, é porque Deus assim tem permitido. Precisamos cultivar o pensamento daquela viúva:
- Pode até ser que eu tenha um bom emprego... Mas uma coisa é certa: Tenho pedido pão para Deus e Ele tem me suprido.
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