Pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém!
É fácil ou difícil aceitar isto? Declaramos que de Deus é o reino, o poder e a glória para sempre, mas será que realmente cremos nisto. Ah sim, existe uma diferença significativa entre crer e crer; entre simplesmente acreditar (mas não fazer diferença alguma em nossa vida) e tomar esta verdade para si a ponto de basear e entregar toda nossa vida, existência, ações e pensamentos a esta afirmação.
Não somos reis ou donos do nosso próprio nariz, como pensamos! Não devemos ambicionar poder em qualquer esfera que seja como fazemos! Longe de nós buscarmos a nossa própria glória como queremos! Vemos isto na história de Jó. O velhote, em meio a tanto sofrimento, questionava a Deus: “Sou um homem justo. Fiz o bem esperando benevolência ... e é isto que eu recebo???”
No momento, todo sofrimento é doloroso, mas devemos aprender que estes são o processo que Deus utiliza para o nosso aperfeiçoamento (Hebreus 12.11). No caso de Jó, Deus ensinou: “Eu sou o Senhor. Você não! Ponha-se no seu lugar.”
Foi dura a lição, mas Jó enxergou isto. Ao findar desta série, recebi um e-mail de um grande amigo meu (Chico Motta). O que ele escrevera encaixa-se perfeitamente sobre este assunto:
Será que eu tenho coragem de me entregar nas mãos de Deus a ponto de orar pedindo que me leve para o lugar e circunstâncias que Ele quiser? E se Ele quiser que eu vá para um lugar deserto para ser tentado?
E logo o Espírito o impeliu para o deserto... (Marcos 1:12)
Foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. (Mateus 4:1)
Quando lemos deserto logo pensamos em um lugar extremamente quente, onde só há areia, como aqueles que aparecem em filmes de “cowboys” ou nas imagens do deserto do Saara. Mas deserto é um lugar onde não há ninguém.
Vamos imaginar uma cena: Deus me pegando (ou a você), me levando para um lugar onde não tenho contato com ninguém, mesmo que haja um monte de gente por ali, e Ele me larga lá. Ao me ver ali só e fragilizado, um demônio (não precisa ser o próprio Diabo) começa a me rodear de longe e a se aproximar lentamente, e sussurrando baixinho: “Uau, o que temos aqui!”, me olhando com péssimas intenções.
Agora pouco eu pensei: “Deus não faria isso comigo.” Você também pensou? Mas ... se Ele fez com Jó por que não faria comigo, ou com você? E o próprio Senhor Jesus experimentou isso!
Jesus foi tentado em 3 áreas. Na satisfação ilícita de suas legítimas necessidades físicas (se transformasse pedras em pães), querer que Deus esteja às suas ordens (se saltasse da parte mais alta do Templo e “determinasse” que os anjos o segurassem) e ser rei sem passar pela cruz (ter os reinos do mundo se adorasse o Diabo).
Já experimentei algumas épocas de “deserto”. Querendo ficar cômodo, querendo ser servido e querendo glória sem sacrifícios! Solidão, tristeza, frustração, tudo em um período em que a expressão popular que diz “desgraça pouca é bobagem” parece fazer sentido.
Entretanto, vire a moeda e veja o outro lado: foram épocas de muito crescimento espiritual, de aprofundamento da comunhão com Deus e de aumento de sabedoria. Sou extremamente grato por cada um desses períodos.
Última coisa: você crê que o Espírito Santo, que nos ama de verdade, nos levaria a um “lugar” que não fosse o melhor para nós?
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