Santificado seja o teu nome
Mateus 6.9c
Depois de estabelecer uma relação paternal com Deus, a declaração seguinte é mais do que uma simples constatação. Ao orar santificado seja o Teu nome, estamos puxando para nós a responsabilidade de, com as nossas vidas, demonstrar ao mundo o que já é fato. Estamos declarando que Ele é digno de toda glória e todo louvor e que a vontade dele é soberana, mas com isto, temos a obrigação de testemunhar esta verdade agindo de acordo com o que confessamos crer.
Este Deus a quem nos dirigimos é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. Ele é santo, justo, amoroso, perdoador e salvador dos que arrependidos, se voltam a Ele. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não. Pela fé, o crente sabe que Deus existe e afirma:
... Nele vivemos, nos movemos e existimos (At 17.28).
Ou seja, sem Deus, nós simplesmente não somos e nem existimos. Alguém já defendeu que o “Pai nosso” poderia ser resumido em apenas dois versículos:
Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o vosso nome...
...pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém!
Esta seria a estrutura básica desta oração, sendo que o miolo nos apresenta as formas de santificar, ou declarar que o nome de Deus é Santo! Este é um atributo de Deus (Pai, Filho e Espírito) que afirma que Ele é moralmente puro e perfeito, separado e acima do que é mau e imperfeito. Em Levíticos 11.44 lemos:
Eu sou (YHWH) o SENHOR, vosso Deus; portanto, vós vos consagrareis e sereis santos, porque eu sou santo; e não vos contaminareis por nenhum enxame de criaturas que se arrastam sobre a terra.
Assim como Ele é, deseja também estender esta graça aos seus. Porém há alguma diferença entre a santidade de Deus e a requerida a nós, que visa a separação (não contaminação) das coisas deste mundo, pertencer somente a Deus e a ser completamente fiel a Ele.
Declarar “santificado seja o teu nome” e não viver uma vida santa como Ele quer de nós é uma tremenda incoerência.
Conta-se que Alexandre, o grande, após ter vencido mais uma batalha, passava por sua tropa cumprimentando-os do grande feito, quando descobriu que um jovem havia se escondido na hora da luta. Ao constatar que aquele jovem também se chamava Alexandre, seu semblante se fechou advertindo duramente aquele que se acovardou: "Ou você muda de atitude ou mude de nome!"
Se somos cristãos, implica que temos um nome a zelar, e este nome não é o nosso nome. Podemos chamar Deus de nosso Pai, não porque temos algum mérito em nós mesmos, mas porque Ele nos adotou. Declaramos que Seu nome é Santo, apesar dos deslizes que cometemos no nosso dia a dia. Não obstante toda nossa imperfeição, de ainda estarmos inseridos neste mundo, Ele deseja ardentemente que tenhamos uma vida santa (separada) deste sistema que se chama ‘mundo’. Por isso Ele mesmo diz: ...Eu, o SENHOR que vos santifico, sou santo. E Sede santos, porque eu sou santo. (Levítico 21:8 1 Pedro 1:16)
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