Por Reinaldo Bui
Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida (Leia Romanos 5.6-11)
Muitas são as correntes doutrinárias ensinadas nas igrejas hoje em dia. A livre interpretação das Escrituras tem ocasionado o surgimento de milhares de denominações, cada qual apregoando sua cota de abstrusidades. Infelizmente vemos doutrinas de todos os tipos, para diferentes gostos e conveniência. Elas são bizarras, às vezes sutis e dissimuladas. É fácil perceber que na mente de muitos irmãos há uma verdadeira “colcha de retalhos” doutrinária, formada pelas pregações de pastores despreparados, dramatizações apelativas e letras de canções que se preocuparam mais com abrangência do que biblicidade. Elas são equalizadas por suas opiniões pessoais e temperadas (para dar um ar espiritual) com revelações extraordinárias. Divergências e ataques à sã doutrina acontecem desde a igreja primitiva.
Depois da introdução que Paulo faz em sua carta aos romanos, o apóstolo passa a considerar três assuntos fundamentais para a nossa segurança como cristãos. Ele trata de três mentiras ou três erros, muito comumente encontrados na mente de muitos crentes hoje em dia: o perigo da insegurança, o perigo da licenciosidade e o perigo do legalismo. Vamos analisá-los um a um.*
O primeiro erro é crer que se o crente pecar, ele perde a sua salvação. Alguns pastores e denominações pregam esta doutrina com a intenção de manter suas ovelhas fieis. Porém, esta doutrina não está de acordo com o caráter, o amor, a justiça, os princípios e a pessoa de Deus. Tomemos como exemplo um lar onde existe uma constante ameaça (seja para a esposa ou para os filhos): “Se você não andar na linha vou te largar!” Existe amor num lar assim? Não. O amor não cresce onde não há segurança. Agir assim é agir conforme a carne. Será que Deus age assim conosco? Jamais! Porque para crescermos na nossa fé, precisamos de segurança, aquela segurança que diz que "...se somos infiéis, Ele permanece fiel, pois não pode negar-se a si mesmo" (2 Timóteo 2.13).
Nos vv.6, 7 e 8 do capítulo 5, Paulo descreve o nosso passado, e usa três palavras para descrever a nossa condição: éramos fracos, ímpios e pecadores. Merecíamos a salvação? De modo nenhum! Nós a ganhamos de graça (ou pela graça). Quem garante a sua salvação não é você, é Jesus. E no verso 9 Paulo conclui:
"Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira".
Note que somos justificados por seu sangue, e não por alguma obra que tenhamos feito. E na sequência, complementando seu raciocínio, o apóstolo escreve: "Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida e não apenas isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, por intermédio de quem recebemos, agora, a reconciliação".(Rm 5.10,11)
Paulo diz que seremos salvos pela Sua vida (a de Cristo). Quem garante a nossa salvação é Jesus. Ninguém é salvo porque merece, mas porque Jesus morreu no seu lugar. Ele é o nosso advogado assentado à destra de Deus, e nos garante isso. Se Cristo nos reconciliou quando éramos seu inimigo, não fará muito mais agora que já estamos reconciliados?
* Não somente neste devocional.
* Não somente neste devocional.
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