quinta-feira, setembro 19, 2013

Liberdade: A nova vida em Cristo

Por Reinaldo Bui

 
Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos? Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos. (Romanos 6.2,8)

Há ainda outro fato que não podemos perder de vista: quando fomos salvos, morremos para o pecado (v.2) para podermos desfrutar de uma vida plena na graça de Cristo. Alguns podem imaginar que “mortos para o pecado” significa que o crente é como um defunto, um corpo no caixão. Pode passar o que for em nossa frente que estamos “mortinhos da Silva”, feito uma múmia. Mas esta ideia pode deixar alguns confusos, pois não se sentem tão mortos assim para o pecado. Se formos bem honestos, todos nós diremos (envergonhados): “Às vezes, sinto-me muito vivo em relação a tal pensamento.” 

Mas isto acontece quando não entendemos o que é estar morto para o pecado. Romanos nos mostra o pecado como um reino (o reino do pecado ou reino da morte) e que todos nós éramos participantes deste reino. E aqui está a definição de morte: na mente do judeu, morte não significa “não existência,” mas significa “separação.” Também utilizamos este conceito quando (por exemplo) usamos a expressão “o casamento está morto”. O que não significa que o cônjuge morreu, mas que não há mais relacionamento ou comunhão. Mas quando cremos, passamos do reino do pecado para o reino de Deus, um reino de justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo (Rm14.17).

O apóstolo relata nestes versículos que fomos transportados do reino da morte e transportados para o reino da vida. Agora precisamos responder mais uma pergunta fundamental: O que é vida? Em João 17.3 o Senhor Jesus ora ao Pai:

E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.

Vida é isto: estar em comunhão com Deus. E quando estamos, experimentamos a graça de Deus em nossas vidas, as bênçãos e o poder do Espírito Santo sobre nós. E sabe o que isto promove em nossas vidas? O Fruto do Espírito.

E como você pode saber que está em comunhão com Deus? Uma olhadinha bem honesta para o nosso interior mostrará quem está no controle: a carne ou o Espírito. Faça novamente aquele exercício em Gálatas 5.19-23, mas desta vez peça para alguém analisar você. Quando o Fruto do Espírito é evidente e marcante em nós, então sabemos que a nova vida em Cristo está ativa; é quando oferecemos os nossos corpos como sacrifício vivo, santo e agradável ao Senhor (Rm 12.1-3).

Porém, quando transferidos de um reino para o outro, Deus não nos transforma imediatamente. Trazemos nossos vícios junto com o velho homem, e Deus vai trabalhando conosco para nos libertar destes vícios. Se permitirmos, Ele age livremente em nós, mas quando endurecemos, Ele pode agir de duas maneiras: assiste pacientemente até reconhecermos as consequências da nossa obstinada teimosia ou quebra nossas pernas e nos carrega em seus ombros como um Bom Pastor.

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