"Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de Nosso Senhor Jesus Cristo".
(Romanos 5.1)
Uma vez conscientes de nossa natureza falha e da maravilhosa graça e misericórdia divina que nos justifica, Paulo começa, a partir do capítulo 5, ensinar o caminho do crescimento pela graça: como alcançar o pleno conhecimento de Cristo e como alcançar a estatura do varão perfeito. O apóstolo começa suas palavras enfatizando: " [Nós fomos] justificados!"
É importante saber que esta palavra (no original) está no tempo aoristo, e na voz passiva. O que isto significa? Por não existir um tempo equivalente ao aoristo na língua portuguesa, ficamos sem compreender a força desta expressão. O aoristo é caracterizado por sua ênfase na ação puntiforme; descreve uma ação que, tendo acontecido em um determinado ponto da história, tem efeito para sempre (por exemplo: O nenê nasceu!). Já a voz passiva indica que o sujeito é quem recebe a ação e não o contrário. Portanto, Justificado, pois, mediante a fé significa que a justificação aconteceu de uma vez no passado quando cremos e que esta ação não dependeu de nós.
Dizer que somos justificados significa que Deus nos perdoou e nosso relacionamento com Ele está seguro, selado, protegido, garantido. Questionar esta verdade é duvidar da Palavra de Deus! Somos justificados pela fé e temos acesso à paz de Deus por meio de Jesus Cristo.
Mas o que é esta paz com Deus? Comumente entende-se paz como ausência de conflito. Porém, paz, aqui, vai muito além. Paz com Deus significa comunhão e crescimento. E pela presença, força e poder do Espírito Santo em nossa vida temos tudo para desfrutar desta paz.
Por meio de Cristo, Deus nos justificou, proporcionou uma vida de comunhão pacífica consigo e ainda, pelo seu imenso amor, providenciou tudo para termos acesso à Sua graça e experimentarmos a sua glória, conforme Paulo diz na sequência: "... por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus.” (Rm 5.2)
Muitos não compreendem a glória de Deus porque alguns hinos antigos e chavões evangélicos dizem que a glória é o céu. Mas na Bíblia, a glória não é o céu. João 1.14 diz:
“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai."
João escreve que o Verbo era cheio de graça e de verdade (não cheio do céu) e quando olhamos para Jesus, vemos a glória do Pai. Assim também, se estivermos experimentando da vida plena, da graça e da verdade de Deus em nossa vida, as pessoas olharão para nós e verão Deus através do fruto que Ele produz em nós:
"O Fruto do Espírito é o amor, a alegria, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade, a mansidão, o domínio próprio." (Gl 5.22)
Esta é a glória de Deus que devemos nos apegar, porque é o Espírito Santo quem vai produzir este Fruto, o Seu Fruto em nossa vida.
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