Por Paul Tautges
Alguma vez você já experimentou o poder do encorajamento? Lembro-me de muitas vezes, ao longo dos anos, nas quais Deus providenciou crentes fiéis que foram “outrocêntricos” o suficiente para chegar ao meu lado e fortalece as minhas mãos para a Sua obra.
O apóstolo Paulo tinha um homem ao seu lado chamado Onesíforo. Ele é um dos servos que costumam passar despercebidos nas Escrituras. Seu nome já diz tudo. Onesíforo significa “portador de um benefício” − exatamente aquilo que ele era. Quando Paulo, sentado em uma prisão romana, considerava as últimas palavras que ele escreveria sob a inspiração do Espírito Santo, o nome de seu amigo fiel não poderia deixar de lhe vir à mente. E com ele aprendemos três qualidades de um encorajador fiel.
Um encorajador oferece motivação nova em meio a uma situação de rejeição ministerial.
“Você sabe que todos os da província da Ásia me abandonaram, inclusive Fígelo e Hermógenes. O Senhor conceda misericórdia à casa de Onesíforo, porque muitas vezes ele me reanimou e não se envergonhou por eu estar preso” (2Tm 1.15,16). Como pregador do evangelho e de todo o conselho de Deus, Paulo estava acostumado ao abandono. À semelhança de Jesus, ele estava cercado de muitas pessoas que pegavam carona ao seu lado, mas quando o compromisso com os caminhos de Deus e a Palavra de Deus significava desconforto e até mesmo perseguição, a multidão partia e ele ficava com poucos fiéis.
Onesíforo, um daqueles servos fiéis, reanimou Paulo. Esta é a única ocorrência da palavra reanimar no Novo Testamento. Ela retrata alguém que providencia uma brisa refrescante para a pessoa que está prestes a desmaiar. Nossos dias não são muito diferentes daqueles em que Paulo viveu. São muitas as pessoas que pegam carona e “seguem” a Jesus, até que o desapontamento bate à sua porta ou que o morrer para si mesmo torna-se uma realidade. Que Deus desenvolva em cada um de nós a perseverança necessária para sermos encorajadores fiéis em longa distância.
Um encorajador dedica-se a reanimar os outros com grande entusiasmo.
O versículo seguinte diz: “…quando chegou a Roma, procurou-me diligentemente até me encontrar” (2Tm 1.17). Onesíforo não ficou esperando nem mesmo orando por oportunidades para servir. Assim que ele soube de uma necessidade, ele agiu de acordo com ela, mesmo que isso significasse sair à procura de uma prisão romana onde encontraria seu irmão. Não devemos permitir que nossa perspectiva de ministério em vidas seja ditada pela “cultura da conveniência”. Ser um encorajador fiel exige que sejamos pessoas de iniciativa que buscam formas de reanimar outros crentes, mesmo que isso signifique sacrifício pessoal ou desconforto.
Um encorajador mostra lealdade diante da adversidade.
A adversidade revela quem são de fato os seus verdadeiros amigos. Em contraste com todos os que estavam na Ásia, e que se afastaram de Paulo, Onesíforo “não se envergonhou” da prisão de Paulo (1.16). Ele conhecia o significado de Provérbios 17.17: “O amigo ama em todos os momentos”. Mais adiante, Paulo escreveu: “Na minha primeira defesa, ninguém apareceu para me apoiar; todos me abandonaram” (2 Tm 4.16 ). No entanto, três versículos depois, ele pediu a Timóteo que levasse suas saudações à casa de Onesíforo (4.19). Seu espírito corajoso e sua devoção a Paulo estabeleceram um forte contraste com a infidelidade de tantos outros.
Ser um encorajador fiel exige uma lealdade que resiste em tempos difíceis. O exemplo de Onesíforo é digno de imitação. Que Deus nos conceda a graça de sermos “outrocêntricos” para que os crentes ao nosso redor possam experimentar o verdadeiro poder do encorajamento.
E você, a quem vai reanimar hoje?
Fonte na língua original: Counseling One Another
Original: The power of encoragement
Tradução e fonte de Conexão Conselho Bíblico
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