Por Vlademir Hernandes
Quando alguém do nosso relacionamento morre prematura, repentina e inesperadamente, é inevitável que uma enxurrada de pensamentos flua através das nossas mentes. No meio dos mais variados questionamentos que possamos fazer e das mais inalcançáveis respostas que ansiamos encontrar, há uma indagação bastante recorrente e que de tão incômoda eventualmente acaba sendo útil: “Quando será a minha vez?”.
Por mais que eu e você evitemos pensar nestes termos ou busquemos encontrar algum alento nas estatísticas sobre a longevidade e expectativa de vida nos nossos dias, é importante que consideremos atentamente aquilo que a Palavra de Deus repetidas vezes nos ensina: “A vida é breve e nossa partida é iminente!”.
O salmista percebe a importância desta constatação quando clama: “dá-me a conhecer, SENHOR, o meu fim e qual a soma dos meus dias, para que eu reconheça a minha fragilidade” (Sl 39:4). Sua consideração subsequente é igualmente apropriada: “com efeito, passa o homem como uma sombra; em vão se inquieta; amontoa tesouros e não sabe quem os levará” (Sl 39:6).
Nesta linha, a um que encontrou segurança nos bens terrenos que tanto valorizou quanto se aplicou a acumular, Jesus pergunta: “Louco, esta noite te pedirão a tua alma, e o que tens preparado, para quem será?” (Lc 12:20). A outros que desprezavam a vontade de Deus ao fazerem planos gananciosos e prepotentes, Ele adverte: “Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa.” (Tg 4:14).
Quando o salmista reflete sobre a brevidade da vida, sobre a improdutividade e desprazer que acompanham a velhice ele treme diante da possibilidade de desperdiçar a vida no erro e na provocação a Deus. Seu clamor cabe muito bem na nossa boca: “Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio.” (Sl 90:7-12).
Nossa vida passa muito rapidamente, entretanto o nosso chamado e vocação foram revelados muito claramente. Há muita coisa relevante, conforme Sua vontade e para a Sua glória que precisamos urgentemente priorizar em nossas breves e frágeis vidas. Se você fosse partir hoje, quais seriam seus arrependimentos? Que o Senhor nos ajude a refletir nas coisas que consomem nosso tempo, talentos e recursos e nos ensine a correr atrás daquilo que de fato tem valor eterno!
Quanto sucesso profissional? Quantos bens acumulados? Quanto conforto? Quanto prestígio? Quanta roupa da moda? Quantas viagens? Quanto lazer? Quanto prazer? Quanto tempo à televisão? Quanto desperdício!
Ensina-nos, SENHOR, a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio, e vivamos de modo digno de Ti!
Fonte: IBCU
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