Um bom texto para refletirmos ainda mais sobre os fundamentos para a salvação.
Extraído da Bíblia de Estudo de Genebra, p. 1556.
A Bíblia ensina que existe uma mensagem de boas-novas para todos os que se arrependem e creem em Jesus Cristo como seu Salvador. No entanto, ao lermos a Bíblia encontramos várias sínteses legítimas (Mt 4.23; Mc 1.15; At 2.14-38) e ilegítimas (Gl 1.9; Jd 3-19) desse ensinamento fundamental. Infelizmente, muitos cristãos se tornam complacentes e empregam somente uma síntese do evangelho, sem perceber que essa visão limitada restringe não apenas o grupo de pessoas ao qual podem levar o evangelho, mas também o grau de aplicação do mesmo na sua própria vida.
A expressão mais plena da mensagem do evangelho se encontra em Jesus Cristo, o Verbo que se fez carne. Jesus Cristo, o Filho de Deus, se tornou homem fisicamente e desceu à terra para anunciar as boas-novas de que o reino prometido de Deus havia chegado. É essa notícia do reino que constitui a base da mensagem do evangelho. Ao estabelecer o reino por meio de sua morte, ressurreição e ascensão (Lc 9.21-36; At 1.1-11), Jesus viveu o conteúdo da mensagem do evangelho - uma mensagem que deveria ser anunciada ao mundo inteiro (Jo 1.1-14; At 2.22ss).
Mas qual é, exatamente, a mensagem do evangelho? Podemos sintetizá-la da seguinte maneira: Deus ofereceu aos pecadores um modo de escapar do castigo eterno que os aguarda. Se tivermos verdadeira consciência do nosso pecado e situação miserável e compreendermos a misericórdia de Deus em Cristo Jesus, e se nos afastarmos do pecado com arrependimento e tristeza e aceitarmos a Cristo, confiando somente nele para a nossa salvação, seremos poupados da ira justa de Deus contra os pecadores. Em vez de experimentarmos essa ira, seremos unidos com Jesus, nossos pecados serão perdoados, Deus nos considerará justos aos seus olhos e nos abençoará abundantemente por toda a eternidade.
Por vezes, os cristãos podem supor equivocadamente que muitas outras doutrinas também são essenciais para a mensagem do evangelho, mas em nenhuma passagem a Bíblia indica que devemos possuir uma teologia madura antes de sermos salvos. Antes, as Escrituras demonstram com frequência a necessidade de apenas um conhecimento mínimo para se ter a fé salvadora (Lc 23.39-43; At 10.34-43; 16.25-34). Outros se enganam ao pensar que o evangelho só precisa ser ouvido pelos perdidos. Na verdade, todo cristão deve renovar constantemente a sua confiança nas verdades do evangelho e, por meio da fé e do arrependimento contínuos (Fp 1.25; Cl 1.23; 3Jo 3), ser transformado cada vez mais pelo evangelho.
Todos os cristãos são chamados a dar testemunho das boas-novas da obra de Deus em sua vida onde quer que estejam, e não apenas em ambientes seguros (Mt 28.19-20); At 1.8; 4.20; 5.27-29; 8.4). Porém, nem todos sabem como fazer essa proclamação. Um modo de comunicar as verdades do evangelho é começar relatando em poucas palavras a operação de Deus em nossa própria vida e, depois, apresentar uma síntese do conteúdo do evangelho apropriada para a situação em questão. Se alguém está lutando com uma sensação clara de falta de sentido na vida, podemos mostrar a essa pessoa como a fé em Deus implica crer que Deus enviou Jesus Cristo ao mundo para oferecer uma vida nova e abundante (Jo 7.37-38; 10.10; Gl 5.22). Se alguém está se debatendo com suas próprias fraquezas, podemos demonstrar que a fé no Deus da Bíblia nos dá o poder de superar a solidão e a tensão, o medo das pessoas e/ou do futuro e até mesmo maus hábitos que parecem impossíveis de quebrar (1Co 6.9-11; 1Jo 4.18). Ou, se alguém se sente separado de Deus, podemos confirmar a realidade dessa alienação (Rm 3.23; 6.23) acrescentando a garantia de que Deus proveu uma solução em Cristo (Rm 5; 1Co 1.30; 1Jo 1.7).
Se Deus lhe conceder a oportunidade de dar sequência a essa apresentação do evangelho convidando a pessoa a reconhecer sua necessidade, se arrepender de seus pecados, orar a Deus pedindo perdão e aceitando a Jesus como Senhor e Salvador, não a desperdice! É pelo poder do Espírito Santo, combinado com o evangelho poderoso da graça que Deus chama os eleitos para si.
Obs.: Este artigo foi publicado em Todah Elohim para que os leitores pudessem refletir ainda mais sobre o foco da mensagem do evangelho. Não tenho concordância com todas as palavras supra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário