Ultimamente, tenho gasto um tempo com reflexões sobre o crente e sua relação pessoal com Deus. Muitos dos que se sentem fracos na fé não se dão conta da importância de retomar o caminhar com Deus. Precisam ser feitos fortes na fé. Embora peçam o tal de "renovo" espiritual, vivem a esperar por Deus fazer por eles que poderiam já estar praticando. Então, pense num crente (ou "crente") que assiste a filmes pornográficos. Ele compactua o que vê, pois reage com prazer àquela porcaria. Através desses filmes, o esposo ou a esposa cometem adultério no coração, por imaginarem-se com outra pessoa. (Mateus 5:28) O esposo preferirá masturbar-se a satisfazer as necessidades e vontades sexuais da esposa. Os filhos crescerão viciados nestes filmes e na prática da masturbação. Tais sofrem as consequências da escravidão sexual, em vez de uma luta contra a tentação sexual. Há diferença? O Dr. STREET comenta:
"Existe uma diferença bem definida entre a pessoa sexualmente tentada e a sexualmente escravizada. Para a pessoa escravizada, os desejos sexuais se tornaram idolatria. Ela adora e paga impostos a seu senhor cedendo a todo desejo e experimentando sensações inquietantes de prazer. A pessoa que é sexualmente tentada pode fracassar, mas ela não cede frequentemente a seus desejos. Uma vez que a pessoa escravizada tomou a decisão de baixar a guarda nessa luta, ela sempre se encontra numa espiral descendente de degradação e desesperança". [1]
A mente dos escravizados à pornografia se torna cauterizada; De início, ele consegue ir aos cultos, com a sensação de que tudo está bem na vida dele. Conversa com irmãos e consegue até usar textos bíblicos no seu linguajar. Ora até que de forma emotiva. Participa da Ceia do Senhor, porque basta apenas fazer uma "oraçãozinha" antes. Mas não há espírito contrito, arrependimento genuíno, mas a desculpa: "Deus me entende". Em casa, a desculpa para o cônjuge é: "Estou passando por dias muito cansativos", mas se masturba todos os dias, porque o "momento com deus" dele é sua relação pessoal com o pênis ou a vagina. Os jovens e adolescentes, em fase de fortes impulsos sexuais, conseguem da mesma forma ludibriarem-se com as frases já conhecidas: "Quando casar, melhora", "eu choro no louvor e Deus perdoa", entre outras tantas. Mas essa situação de bem-estar que os contagia não prossegue por muito tempo. Deus revela o que somos, quando há hipocrisia e idolatria, práticas ou modos de vida odiados por Deus. Então, verificam-se os sintomas de fraqueza e desânimo espirituais, como ausência aos cultos, raríssimas orações curtas e mecânicas, relacionamento sexual com o cônjuge deteriorado, e daí por diante. Será que há solução?
Sim, mas dependerá de muita luta. Buscar a ajuda de um cristão mais experiente é imprescindível. Todavia, por maiores que sejam nossos esforços contra este vício maldito, não seremos bem-sucedidos se não houver intimidade entre Deus e nós. Não adianta métodos paliativos, do tipo: Escrever a frase "Jesus te ama" no monitor do computador ou acima da tela da TV, ou ainda tatuar no pênis o nome "Jesus", como fez um rapaz; participar de sessões de quebra de maldição de pomba-gira; Programar o celular para avisar de meia em meia hora ao cristão que está na hora de ler dois minutos a Bíblia; ou então, depois de alimentar desse lixo espiritual, prostrar-se com o rosto no chão, sob a música da Aline Barros "Pai, tá difícil manter o camnho", ou o Nelson Ned cantando "Senhor, eu sei que tu me sondas". Uma evangélica me disse certa vez: "Eu sou dizimista! Não sei por que tenho problemas com sexo". O problema era a pornografia. Dar o dízimo, ou aumentar a oferta, não resolve nada. Nem repreender o mal depois do ato consumado.
Se Deus não for real para você e para mim, vamos sucumbir tantas vezes que seremos considerados por Deus como idólatras do sexo. Portanto, sugiro uma autoconfrontação com a Bíblia nas mãos. Reavalie se realmente Jesus faz sentido em seu viver. Converse com Deus com sinceridade. Se houver tal intimidade entre Deus e nós, naturalmente o Espírito Santo dEle agirá em nós, e não desejaremos magoar a Deus, e mesmo se acontecer, iremos nos arrepender, porque crente de verdade, salvo e remido na sangue de Jesus, cai mas se levanta. Que possamos amar a Deus e odiar o que é mau diante dEle (Salmo 97:10). - Fernando Galli.
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[1] DR. STREET, John D. Purificando o Coração da Idolatria Sexual. São Paulo. Nutra Publicações. 2009. Página 41.
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