Jeremiah Burroughs nasceu em 1599 e estudou na Universidade de Cambridge. Depois que terminou seu mestrado em 1624, foi expulso da universidade por oficiais da igreja que se opunham às suas idéias, de que a melhor forma de governo eclesiástico era congregacional e não episcopal.
Burroughs serviu na inglaterra, mas foi exilado na Holanda em 1636, um país que tolerava maior diversidade teológica. Então começou a desenvolver seu pensamento sobre como podemos ter unidade na diversidade.
Enquanto isso, na Inglaterra, Charles I enfrentava oposição e convidou os ministros exilados a retornarem. Eles se reuniram na Assembléia de Westminster (1643-1646). Burroughs ficou triste com a aspereza dos debates e a falta de união na igreja.
Ele então, em 1644, junto com irmãos dissidentes apresentou sua teoria denominacional na obra Apologetical Narration. Suas idéias foram rejeitadas em 1646, ano em que também morreu devido a complicações em um acidente quando caiu de um cavalo.
Ele morreu, mas sua teoria foi grandiosamente iniciada em 1689, com o Ato de Tolerância na Inglaterra e logo no mundo.
A coexistência de igrejas diferentes não [...] ameaça, por si mesma, a unidade da Igreja. A unidade somente corre perigo pela coexistência que não é cooperação nem apoio, mas basicamente uma confrontação hostil. – Hans Küng
O autor do livro em que baseio e transcrevo várias passagens aqui (Mark Shaw) propõe que o denominacionalismo, como foi originalmente concebido, ou seja, como preservador da verdade bíblica, seria um grande motivador para a unidade, exatamente porque resiste ao sectarismo e ao sincretismo, os dois verdadeiros inimigos da unidade.
Abaixo os princípios da teoria denominacional:
1. As diferenças doutrinárias são inevitáveis;
2. As diferenças doutrinárias em questões secundárias continuam sendo importantes;
3. As diferenças podem ser úteis;
4. Nenhuma estrutura pode representar sozinha a Igreja de Cristo em sua totalidade;
5. A verdadeira unidade é baseada no Evangelho comum e deveria ser expressa pela cooperação entre as denominações;
6. A separação denominacional não é divisionismo.
2. As diferenças doutrinárias em questões secundárias continuam sendo importantes;
3. As diferenças podem ser úteis;
4. Nenhuma estrutura pode representar sozinha a Igreja de Cristo em sua totalidade;
5. A verdadeira unidade é baseada no Evangelho comum e deveria ser expressa pela cooperação entre as denominações;
6. A separação denominacional não é divisionismo.
Apesar de inúmeras denominações no mundo todo, temos de lembrar qual deve ser o fundamento de todas elas: a Bíblia, a palavra de Deus.
Mark Shaw, Lições de Mestre (SP: Mundo Cristão, 2004).
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