Martinho Lutero (1483 - 1546) nasceu em um período problemático da igreja: os cristãos eram inquietos, as igrejas mundanas e os reformadores moralistas. A teologia popular dizia: "esforce-se ao máximo e espere pelo melhor".
Sua experiência de proximidade com a morte devido a uma tempestade relembrou-o de sua mortalidade. Assim, depois de ter se graduado em direito, espantou a todos seus amigos quando disse que iria para o monastério (agostiniano).
Seu grande desejo era ter a certeza da salvação, mas suas ações condizentes à tradição eclesiástica não o ajudou. Ele havia esgotado os meios católicos conhecidos de obter a segurança de estar eternamente ao lado de Deus.
Durante seus estudos de Salmos e Romanos, Lutero percebeu que somos justificados somente pela fé e Deus nos declara justos sem levar em conta nossa condição imperfeita e incapaz. Por causa do sacrifício de Jesus Cristo, que é posta a nós (os que creem), tornamos-nos filhos dEle. Lutero disse que os "portões do paraíso" se abriram diante de seus olhos quando ele entendeu que a justiça de Cristo é imputada em nós.
A Teologia da Cruz
Lutero pregava que a base do entendimento da verdade bíblica eram paradoxos, ou seja, uma declaração que é aparentemente contraditória (ex. Mt 10:39). A teologia cristã falha quando utiliza-se da lógica linear. Seus pensamentos eram explanações de 1Co 1.25:
Lutero restaurou a centralidade da teologia cristã, a cruz. A única salvação segura é aquela que renuncia às obras. Ele dizia que a glória de Deus é ampliada, não diminuída, quando pensamos e falamos sobre Ele nos termos da crucificação, pois Ele se mostra como de fato é.
A ideia do paradoxo acompanha o desenrolar do pensamento de Lutero, que sobre a salvação diz: "Cristo, que é percebido pela fé, é a justiça cristã. Por causa dele, Deus nos fez justos e garantiu a nossa vida eterna." Não é através de nossa justiça que somos justificados. A morte de Cristo é a conquista que me salva, não os meus torpes passos na equivocada imaginação da possibilidade de subir uma escada que me conduz aos céus. Somente a fé pode fazer o homem capaz de entender essa realidade paradoxal.
Paul Althus, ao falar sobre os paradoxos de Lutero, conclui: "crer significa viver em contradição constante com a realidade empírica e confiar no que não pode ser visto" (The Theology of Martin Luther).
Lutero trata de diversos outros paradoxos, como o da dor, verdade, ministério, todos através de uma ótica que tem a cruz como lente. É dessa forma que devemos olhar para a Palavra de Deus, lembrando o que Lucas (Lc 24.27) disse sobre Jesus: E, começando por Moisés, discorrendo por todos os Profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras.
Cristo deve ser a centralidade da boa notícia (evangelho) e a cruz, parte fundamental para entendermos Sua vida e propósito, que deve englobar nossa cosmovisão. Martinho Lutero soube assim proceder.
Sua experiência de proximidade com a morte devido a uma tempestade relembrou-o de sua mortalidade. Assim, depois de ter se graduado em direito, espantou a todos seus amigos quando disse que iria para o monastério (agostiniano).
Seu grande desejo era ter a certeza da salvação, mas suas ações condizentes à tradição eclesiástica não o ajudou. Ele havia esgotado os meios católicos conhecidos de obter a segurança de estar eternamente ao lado de Deus.
Durante seus estudos de Salmos e Romanos, Lutero percebeu que somos justificados somente pela fé e Deus nos declara justos sem levar em conta nossa condição imperfeita e incapaz. Por causa do sacrifício de Jesus Cristo, que é posta a nós (os que creem), tornamos-nos filhos dEle. Lutero disse que os "portões do paraíso" se abriram diante de seus olhos quando ele entendeu que a justiça de Cristo é imputada em nós.
A Teologia da Cruz
Lutero pregava que a base do entendimento da verdade bíblica eram paradoxos, ou seja, uma declaração que é aparentemente contraditória (ex. Mt 10:39). A teologia cristã falha quando utiliza-se da lógica linear. Seus pensamentos eram explanações de 1Co 1.25:
Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens;
e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.
e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.
Lutero restaurou a centralidade da teologia cristã, a cruz. A única salvação segura é aquela que renuncia às obras. Ele dizia que a glória de Deus é ampliada, não diminuída, quando pensamos e falamos sobre Ele nos termos da crucificação, pois Ele se mostra como de fato é.
A ideia do paradoxo acompanha o desenrolar do pensamento de Lutero, que sobre a salvação diz: "Cristo, que é percebido pela fé, é a justiça cristã. Por causa dele, Deus nos fez justos e garantiu a nossa vida eterna." Não é através de nossa justiça que somos justificados. A morte de Cristo é a conquista que me salva, não os meus torpes passos na equivocada imaginação da possibilidade de subir uma escada que me conduz aos céus. Somente a fé pode fazer o homem capaz de entender essa realidade paradoxal.
Paul Althus, ao falar sobre os paradoxos de Lutero, conclui: "crer significa viver em contradição constante com a realidade empírica e confiar no que não pode ser visto" (The Theology of Martin Luther).
Lutero trata de diversos outros paradoxos, como o da dor, verdade, ministério, todos através de uma ótica que tem a cruz como lente. É dessa forma que devemos olhar para a Palavra de Deus, lembrando o que Lucas (Lc 24.27) disse sobre Jesus: E, começando por Moisés, discorrendo por todos os Profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras.
Cristo deve ser a centralidade da boa notícia (evangelho) e a cruz, parte fundamental para entendermos Sua vida e propósito, que deve englobar nossa cosmovisão. Martinho Lutero soube assim proceder.
Mark Shaw, Lições de Mestre (SP: Mundo Cristão, 2004).
Nenhum comentário:
Postar um comentário