segunda-feira, dezembro 31, 2012

Você conhece o amor?

Ao longo de quase 30 anos de experiência profissional como terapeuta de casais e de famílias, não foram poucas as vezes em que me deparei com casais em processo de separação, com a seguinte alegação para o término do relacionamento: “Eu não (o/a) amo mais!”.

Nossa sociedade, sob o lema “você precisa ser feliz”, inculca nas mentes a máxima hedonista de que a felicidade é resultado de um bem-estar pessoal, individual e exclusivo. Na maioria das vezes, para o mundo assentado sobre o capital, isso se traduz em conforto material e acúmulo de bens; parece absurda a ideia de uma felicidade relacional, interpessoal e inclusiva. Assim, se vive o matrimônio como uma “república conjugal”, onde se dividem espaços, tarefas e deveres financeiros, e se desfruta do prazer no uso sexual do outro -- mas não se constrói a ideia do “reino do nosso”.

Lamentavelmente, o modelo individualista está muito presente entre os casais cristãos. E a ideia de se buscar a felicidade por meio desse modelo logo resulta na eliminação de tudo que possa causar desconforto ou ser empecilho -- inclusive o cônjuge. Justificam-se separações e divórcios com a ideia de que “não existe mais amor”. Entretanto, perguntamos: o que é o amor? Brenson Lazán afirma:

a psicologia e a psiquiatria, ciências a princípio dedicadas a estudar a conduta humana e suas disfunções, parecem reticentes ao considerar o amor como um termo de investigação ou interesse. A palavra amor simplesmente não é aceita nos meios científicos. [...] No princípio do século, Sigmund Freud se negou a tratar o tema, dizendo que não possuía suficiente conhecimento para fazê-lo. [...] Todavia algumas correntes psicológicas têm chegado ao outro extremo: o cientificismo. Em uma revista de psiquiatria, um autor comentou que o amor é: “Um estado alterado de consciência que tem rasgos marcados de psicose temporal; um estado mental indefinível, incontrolável e irracional”.1

Os dicionários trazem definições vagas para o termo, que variam da ideia de compaixão à da libido. A Bíblia, em suas várias traduções, apresenta 32 palavras distintas entre hebraicas, gregas e aramaicas para “amor”. Assim, quando alguém fala que “acabou o amor” eu fico pensando a que essa pessoa realmente se refere.

sexta-feira, dezembro 21, 2012

Alguns passos para vencer a tentação de não orar

Reinaldo Bui escreveu:

Há uma tendência natural em nossa carne a não orar. Muitas vezes limitamos nossa vida de oração a poucos segundos antes das refeições, ao despertar e ao deitar-se à noite... Isto quando lembramos! Precisamos a todo custo vencer a tentação de permanecer nesta letargia espiritual. Dr. John Rice propõe os seguintes passos:
  1. Procure dedicar um pouco de tempo, ainda bem cedo, todos os dias, para orar e meditar na Palavra de Deus. Quanto mais cedo melhor. Um bom horário pela manhã seria antes de comer. Um grande missionário tinha o seguinte lema: Sem Bíblia, sem café da manhã.
  2. Crie o hábito de orar até alcançar paz com relação ao problema ou a dificuldade que esteja passando. Frequentemente não obtemos resposta a uma oração em um mesmo dia.
  3. É preciso separar tempo para orar sobre os problemas que nos sobrevêm.
  4. Deixe de formalidade e permita que a oração seja uma conversa simples com Deus. Cada crente deveria dizer, muitas vezes por dia: "Senhor, pequei nisso... me perdoe"; ou "Senhor, me ajude a saber o que dizer a esta pessoa!" Ou ainda: "Senhor ajuda-me na solução dessa dificuldade." Faça da oração um detalhe importante da sua vida, junto com os demais.
  5. Procure seguir os exemplos da Bíblia e seus ensinos sobre a oração. Leia, por exemplo, o salmo 55 e veja que em sua angústia Davi buscava o SENHOR: Eu, porém, clamo a Deus e o Senhor me salvará. À tarde, pela manhã, e ao meio dia choro angustiado, e Ele ouve a minha voz. (Salmo 55.16-17)

quinta-feira, dezembro 20, 2012

Onde estava Deus?

Comentário de um jornalista/apresentador sobre a recente chacina numa escola dos EUA que responde à pergunta: "onde estava Deus?"

quarta-feira, dezembro 19, 2012

C. S. Lewis: quão doloroso será?


 We are not necessarily doubting that God will do the best for us; we are wondering how painful the best will turn out to be.

(Tradução) Nós não estamos necessariamente duvidando de que Deus fará o melhor para nós; nós estamos perguntando quão doloroso o melhor vai passar a ser.

quinta-feira, dezembro 13, 2012

Cristo traz esperança a todo e qualquer problema pessoal e interpessoal concebível

Concordo com a convicção da CCEF (Christian Counseling & Education Foundation) sobre a abrangência do aconselhamento bíblico:
"Estamos convencidos de que Cristo traz esperança a todo e qualquer problema pessoal e interpessoal concebível. Ainda mais, acreditamos que as ações redentoras e as palavras do Pai, do Filho e do Espírito em nosso favor sempre falam tanto dos problemas aparentemente mundanos, quanto dos problemas extremamente complexos que fazem parte da condição humana decaída." (Fonte: http://goo.gl/2wzdN)

É minha oração e também meu trabalho, pedir ao Pai que conduza Seus filhos na compreensão da suficiência das Escrituras.

Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra (2Tm 3.16-17).



segunda-feira, dezembro 10, 2012

Máscaras - o homem vê o exterior, porém o Senhor o coração (1 Sm 16.7)

Por Fábio Grigório

No dicionário online de português podemos encontrar a definição de máscara como sendo um “artefato de papelão, pano, madeira, couro etc., com que se cobre o rosto para disfarce...”

As máscaras são, tipicamente, usadas em bailes, festas e outros eventos. Ao usar tal artefato, o indivíduo tem como objetivo não se revelar ou revelar parcialmente sua identidade pessoal. Há vários tipos de máscara e estas podem ser usadas para encantar, assustar ou simplesmente enganar.

Fazendo um paralelo com nossa vida, poderíamos dizer que temos em nosso armário várias máscaras guardadas e em todo momento corremos o risco de recorrermos a estas, de acordo os locais que frequentamos, as pessoas com quem conversamos. É o risco de nos amoldarmos ou nos fantasiarmos para que não vejam quem somos, ou ainda, para que vejam em nós algo que não temos ou somos.

Atente para o que o profeta Isaias adverte: “Ai dos que escondem profundamente o seu propósito do Senhor, e as suas próprias obras fazem às escuras e dizem: Quem nos vê? Quem nos conhece?” (Is 29.15)

Por vezes tentamos usar tais recursos até mesmo diante do nosso Deus, procuramos as máscaras que melhor se adequam para nos apresentarmos diante de dEle, e “ingenuamente” esquecemos que Deus nos vê como de fato somos, é Ele quem nos vê sob e através das máscaras, é Ele quem vê o que ninguém mais pode ver,
o nosso interior e sabe tudo o que fazemos.

Diante do Senhor, não há máscara capaze de esconder quem somos e o que fazemos.

“O homem vê o exterior, porém o Senhor o coração.” (1 Sm 16.7b)

Que vençamos a tentação de usar destes artefatos, seja por qualquer motivo, e nos apresentemos como somos diante das pessoas e diante do nosso Deus.

Fonte: IBCU

sábado, dezembro 08, 2012

Pornografia na igreja e a desintegração das famílias

"A queda da igreja não será pela desculpa que há falta de educação, será de uma desintegração das famílias dentro da igreja"

-- Josh McDowell


Infelizmente, quando eu tentei entrar no site que o vídeo fala a respeito, ele estava fora do ar. Para quem quiser tentar: www.just1clickaway.org

Pelo Google eu vi que existe uma versão em português, mas que também estava fora do ar (dia 06/12/2012 às 09:22).

sexta-feira, dezembro 07, 2012

O Adão histórico (vídeo em inglês)

Assiti há pouco tempo um diálago de alguns professores de Dallas Theological Seminary (Dr. Mark Yarbrough, Dr. Elliott Johnson, Dr. Nathan Holsteen, Dr. Bob Chisholm, and Dr. Darrell Bock) sobre a historicidade de Adão. Gostei de suas palavras e resolvi compartilhar.

O vídeo está em inglês e (infelizmente) não há legenda.



quinta-feira, dezembro 06, 2012

Carlos Osvaldo Pinto: uma resposta a Rob Bell (entrevista à revista VEJA)


Por Carlos Osvaldo Pinto
Retirado do Facebook

Escrevo esta página como um posicionamento da Organização Palavra da Vida com respeito às declarações do Pastor Rob Bell à revista VEJA de 28 de novembro. Pode ser que a referida entrevista logo
caia no esquecimento que, intrinsecamente, merece. Pela sua visibilidade, no entanto, e pelo fato de com frequência os justos pagarem pelo pecador neste país, penso que é necessária uma resposta relativamente específica.

quarta-feira, dezembro 05, 2012

O papel da pregação e da hermenêutica no processo de avivamento e renovação

Por Luiz Sayão

Palestra realizada durante a Conferência de Teologia Vida Nova em Goiânia (GO) de 15 a 17 de agosto de 2012, no Seminário Presbiteriano Brasil Central.

Tema: Avivamento e renovação para a Igreja Brasileira.



segunda-feira, dezembro 03, 2012

Projeto anti-palmada será votado em 4 de dezembro

Recebido por e-mail.

Apresse-se: a votação, que deveria ter ocorrido várias vezes no primeiro semestre deste ano, vai ser na terça-feira. Adiamentos da votação visam desanimar a pressão da população, que não deve desistir. Ligue agora mesmo, gratuitamente, para o telefone do Congresso: 0800-619619
Por Julio Severo
O PL 7672/2010, projeto que confisca dos pais o direito de disciplinar os filhos, já está com redação final e será votado em 4 de dezembro na Comissão de Constituição e Justiça.
A votação teve vários adiamentos nos meses passados, enquanto seus promotores recorreram a todos os meios para pressionar a população a apoiá-lo. A Rede Globo chegou a malhar uma professora, em rede nacional, usando o caso dela para desmoralizar a oposição à Lei da Palmada.
O projeto, do Poder Executivo (MSC 409/2010), está sob a relatoria do Dep. Alessandro Molon e visa transformar legalmente castigos físicos aplicados pelos pais em “agressão” e “violência”. Esse projeto, também chamado de “Lei da Palmada”, foi rejeitado por mais de 80% da população conforme pesquisas de opinião pública.
Em 30 de maio e 26, 27, 28 de junho, houve tentativas de votação, mas a pressão da população fez com que governo e aliados adiassem tudo. E agora, em 4 de dezembro, esperam pegar a população desprevenida. É só dessa forma que conseguem “democraticamente” aprovar seus projetos, que alegam que são para o bem do povo.
Na última votação, em dezembro de 2011, a bancada evangélica fez um acordo vergonhoso com o governo, que quer a todo o custo transformar em crime o direito dos pais de disciplinar fisicamente os filhos. O projeto, que tem o apoio de Maria do Rosário e de Xuxa, iguala castigo físico dado por pais à violência e agressão que crianças sofrem nas mãos de criminosos.

Maria do Rosário

Contudo, que moral tem Maria do Rosário de remover dos pais seu direito de disciplinar seus filhos? Rosário favorece o aborto legal, que é a pior violência contra uma criança. Qualquer criatura que ocupe cargo de ministro e defenda o genocídio de crianças merece o mais elevado castigo penal. Como no Brasil não dispomos desse castigo, eu pediria ajuda aos leitores do meu blog para comprar para Rosário uma passagem só de ida para a Arábia Saudita.
Rosário também defende a doutrinação homossexual das crianças em escolas, tornando-as reféns de aulas onde o homossexualismo é apresentado, ensinado e louvado como a conduta mais maravilhosa do universo.
Rosário vê como heróis os terroristas comunistas que queriam tomar o governo do Brasil e transformá-lo numa ditadura sanguinária no modelo da União Soviética. Os militares brasileiros, os verdadeiros heróis que conseguiram deter os verdadeiros criminosos, são tratados por Rosário como criminosos.
E agora ela quer aplicar sua ideologia terrorista e homossexualista contra os direitos dos pais? Alguém poderia por favor entrar em contato com Rosário para oferecer um passagem só de ida de modo que ela vá defender na Arábia Saudita as mesmas perversões que ela defende no Brasil?

Xuxa

Que moral tem Xuxa de apoiar a mutilação dos direitos dos pais na área da disciplina? Moral ela não tem, mas imoralidade ela tem de sobra. O currículo de Xuxa faz inveja a qualquer gigolô. A coelhinha dos baixinhos não só viveu a pornografia em pessoa, mas induziu uma geração inteira nesse rumo. Agora, além de seu sucesso pornô, exige o sucesso de mutiladora e destruidora dos direitos dos pais.
Vá catar coquinho na Arábia Saudita, Xuxa!

Magno Malta e ex-presidente da FPE contra a Lei da Palmada

Até mesmo evangélicos aliados do governo de Dilma Rousseff não apoiam a Lei da Palmada. O senador Magno Malta disse: “A Lei da Palmada é uma agressão à família… Sempre provei para população, que família estruturada reflete uma sociedade também estruturada. Filhos tem que ser educados pelos pais. Não podemos interferir na educação e nos bons costumes familiares. É lógico, que sou contra qualquer tipo de violência, mas Deus permitiu as mães corrigirem os filhos com palmadas. Este tipo de correção é também uma forma de amor. É melhor fazer uma criança chorar, do que ter que chorar no futuro”.
Em 2006, o Dep. Adelor Vieira, presidente na época da bancada evangélica, disse sobre o projeto de Maria do Rosário que criminaliza pais disciplinadores: “se aprovada a referida Lei, o pai ou a mãe que se baseiam em princípios bíblicos para educar seus filhos terão seus valores e métodos de educação invalidados e passarão até a responder por crimes. Corrigir o filho com punição física branda é algo recomendado pela própria Bíblia Sagrada. O livro de Provérbios afirma que o pai que verdadeiramente ama seu filho não deixa de puni-lo com uma varinha”.

Bíblia é contra a Lei da Palmada

É perda de tempo citar a Bíblia para o governo de Dilma Rousseff. Mas precisamos lembrar à bancada evangélica e católica que milhões de brasileiros têm a Bíblia como referência. Sobre pais e filhos, a Bíblia ensina:
“Aquele que poupa sua vara [de disciplina] odeia seu filho, mas aquele que o ama o disciplina com diligência e o castiga desde cedo”. (Provérbios 13:24 Bíblia Ampliada)
“Os castigos curam a maldade da gente e melhoram o nosso caráter.” (Provérbios 20:30 NTLH)
“Não evite disciplinar a criança; se você bater nela e castigá-la com a vara [fina], ela não morrerá. Você a surrará com a vara e livrará a alma dela do Sheol (Hades, o lugar dos mortos)”. (Provérbios 23:13-14 Bíblia Ampliada)
“A vara e a disciplina dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma vem a envergonhar a sua mãe”. (Provérbios 29:15 RA)
Para um estudo maior da Bíblia sobre o uso da vara da disciplina, clique aqui.
Com as palmadas agora sob ameaça de proibição legal , o que será de quem atende à orientação bíblica de corrigir com a vara?
Como bem disse o Pe. Lodi, não dá para acreditar que “o governo esteja preocupado com a dor das crianças. Se assim fosse, ele não estaria — como está — tão interessado em promover o aborto por todos os meios”.

Envie seu protesto ao Congresso Nacional

O projeto de criminalização dos pais que disciplinam os filhos está programado para ser votado na terça-feira, 4 de dezembro, na Comissão de Constituição e Justiça.
Por isso, faça pressão sobre os deputados.
Todo cidadão pode protestar contra essa investida do totalitarismo estatal telefonando gratuitamente para o Disque Câmara (0800 619 619) e dizendo: “Quero enviar uma mensagem a todos os membros da CCJ”.
Interrogado sobre o conteúdo da mensagem, pode-se dizer: “Solicito a Vossa Excelência que respeite o sagrado direito de os pais disciplinarem seus filhos, votando contra o PL 7672/2010”.
Além de gratuito, o Disque Câmara é mais eficiente que as mensagens enviadas por correio eletrônico. Rapidamente se percebe a repercussão da manifestação popular.
Sejamos rápidos. O projeto está para ser votado.
Telefone ou escreva agora mesmo ao deputado federal do seu estado. Consulte este link para ter o email e telefone dos membros da Comissão de Constituição e Justiça: http://www2.camara.gov.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-permanentes/ccjc/membros
Telefone imediatamente para a Frente Parlamentar Evangélica: (61) 3215-5315

domingo, dezembro 02, 2012

Posso ter um presépio em minha igreja?

Por Mark Ellis
Repondendo a uma carta

Prezado Roberto (nome fictício),

Em primeiro lugar, obrigado por confiar em mim para dirigir essa pergunta. Responderei à sua pergunta em dois níveis: o absoluto e o cultural.

Em termos absolutos, não vejo nenhum problema com presépio, seja na igreja ou em casa. Diane e eu usamos alguns para enfeitar nossa casa durante o natal. Mas existem duas objeções contra essa perspectiva.

A primeira é ofenderia o primeiro dos dez mandamentos: Não farás para ti nenhum ídolo, nenhuma imagem de qualquer coisa no céu, na terra, ou nas águas debaixo da terra. Não te prostrarás diante deles nem lhes prestarás culto, porque eu, o SENHOR, o teu Deus, sou Deus zeloso, que castigo os filhos pelos pecados de seus pais até a terceira e quarta geração daqueles que me desprezam, mas trato com bondade até mil gerações aos que me amam e obedecem aos meus mandamentos. (Êxodo 20:4)

Parece, para mim, que temos somente duas opções para interpretar o texto: ou a proibição absoluta de qualquer imagem e escultura, ou a proibição contra imagens e esculturas feitas como objetos de culto. Se aceitarmos a primeira opção em termos absolutos, como proibição de toda a qualquer imagem, isso vai eliminar imagens de todo e qualquer tipo: fotos de netos, bonecas como Barbie, estátuas de animais no jardim, tudo. É assim que os muçulmanos o interpretam.

Eu rejeito a primeira e aceito a segunda por duas razões:

1) O próprio texto deixa muito claro que o propósito de fazer a imagem era prestar culto e cultuar o objeto como um deus. E aplicando isso ao presépio, por tudo que sei, nenhuma pessoa em nenhuma igreja batista iria prestar culto à nenhuma bonequinha encontrada no presépio. Aceitamos como mera
decoração em vista da celebração do nascimento do Salvador.

2) Deus mandou Moisés fazer imagens de várias entidades para serem colocadas no templo: romã, árvores e flores no santo dos santos, bois embaixo da banheira de purificação, e quatro serafins dentro do santo dos santos, dois sobre sobre o propiciatório, e dois lado a lado sobre tudo. O próprio Deus mandou a fabricação de imagens para seu uso dentro do próprio templo de Deus, sem correr nenhum risco de alguém cultuá-las. Então, nego que o primeiro mandamento está proibindo a fabricação de toda e qualquer imagem.

Apesar de qualquer questão sobre a interpretação da Lei de Moisés, existe um princípio teológico mais básico ainda:

Sendo gentios, nunca fomos sujeitos à Lei de Moisés, e sendo cristãos, teríamos sido liberados de qualquer obrigação de guardar a Lei. Para nós gentios que estamos debaixo da graça, que importa é amar Deus mais que qualquer outra coisa.

Mas alguém poderia perguntar, "Mas tendo Jesus menino na manjedoura, não teríamos feito uma imagem de Deus?" Reconheço a lógica, mas nego a conclusão.

Em primeiro lugar, de fato, a própria encarnação era criar uma imagem de Deus em carne e osso para todo mundo ver (Hebreus 1.1-3). Se houvesse maquinas fotográficas nos dias da vida terrestre de Cristo, teria sido permitido bater uma foto de Cristo? Se encontrássemos um desenho de Cristo feito por uma testemunha ocular deveríamos destruí-lo? Eu ACHO que não.

Em segundo lugar, se o problema fosse somente a escultura de Cristo menino, poderíamos fazer um presépio com José, Maria, os pastores, as ovelhas, e o anjo se deixarmos pra fora o bonequinho de Cristo?

Então, em termos absolutos, não vejo nenhum problema com fazer presépio, nem para uso em casa nem na igreja.

Agora, vamos para o outro lado de sensibilidade cultural. Estamos num pais católico romano onde o culto de imagens está endêmico. Estamos de verdade correndo o risco de criar confusão nas mentes dos que foram convertidos da Igreja Católica Romana e uma vida de idolatria e prestação de culto de imagens. Eu entendo que "o escândalo do irmão mais fraco" seria fazer qualquer coisa diante de uma pessoa que foi dominada por aquilo, e vendo nosso comportamento, poderia ser fortalecido para voltar para aquela prática e ser dominada de novo. Mas este princípio tem limites. Conforme Romanos 14:1-12, os que são fortes na fé e capazes de participar numa atividade sem violar seu compromisso com Deus são livres para fazer aquela coisa, e os fracos na fé que não são capazes de fazer sem sentir culpa deveria evitar tais atividades. Mas o fortes deveriam não menosprezar os fracos, e os fracos deveriam NÃO CONDENAR OS FORTES. Os fracos não poderiam usar sua fraqueza para dominar os outros ou impor suas opiniões.

Conheço um professor de teologia que, antes de ser salvo, era viciado por beisebol americano, inclusive apostando nos jogos. Para seu benefício, todos os outros professores teriam de ser proibidos de jogar beisebol pelo resto de suas vidas? Acho que não. Mas pelo amor dele, os outros simplesmente o respeitaram por limitar suas conversas na sua presença, e não o convidavam quando iam assistir os jogos. Houve algo intrinsecamente pecaminoso no ato de assistir um jogo de beisebol? Para mim, não! Mas para não provocar meu irmão voltar para o que era um ídolo para ele, limito minhas liberdades na presença dele.

Mas, existe um outro lado dessa questão: Deus espera que o imaturo amadurece. Quando renovei meu compromisso com Cristo, houve coisas que Deus tirou da minha vida. Uma daquelas coisas foi a mentira, e eu era viciado nisso! O meu medo de voltar para a vida do mentiroso era tão forte, que minha consciência nem deixou-me participar em jogos inocentes que implicaram em enganar os outros jogadores. E por um bom tempo eu julguuei equivocadamente em meu coração os que participaram destes jogos. Hoje não os julgo, mas eu ainda não os jogo. Não me ofende se os outros, inclusive minha esposa e todos os meus filhos jogam. Mas eles sabem para não insistir comigo de jogar com eles. Minha consciência simplesmente não permite.

Baseado neste princípio, aqui no Brasil, eu ia pensar muito e conversar muito com os maduros da igreja antes colocar um presépio na igreja.

Essas são minhas opiniões na questão. Se tiver idéias que poderiam ampliar meu entendimento, seriam aceitas com humildade e prazer.

Tudo de Melhor em Cristo,
Dr. Mark