domingo, maio 30, 2010

Debate: o Crente e o Divórcio (Vídeos)

Veja o debate de Carlos Bregantim, pastor da Comunidade Caminho da Graça, cujo líder é Caio Fábio, e Carlos Osvaldo Pinto, reitor do Seminário Bíblico Palavra da Vida.

Tema: O Crente e o Divórcio
Fonte: Ogalileo

1. O Crente e o Divórcio



2.O Novo Casamento



3.O Divórcio na Igreja



4.Pastores Divorciados

quinta-feira, maio 27, 2010

...Comece Por Mim.

Lord revive Your church and begin with me.

(Tradução) SENHOR, reaviva Sua igreja e comece por mim.

--Um Chinês Cristão

sexta-feira, maio 21, 2010

Exposição de Gálatas: Gl 1.6-10 - Implicações de Um Outro Evangelho

Gálatas 1.6-10
Implicações de um outro evangelho


INTRODUÇÃO
Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo (v.10)

  • Nesta carta não há um agradecimento, louvor ou oração, que comumente aparecem no início epístolas paulinas;
  • Paulo age com uma dureza incomum;
  • Ele não estava preocupado em agradar às pessoas.

Ó gálatas insensatos! Quem vos fascinou a vós outros, ante cujos olhos foi Jesus Cristo exposto como crucificado? 3.1

  • Eles não estavam sendo capazes de discernir o evangelho que lhes fora pregado inicialmente e de distinguí-lo das falsidades que ouviam.
  • Por conta de estarem tão enfeitiçados e abandonando a verdadeira fé é que o apóstolo toma esta atitude intolerante e radical.
  • O que é o Evangelho? Consiste na boa notícia dada à humanidade condenada eternamente à separação de Deus, de que Jesus morreu condenado por decisão divina, substituindo-a suficientemente no recebimento da justa penalidade pelos pecados, cabendo aos homens unicamente crer para desfrutar eficazmente da salvação:
  1. Todos passam por um período, na vida, sem Deus, que pode ser tanto marcado por opressão e promiscuidade, como por religiosidade sem fé;
  2. Crer é algo baseado em conhecimento e revelação de Deus;
  3. Ninguém nasce com fé ou com o conhecimento da revelação divina
  4. No momento em que o evangelho é pregado e uma pessoa aceita e crê em Deus, ocorre o que as Escrituras chamam de novo nascimento. Após esse novo nascimento, a pessoa inicia sua vida cristã, aprendendo a caminhar no seu dia a dia de acordo com as Escrituras.
  5. Por fim, há a experiência final, de viver no estado eterno com Deus.
A passagem de uma vida de trevas para uma nova vida com Cristo é algo obtido puramente por graça, sem qualquer mérito nosso. A vida cristã exige, de fato, obediência. Entretanto, essa obediência não é um requisito para o acesso a Deus.

1- ALTERAÇÃO DO EVANGELHO IMPLICA EM MUDANÇA TOTAL

O foco do evangelho tem que ser sempre a boa notícia de que o sacrifício de Jesus na cruz foi suficiente para nos salvar e para nos oferecer um acesso a Deus: pois vocês são salvos pela graça.
  • A palavra graça tem algumas variações no seu sentido, mas nunca se esqueça da seguinte definição: graça é favor imerecido.
  • Alguns homens da Galácia, judaizantes, estavam acrescentando valores à graça de Deus. Eles são vistos, por exemplo, em At 15.1:
Alguns homens desceram da Judéia para Antioquia e passaram a ensinar aos irmãos: Se vocês não forem circuncidados conforme o costume ensinado por Moisés, não poderão ser salvos.
  • Eles estavam pregando que, além de crer em Cristo, era necessário ser circuncidado e obedecer a Lei.
  • Os versículos 6 e 7 mostram (ARA):
Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho, o qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo.
  • Esses dois “outros”, na língua grega, são palavras diferentes. A primeira palavra é eteron e significa de uma outra espécie; a segunda é allo e significa da mesma espécie.
  • O apóstolo está dizendo que o que eles estão ouvindo não é da mesma espécie do verdadeiro evangelho. Uma simples alteração como aquela comprometia a totalidade do evangelho.

Soubemos que alguns saíram de nosso meio, sem nossa autorização, e os perturbaram, transtornando a mente de vocês com o que disseram (At 15.24).

  • Aquelas pessoas estavam transtornando e perturbando o evangelho.
  • Por mais sadio e conservador que pareça, acréscimos à graça divina servem apenas para perverter o evangelho.

O acréscimo de qualquer contribuição humana à fé, por menor que seja, descaracteriza por completo o evangelho da graça.

2- ALTERAÇÃO NO EVANGELHO IMPLICA EM DEIXAR A DEUS
  • Atualmente, a tolerância é um valor extremamente defendido na sociedade. Nós, como cristãos, não podemos ser tolerantes para com tudo.
  • Pelo que lemos, Paulo não era alguém muito tolerante, assim como nós hoje não podemos ser.
  • Aceitar ensinamentos parecidos como iguais pode trazer danos irreparáveis.
Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho (v.6).
  • Quando aquelas pessoas acrescentaram coisas ao evangelho, elas não deixaram o ensino de um apóstolo, mas deixaram a Deus.
  • Se nos deixarmos levar por ensinamentos falsos, isso comprometerá nossa caminhada com o Senhor.
  • É preciso compreender também que o acesso à salvação é absolutamente por graça incondicional e exclusivamente pela fé, porém, ter um relacionamento e provar de bênçãos específicas são condicionais.
Os três tipos de bênçãos:
  1. Existem as bênçãos incondicionais, que o Senhor nos dá a todos, independentemente de merecermos ou não.
  2. Um segundo tipo de benção é a salvação. É incondicional, pois Jesus morreu para todos nós, porém, para desfrutar dessa benção é necessário ter fé.
  3. A comunhão. Entretanto, a comunhão está condicionada à obediência e ao conhecimento das Escrituras para andar nos caminhos propostos por Deus.

  • Se a sua vida estiver sendo dirigida por uma doutrina errada, isso não afetará sua fé, mas trará conseqüências na qualidade de vida que Deus tem para você.
Não é possível crer equivocadamente com resultados positivos, pois qualquer alteração no evangelho o põe de cabeça para baixo e isso implica em deixar a Deus.

3- ALTERAÇÃO NO EVANGELHO IMPLICA EM MALDIÇÃO DE DEUS

  • A maldição:
Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema. Assim, como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema (vv. 8-9).

  • A preocupação do apóstolo não era com ganhos ou perdas pessoais, tanto que no versículo 8 ele diz “nós”, incluindo-se no grupo de pessoas que podem ser amaldiçoadas.
  • A mudança do conceito do evangelho compromete a vida de qualquer pessoa, sendo, portanto, um conceito universal.
  • A ideia de que nós seremos considerados justos por causa da lei torna a morte de Cristo uma ação vã, daí a exaltação de Paulo.
  • Por fim, o apóstolo sabia que, como conseqüência desses ensinamentos falsos, a caminhada cristã daqueles irmãos comprometer-se-ia.
E imediatamente o pai do menino exclamou com lágrimas: Eu creio! Ajuda-me na minha falta de fé! (Mc 9.24)

  • Por essas palavras, compreendemos que Paulo estava agindo coerentemente com a vontade do Senhor Jesus, e não tendo uma atitude radical.
  • Por vezes nós temos a ideia de que Jesus era uma pessoa extremamente mansa, incapaz de contestar ou de criticar aqueles que não estavam agindo corretamente. Isto é um pensamento totalmente equivocado (cf. Mt 10.34-37).
  • A mensagem de salvação exclusivamente por graça é uma mensagem que, até hoje, traz adversidade.
  • Jesus não tem a proposição contemporânea do politicamente correto ou de total tolerância, assim como Paulo não a tinha e como também nós não a devemos ter (cf. 2Jo 1.10-11).
  • Clamar por maldição não era fruto de uma exaltação momentânea ou de um sentimento de perda pessoal. Era fruto sim da consciência de que aqueles falsos mestres estavam corrompendo o evangelho de Cristo e trazendo prejuízo à vida dos cristãos.

A gravidade de comprometer uma mensagem tão estratégica é levar pessoas a crerem num suposto evangelho, que parece ser sério, mas, no fundo, é uma mentira. Isso implica em maldição.

CONCLUSÃO: UM SÓ EVANGELHO
  • Existe apenas um evangelho e um meio de se alcançar a Deus.
  • A ação da graça de Deus é suficiente e exclusiva.
  • Nos nossos dias, dentro de igrejas evangélicas, muitas vezes ouço mensagens que afirmam ser necessário crer, mas também realizar outros feitos; em igrejas católicas é pregado que é necessário crer, mas também cumprir inúmeras ordenanças; num contexto espírita dizem que é necessário crer, mas também se aperfeiçoar através das boas obras. Não se deixe enganar.
  • Todos nós, pecadores, precisamos simplesmente crer nessa obra maravilhosa de Deus, suficiente e eficiente, para desfrutarmos de uma vida com Deus.
Ouça a pregação (clique).

terça-feira, maio 04, 2010

A Igreja Brasileira e o Antigo Testamento

Por Luiz Sayão
Fonte: Blog Fiel

A igreja evangélica brasileira é uma das mais dinâmicas e criativas do mundo. Por essa razão seu crescimento tem sido extraordinário. Todavia, uma igreja jovem e efervescente tem dificuldades de doutrinar e discipular seus novos membros. Essa é uma realidade na igreja brasileira.

É notório que o uso do Antigo Testamento na prática e na liturgia eclesiástica brasileira tem crescido de maneira substancial. Principal no contexto do louvor e da adoração a ênfase véterotestamentária é mais do que expressiva. E como percebeu Lutero, a teologia de uma igreja está em seus hinos. Afinal, o que está acontecendo? Para onde estamos indo?

Em primeiro lugar, é preciso ressaltar que o Antigo Testamento representa um fascínio para o povo brasileiro. É repleto de histórias concretas, circunscritas na vida real do povo, no cotidiano de gente comum. É muito mais fácil emocionar-se com uma narrativa como a de Jonas ou de Davi do que acompanhar o argumento de Paulo em vários textos de Romanos.

Além disso, o povo brasileiro tem pouca história e raízes muito recentes. O Antigo Testamento, com a rica história do povo de Israel, traz uma espécie de identificação com o povo de nosso país. Talvez isso explique porque tantos brasileiros evangélicos queiram ou procurem ser mais judeus.

Em terceiro lugar, devemos considerar a realidade de que a igreja evangélica brasileira quase não tem símbolos ou expressão artística. A maioria dos símbolos cristãos históricos (catedrais, cruzes, etc.) tem identificação católica na realidade nacional. Assim, os evangélicos buscam símbolos para expressar sua fé, e acabam geralmente escolhendo símbolos judaicos ou véterotestamentários (menorá, estrela de Davi, e etc.).

Este encontro brasileiro-judaico tem muitas facetas positivas: retomamos uma alegria comemorativa da fé, trazemos a verdade espiritual para a realidade concreta, dificilmente teremos uma igreja anti-semita, enxergamos necessidades sociais e políticas pela força do Antigo Testamento. Todavia, também estamos andando em terreno perigoso e delicado. Algumas considerações são importantes para que a igreja brasileira não perca o rumo por problemas de ordem hermenêutica. Aqui vão algumas sugestões:

1. Nem todo texto bíblico do Antigo Testamento pode ser visto como normativo
A descrição da vida de um servo de Deus do Antigo Testamento não é padrão para nós sempre. Quando Abraão mente em Gênesis, a descrição do fato não o torna uma norma. A poligamia de Salomão, a mentira das parteiras no Egito e o adultério de Davi não podem servir de desculpas para os nossos pecados.

2. Não podemos cantar todo e qualquer texto do Antigo Testamento
É preciso observar quem está falando no texto bíblico. Sem observarmos quem fala, tiraremos conclusões enganosas. Isso é fundamental para se entender o livro de Eclesiastes. No caso de Jó 1.9-10, por exemplo, temos registradas as palavras de Satanás. Isto é fato até no caso do Novo Testamento (cf. Jo 8.48).

3. Devemos ensinar que muito da teologia do Antigo Testamento foi superada pelo Novo Testamento
Jesus deixou claro que estava trazendo uma mensagem complementar e superior em relação à antiga aliança. Se não entendermos isto, voltaremos ao legalismo farisaico tão questionado por nosso Senhor. Textos como Números 15.32-36 revelam um exemplo daquilo que não tem mais valor na prática da nova aliança. Todos os elementos cerimoniais da lei não podem mais fazer parte da vida da igreja cristã, pois apontavam para a realidade superior, que se cumpre em Cristo (Cl 2.16-18). Sábados, festas judaicas, dias sagrados, sacrifícios e outros elementos cerimoniais não fazem parte da prática cristã neo-testamentária.

4. Antes de pregar ou cantar um texto do Antigo Testamento é preciso entendê-lo
Nem sempre é fácil entender um texto do Antigo Testamento. Muitos textos precisam ser bem estudados, compreendidos em seu contexto e em sua limitação circunstancial e teológica. Veja por exemplo o potencial destruidor do mau uso de um texto como o Salmo 137.9. Se o intérprete não entender que o texto fala da justiça retributiva divina dada aos babilônios imperialistas, as crianças da igreja correrão sério perigo!

5. Devemos ensinar que vingança e guerra não são valores cristãos
Jesus ordenou que devemos amar até mesmo aqueles que nos odeiam. A justiça imprecatória não faz parte da teologia do Novo Testamento. Há vários salmos que dizem isso, mas tal realidade compreende-se no contexto do Antigo Testamento e não pode ser praticada na igreja cristã. Não podemos cantar “persegui os inimigos e os alcancei, persegui-os e os atravessei” (Sl 18.37.38), quando o Senhor Jesus ordena que devemos perdoar e amar os nossos inimigos (Mt 5.44-45). Hoje já existe até gente “amaldiçoando” outros em nome de Jesus! Teremos o surgimento de uma “violência cristã”?

6. Enfatizemos a verdade de que a adoração do Novo Testamento é superior
O Novo Testamento nos ensina que a adoração legítima independe de lugar, de monte, de cidade e de outros elementos materiais (Jo 4). Jesus insiste em afirmar que Deus procura quem “o adore em Espírito e em verdade”. A tradição evangélica sempre louvou a Deus por seus atos e atributos. Atualmente estamos cada vez mais enfatizando “o monte santo”, “a cidade sagrada”, “a casa de Deus”, “a sala do trono”. Nós somos o “templo de Deus”. Os elementos materiais pouco importam na adoração genuína. É preciso retomar o caminho correto.

7. Devemos ensinar que ser judeu não torna ninguém melhor do que os outros
Alguns evangélicos entendem que “ser judeu” ou “judaizado” os torna de alguma forma “espiritualmente melhor”. O rei Manassés, Anás e Caifás eram judeus! Já há quem expulse demônios em hebraico! Em Cristo, judeus e gentios são iguais perante Deus. Na verdade “não há judeu nem grego” (Gl 3.28) na nova aliança. A igreja cristã já pecou por seu anti-semitismo do passado. Será que irá pecar agora por tornar-se judaizante? Devemos amar judeus e gentios de igual modo. Além disso, podemos e devemos ser cristãos brasileiros. Não precisamos nos tornar judeus para ter um melhor “pedigree” espiritual.

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