segunda-feira, agosto 30, 2010

Plantão Médico (ER em inglês) Cita o Engano do Pós-modernismo

Em um episódio de ER (Plantão Médico em portugueês, um seriado), o argumento pós-moderno ficou bem claro ao ser confrontado com as necessidades intrínsicas (entenda essenciais) de um paciente.

Você consegue identificar o argumento do pós-modernismo neste vídeo? Atente-se aos argumentos do paciente.


quarta-feira, agosto 25, 2010

J. I. Packer: As Estrelas e as Promessas de Deus

The stars may fall, but God's promises will stand and be fulfilled.

(Tradução) As estrelas podem cair, mas as promessas de Deus permanecerão e serão cumpridas.

-- J. I. Packer

sábado, agosto 21, 2010

John Piper: O que você diz para aqueles que afirmam ser OK beber porque Jesus tomou vinho?

Tradução do artigo What do you say to those who claim drinking is OK because Jesus drank wine?, por John Piper.

(Pergunta ao Pr. John Piper) O que você diz para aqueles que afirmam ser OK beber porque Jesus tomou vinho?

(Resposta:)
Você diz: “Eu acho que você queria dizer, adicionando uma ou duas palavras à sentença: pode ser ok.” A declaração “ser ok” pode ou não carregar na mente um padrão de vida que é saudável.

Eu diria, definitivamente, que algum tipo de beber não é OK, como beber até se embriagar. Isso é claro na Bíblia. Outro tipo que não é OK, é o de se beber com a pessoa que manifestamente tem sua consciência machucada e pode ser tentado em alguma coisa que ele apenas gastou seis anos tentando, através do Teen Chalenge* (Tradução: Desafio Adolescente) e dos Alcoólatras Anônimos, se libertar. Agora você está tirando a sorte justamente naquilo que os mata! E mata milhões de pessoas nesta cultura. Está matando matrimônios e empregos. O álcool é mortal nesta cultura.

Agora eu não sei quão mortal o álcool foi na cultura de Jesus. Embriaguez era real. Claramente a Bíblia a condena. Quão real e mortal isso era, eu realmente não sei. Eu somente sei que estou lidando com algo que quando eu vou falar no desafio adolescente ou quando eu oro com um homem como eu fiz depois do culto último domingo, que disse: “Quando o culto acaba, eu saio e me embriago, porque estou acabado. Acho que sou um apóstata e estou além de ajuda e perdão. Eu já estive em tratamento tantas vezes que é sem esperança.” Eu só sei que isso é muito predominante. Pessoas que são guerreiras sobre esta coisa chamada álcool não fazem nenhum sentido pra mim.

Então, estou apenas dizendo, “adicione uma palavra à sentença.”

Claro que você não pode defender a abstinência de uma forma absoluta na Bíblia. Está claro que vinho é uma bênção na Bíblia.

Se você fizer a escolha, como eu, de ser um abstêmio, não pode ser baseado na condenação do mal do vinho. Isto não está certo! É o contexto em que vivo. São meus filhos e netos. É minha personalidade de vícios. Eu não posso nem comprar um pacote de chicletes sem passar por ele em uma hora.

Eu percebo um monte de caras jovens que não querem ser legalista e querem abrir suas asas e saber da liberdade do evangelho, mas não são realísticos sobre o mundo em que vivem.

Então, isso é um pequeno aviso. E eu sei que a força contrária disso poderia ser muito forte para um monte de gente que eu admiro muito, que eu poderia facilmente cair em uma armadilha e afastar todos do que Deus tem dado como um dom precioso.

John Piper

*Uma organização que zela por pessoas que lidam com diversos problemas de drogas desde 1958. Para mais detalhes: http://teenchallengeusa.com/

Por John Piper. © Desiring God. Website: desiringGod.org

terça-feira, agosto 17, 2010

Ben Patterson: O Atraso de Nossas Respostas

Perhaps one reason God delays His answers to our prayers is because He knows we need to be with Him far more than we need the things we ask of Him.

(Tradução) Talvez uma razão para Deus atrasar Suas respostas às nossas orações é porque Ele sabe que precisamos de estar com Ele muito mais do que precisamos das coisas que nós pedimos a Ele.

-- Ben Patterson

sexta-feira, agosto 13, 2010

As Parábolas do Mestre - Devocionais compiladas em PDF

Agora você pode obter todas as devocionais de As Parábolas do Mestre em PDF. Basta clicar na figura abaixo.


As Parábolas do Mestre: Ainda Não Acabou! (Lc 17.7-10)

Ainda Não Acabou!
Por Reinaldo Bui

Qual de vós, tendo um servo ocupado na lavoura ou em guardar o gado, lhe dirá quando ele voltar do campo: Vem já e põe-te à mesa? E que, antes, não lhe diga: Prepara-me a ceia, cinge-te e serve-me, enquanto eu como e bebo; depois, comerás tu e beberás? Porventura, terá de agradecer ao servo porque este fez o que lhe havia ordenado? Assim também vós, depois de haverdes feito quanto vos foi ordenado, dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos apenas o que devíamos fazer (Lucas 17.7-10).

(Obs.: cada devocional do tema "As Parábolas do Mestre" foi feita pensando no projetista da Missão Juvep. Este, devocional foi feito pensando especificamente no último dia do Projeto Missionário que aconteceu em Mauriti-CE, no período de julho de 2010.)

Último dia de projeto. Há um sentimento misto de alívio por termos terminado uma tarefa, alegria porque vamos voltar para casa e tristeza por estarmos partindo, e dissolvendo este grupo que viveu junto por 23 dias e que nunca mais se juntará novamente (não o mesmo grupo).

Nós da Juvep gostaríamos de parabenizá-los pela dedicação e agradecê-los por consagrar uma pequena parte de suas vidas na tarefa de evangelização, semeando as sementes do reino nesta cidade e aqui deixando implantada mais uma igreja (um agrupamento de pessoas salvas por Deus), que será o testemunho vivo para todo este povo de que Jesus Cristo é o Senhor!

Mas antes que alguém se ensoberbeça, crie em si uma falsa expectativa de suficiência laboral e espere com isso ser recebido com os louros dos louvores eternos, aqui vão duas recomendações: baixe a bola e caia na real.

A parábola dos servos inúteis, como é conhecida, é um balde de água fria na ebulição dos nossos sentimentos e há quatro lições fundamentais que podemos tirar desta parábola. Em primeiro lugar, Jesus estabelece os papeis corretos: nos mostra quem é o senhor (não somos nós) e mostra quem somos: apenas servos. Um servo não tem vontade própria, ele faz apenas o que é obrigação sua. Por toda a Bíblia vemos esta relação (senhor-servo) e a vemos intensificada e aplicada na pessoa de Jesus. Ele é o nosso referencial, exemplo de servo e a ele devemos seguir (Filipenses 2.5-11). Quem é senhor na sua vida? Em segundo, Jesus estabelece prioridades: note que no parágrafo E que, antes, não lhe diga: Prepara-me a ceia, cinge-te e serve-me, enquanto eu como e bebo; depois, comerás tu e beberás, Ele está ensinando claramente que as necessidades do Senhor devem ser supridas primeiro, depois as nossas. Outras duas características de um servo são: não descansa enquanto sua tarefa diária não for concluída e sua única preocupação deve ser agradar seu Senhor. Terceiro, a tarefa não acabou. Embora possa haver este sentimento, nós (equipe do projeto missionário) sabemos que a partir de agora começaremos planejar e trabalhar para que o próximo projeto aconteça. O pastor que assumiu a recém nascida igreja terá muita dor de cabeça para administrar e cada um de vocês deverá continuar em sua própria cidade esta mesma tarefa de evangelizar e fazer discípulos. Esta tarefa só acabará quando Jesus te chamar ou voltar. Portanto, mãos à Obra (com O maiúsculo).

Por último, não pense que você merece algum mérito por ter feito apenas o que era sua obrigação. Há algum tempo, vi uma tirinha num jornal em que um rapaz com a cabeça raspada e todo pintado chega em casa comemorando e compartilha alegremente com o pai: “Passei no vestibular! Passei no vestibular.” O pai olha indiferente e diz: “Não fez mais do que a obrigação.” Então, depois do rapaz sair cabisbaixo e decepcionado, o pai olha de canto e, depois de um tempo, começa a pular de alegria. Esta anedota ilustra bem os sentimentos envolvidos neste processo que estamos vivendo. Não há dúvida alguma que nosso Pai se alegra com nosso trabalho e dedicação à sua Obra. Porém, nós devemos nos conscientizar de que esta é, nada mais nada menos, que nossa obrigação. O não passar no vestibular porque não estudou e desperdiçou tempo e dinheiro com bobagens geraria outro tipo de comentário e também de sentimento. Se fazer “apenas” tudo o que nos foi ordenado deve gerar em nós um sentimento de inutilidade, imagine se não o fizermos?

Queridos, que esta não seja uma palavra de desânimo e pesar em vossos corações, mas um alerta para o resto de suas vidas:

A OBRA AINDA NÃO ACABOU!

quarta-feira, agosto 11, 2010

As Parábolas do Mestre: Dos Primeiros Lugares (Lc 14.1-14)

Dos Primeiros Lugares
Por Reinaldo Bui



Aconteceu que, ao entrar ele num sábado na casa de um dos principais fariseus para comer pão, eis que o estavam observando... Reparando como os convidados escolhiam os primeiros lugares, propôs-lhes uma parábola... (Leia Lucas 14.1-14)

Mais uma vez Jesus é convidado a tomar refeição na casa de um fariseu. Muito provavelmente, desta vez, eles tiveram o cuidado de cumprir com as obrigações sociais para evitar qualquer constrangimento. Porém, o intuito do convite talvez tenha sido o mesmo. O texto diz que o estavam observando. Os fariseus estavam profundamente incomodados com a pessoa de Jesus. A pergunta para a qual todos queriam descobrir a resposta era: Quem é este Jesus? Havia a opinião popular: é um profeta! Havia aqueles que afirmavam: com certeza é um mestre, pois ninguém ensina o que ele ensina e com tanta autoridade. Ou ainda: com certeza é vindo da parte de Deus, pois ninguém pode fazer os sinais que ele faz se Deus não for com ele. O que sabemos é que havia opiniões controversas. Quanto aos ensinos, diziam, ele não seguia as tradições judaicas e estava introduzindo novas doutrinas para iludir e perverter o povo. Quanto aos sinais, eram considerados questionáveis, pois tais poderes poderiam vir de Belzebu. Além do mais, ele não guardava a Lei, curando muitos aos sábados. E então, cada um era confrontado: de que lado você está? Não tinha como ficar indiferente diante desta figura tão polêmica.

Era sábado, Jesus estava num ambiente dissimuladamente hostil e sendo observado. Ele também os estava observando, só que de maneira diferente. Se nós estivéssemos naquele jantar, observaríamos o ambiente, a decoração, a mesa tão bem arrumada, as roupas dos convidados, as pessoas proeminentes presentes naquele recinto e, provavelmente, procuraríamos nos comportar de maneira condizente com o ambiente para não escandalizar ninguém. Mas e Jesus, o que ele observava? Em meio a toda aquela ‘rasgação de seda’ (onde muitos estavam ali só pela badalação; os convidados preocupados em conseguir um lugar de destaque, o anfitrião pensando no impacto social daquele jantar e nos benefícios que lhe traria), Jesus observou ali um doente necessitado, um hidrópico. Provavelmente, era um homem bem inchado, de aparência não muito agradável. O agravante era a teologia vigente na época: os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos são assim porque têm pecado. Nós só conseguimos ver aparências e Jesus não olha para elas. Ele olha para aqueles de quem nos esquivamos e vai além: ele vê as intenções do coração. Na sequência, ele passa da observação para a ação e nos ensina algumas lições fundamentais sobre o que é ser cristão. Primeiramente, olhar para os excluídos, que normalmente nós evitamos. Jesus ama estas pessoas como ninguém jamais amou, e demonstrou isto quando aceitou adoração de uma prostituta, tocou em leprosos, comeu com publicanos e pecadores, andou no meio de mendigos e bêbados porque viu ali pessoas que são alvo do amor do Pai. Em segundo lugar, ele não queira ser o mais importante. Aqueles que buscam honra, fama, primazia e reconhecimento nesta vida podem até conseguir, mas é tudo o que terão. Auto-promoção, projeção e proeminência nada têm a ver com espiritualidade. Não se deixe impressionar por pastores e missionários do show business e nem por ministérios milionários, pois definitivamente Deus não se impressiona com isto. E, finalmente, faça o bem a quem não pode lhe retribuir. A recomendação que ele deu ao seu anfitrião foi: Ao dares um banquete, convida os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos; e serás bem-aventurado, pelo fato de não terem eles com que recompensar-te; a tua recompensa, porém, tu a receberás na ressurreição dos justos (vv. 13-14).

Raramente Jesus nos dá a aplicação de suas parábolas, mas aqui ele o faz claramente:

Pois todo o que se exalta será humilhado; e o que se humilha será exaltado (v.11).

Coloquemos em prática estes princípios a partir de hoje!

Medite...
Quando foi que vimos alguém com fome e demos de comer? Ou com sede e demos de beber? E quando vimos um forasteiro e hospedamos? Ou alguém nu e o vestimos? E quando vimos um enfermo ou um preso e fomos visitar?

terça-feira, agosto 10, 2010

O Plano da Salvação - Lições compiladas.

Talvez muitos de vocês conheçam a série "Plano da Salvação." Chegou a hora de termos ela totalmente compilada, em um formato fácil e belo para ser usado. Na figura abaixo você pode baixar em PDF o arquivo que coloca as seis lições juntas, para honra e glória de nosso Deus. Faça bom uso! (clique na imagem abaixo.)

Tedd Trip: Você ama seu cônjuge?

Post original no Blog iProdigo. Texto traduzido por Josaías Jr, retirado de What did you expect? Redeeming the realities of Marriage (Wheaton Crossway, 2010)

O que é amor?
Amor é autossacrifício espontâneo pelo bem de outro, que não exige reciprocidade ou que a pessoa amada seja merecedora.

Como o amor aparece no casamento?
1. Amar é estar disposto a ter sua vida complicada pelas necessidades e conflitos de seu marido ou esposa, sem impaciência ou irritação.
2. Amar é ativamente lutar contra a tentação de julgar e de ser critico com seu cônjuge, enquanto procura maneiras de encorajá-lo e exaltá-lo.
3. Amor é o compromisso diário de resistir aos momentos desnecessários de conflito, que vêm de comentários ou da resposta a ofensas menores.
4. Amar é ser amavelmente honesto e humildemente acessível em tempos de mal entendidos, e ser mais comprometido com unidade e amor que com vencer, acusar ou estar certo.
5. Amor é o compromisso diário de admitir seu pecado, fraqueza e falha, e resistir à tentação de apresentar uma desculpa ou passar a culpa de si.
6. Amar significa estar desejoso, quando confrontado por seu cônjuge, de examinar seu coração ao invés de colocar-se em sua própria defesa ou mudar o foco.
7. Amor é o compromisso diário de crescer em amor, de maneira que o amor que você oferece a seu marido ou esposa seja crescentemente altruísta, maduro e paciente.
8. Amar é não desejar fazer o que é errado quando ele/ela errou com você, mas procurar maneiras concretas e específicas de vencer o mal com o bem.
9. Amar é ser um bom estudante de seu cônjuge, procurando por suas necessidades físicas, emocionais e espirituais, a fim de que, de alguma forma, você possa remover o fardo, apoiar-lhe enquanto ele/ela o carrega, e encorajar-lhe ao longo da estrada.
10. Amar significa estar desejoso de investir o tempo necessário para discutir, examinar e entender os problemas que vocês encaram como um casal, permanecendo nessa tarefa até que o problema seja removido ou que vocês concordem sobre uma estratégia de resposta.
11. Amar é estar sempre disposto a pedir perdão e estar sempre comprometido a perdoar quando é pedido.
12. Amar é reconhecer o alto valor da confiança em um casamento e ser fiel a suas promessas e verdadeiro quanto à sua palavra.
13. Amar é falar amável e gentilmente, mesmo em momentos de discórdia, recusando-se a atacar o caráter de seu cônjuge ou agredir sua inteligência.
14. Amar é não querer mentir, manipular ou enganar, de qualquer maneira, a fim de cooptar seu cônjuge a te dar o que você quer ou fazer algo do seu jeito.
15. Amar é não querer que seu cônjuge seja sua fonte de identidade, significado ou propósito, enquanto recusa-se a ser a fonte do sentimento do outro.
16. Amor é o desejo de ter menos tempo livre, menos horas de sono, ou uma agenda mais lotada a fim de ser fiel ao que Deus chamou você a ser e a fazer como marido ou esposa.
17. Amor é o compromisso de dizer não aos instintos egoístas e fazer tudo dentro de sua capacidade para promover unidade real, entendimento funcional e amor proativo em seu casamento.
18. Amar é permanecer fiel a seu compromisso de tratar seu cônjuge com admiração, respeito e graça, mesmo em momentos em que ele ou ela não pareça merecer ou não deseja corresponder.
19. Amor é a disposição de fazer sacrifícios regulares e custosos pelo bem de seu casamento, sem pedir nada em troca, ou usar seus sacrifícios para deixar seu cônjuge em dívida.
20. Amar é não estar disposto a fazer qualquer decisão ou escolha pessoal que ameaçaria seu casamento, magoaria seu marido ou sua esposa, ou enfraqueceria o laço de confiança entre os dois.
21. Amar é recusar-se a ser autofocado ou exigente, mas, ao invés disso, procurar maneiras específicas de servir, apoiar e encorajar, mesmo quando você está ocupado ou cansado.
22. Amar é admitir diariamente para si mesmo, seu cônjuge e para Deus que você não é capaz de amar dessa forma sem a graça protetora, provedora, perdoadora, resgatadora e libertadora de Deus.
23. Amor é um compromisso de coração específico a uma pessoa específica que leva você a entregar-se a um estilo de vida específico de cuidado, que requer estar disposto a fazer sacrifícios que tenham em vista o bem dessa pessoa.

O que essa descrição do amor deveria causar em nós?
Esse entendimento deveria te levar a uma pausa e, então, à ação: é impossível para qualquer um de nós amar como foi descrito. O padrão é simplesmente muito alto. As exigências são simplesmente muito grandes. Nenhum de nós tem o necessário para alcançar esse padrão. Essa descrição do amor em ação tem me humilhado e afligido. Tem me levado a encarar novamente minha tendência de chamar de amor coisas que não são amor. Ela me força a admitir quão autofocado e ensimesmado eu realmente sou. Ela me lembra de que, quando se trata de amor, não sou um expert. Não, sou pobre, fraco e necessitado.

Jesus morreu não somente para que tivéssemos perdão por não amar como deveríamos, mas também para que tivéssemos o desejo, a sabedoria e o poder de amar como devemos.

Jesus sofreu em amor, a fim de que, em sua luta pelo amor, você nunca, jamais, estivesse sozinho. Enquanto você se entrega a amar, ele te lava com seu amor, de forma que você nunca estará sem o que precisa para amar.

William McGill: O valor de uma oração consistente

The value of consistent prayer is not that He will hear us, but that we will hear Him.

(Tradução) O valor de uma oração consistente não é que Ele nos ouvirá, mas que nós O ouviremos.

-- William McGill

As Parábolas do Mestre: Figueira Estéril? Não Necessariamente (Lc 13.1-9)

Figueira Estéril? Não Necessariamente.
Por Reinaldo Bui

Naquela mesma ocasião, chegando alguns, falavam a Jesus a respeito dos galileus cujo sangue Pilatos misturara com os sacrifícios que os mesmos realizavam... (Leia Lucas 13.1-9).

Embora naquela época não existisse televisão e nem programa do Datena, vemos que o homem sempre gostou de comentar sobre as desgraças alheias. O assunto aqui era a morte horrível que alguns galileus sofreram. Havia alguma punição divina nesta história? Na opinião popular, aqueles galileus deviam ter cometido algum pecado que despertou a ira de Deus, por isso tiveram seu sangue misturado ao sangue dos sacrifícios que eles ofereciam. Entretanto, Jesus assegura que não. Nem neste caso e nem em outro, onde uma torre (talvez uma construção) caiu e matou dezoito pessoas. Nenhum deles era mais culpado que qualquer habitante de Jerusalém, e creio que posso acrescentar de toda a Terra. Então, Jesus complementa: Se, porém, não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis. O assunto é a morte! E sobre este assunto acho que Jesus podia falar mais do que qualquer um. Hoje, com toda ciência que o homem desenvolveu, os índices são exatamente iguais a de dois mil anos atrás, ou seja, 100% das pessoas que nascem morrem. Não tem escapatória! Assim como aconteceu com o rico insensato, um dia algum anjo lerá nosso decreto: Xiiii, não passa desta noite... A questão é: o que temos preparado? 

Ao dizer se porém, não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis Jesus não está ensinando que aquele que se arrepender não passará pela experiência da morte (aliás, esta deve ser uma experiência fantástica e nós, cristãos, devemos estar preparados, conscientes e ansiosos para o dia em que nos encontraremos com o nosso Salvador). A questão aqui é a escolha que cada um faz para viver com sabedoria (o temor do Senhor é o princípio da sabedoria...) ou insensatez (...mas os loucos desprezam a sabedoria); é se arrepender, se converter para desfrutar de uma vida eterna. Por isso é que Jesus proferiu a parábola da figueira. Esta figueira, plantada numa vinha, é Israel. Eles tinham que ter entendido o recado, pois várias passagens do Antigo Testamento associam Israel a uma figueira, bem como a uma vinha ou mesmo à lavoura de Deus que seria devastada por causa da sua incredulidade (Jr 5.17; 8.13; Os 2.2; 9:10; Jl 1.7, 12) mas restaurada se houvesse arrependimento (Jl 2.22; Mq 4.4; Hc 3.17). A angústia de Jesus era ver quanto o coração deste povo estava endurecido e, portanto, tardio para entender que: Tem, porventura, o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de carneiros (1Sm 15:22) e em Oséias 6:6 Deus disse: Pois misericórdia quero, e não sacrifício, e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos. Assim, como ainda é hoje, Deus não sente o mínimo prazer em demonstrações de religiosidade, mas num coração contrito. A parábola fica em aberto: Se vier a dar fruto, bem está; se não... 

Este deve ser um alerta para nós. Embora a Igreja não tenha vindo substituir Israel, devemos ficar espertos, pois Paulo nos lembra em Rm 11:21 que se Deus não poupou os ramos naturais, também não nos poupará. Ele não está falando sobre perda de salvação (individual), mas o recado é para a Igreja como um todo. Infelizmente, estamos vendo uma Igreja cada vez mais voltada para seus eventos (mesmo um culto pode não passar de um mero evento), preocupada com o conforto e bem estar de seus membros, e menos voltada para os interesses de Deus.

Uma figueira dava figos por dez dos doze meses do ano, ou seja, era natural que se esperasse que ela apresentasse seus frutos regularmente, assim como nós. Sendo assim, cabe a pergunta: que frutos Deus espera que eu apresente? Convertidos? Boas obras? Largar tudo e ir para missões? Creio que não. Embora estas coisas sejam boas, elas são apenas consequências de uma vida que, não só exala o bom perfume de suas flores, mas que dá seu fruto o ano inteiro. Este fruto é amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Não há lei que limite a produção deste fruto!

Medite...
Você vive ciente que um dia passará pela experiência da morte e estará frente a frente com nosso Deus? Será um dia de vergonha ou de alegria? Que fruto sua vida produz? Que fruto terá para apresentar ao Senhor da vinha e da figueira?

segunda-feira, agosto 09, 2010

As Parábolas do Mestre: O Rico Insensato (Lc 12.16-21)

O Rico Insensato
Por Reinaldo Bui

Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? (Leia Lucas 12.16-21)

Somos a única geração que conseguiu destruir a capacidade dos jovens de sonhar, brigar e questionar. E isto não é, de forma alguma, algo positivo, pois ao inverso do que faziam as outras gerações, nossos jovens estão cada vez mais aceitando o lixo tecnológico que proporcionaram a eles, e desejando se entorpecer em doses cada vez maiores do luxo, conforto e do "bien vivant" que lhes é oferecido. A atual geração sabe o que é bom, não é mesmo? E estamos ensinando os nossos filhos a ser como nós somos... uma geração materialista, consumista, medíocre e avarenta. Nenhuma geração acumulou tanta riqueza aqui na terra quanto a nossa. Para nos justificar temos muitos ventos a nosso favor: a propaganda do mundo que diz “é assim que deve ser;” a conivência do meio em que convenientemente procuramos viver; a desculpa de procurar oferecer o melhor para os filhos; a necessidade de sobreviver num mundo cada vez mais competitivo; etc. Contrário a isso tudo, só para nos incomodar, temos apenas a palavra do Senhor que diz: não acumulem tesouros aqui na terra.... Apenas? Apenas! É pouco, pode não fazer muita diferença, mas seu peso é proporcional à nossa fé.

Para ilustrar isto melhor, em certa ocasião Jesus contou uma história para um sujeito que estava muito preocupado com sua herança. Para quem não sabe, herança é aquele dinheiro que o velho avarento guardava debaixo do colchão e foi obrigado a deixar aqui na terra, pois morreu e ninguém fez sua última vontade - enterrá-la junto, por isso não foi possível levá-la consigo. Parece que esta “bênção” acabou se tornando objeto de cobiça e discórdia entre os filhos. Mas a história contada pelo Senhor pode muito bem ser a história do próprio pai daquele sujeito, ou a dos nossos pais, ou a nossa mesmo. Diz que o campo de um homem rico produziu com abundâcia. Note que ele já era rico, e ficou mais rico ainda. E este homem rico arrazoava consigo mesmo, dizendo: Que farei, pois não tenho onde recolher os meus frutos? Que problemão, né? Não tenho onde enfiar mais dinheiro! Então ele pensou: farei isto; destruirei os meus celeiros, reconstruí-los-ei maiores e aí recolherei todo o meu produto e todos os meus bens. Então, direi à minha alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te. Isso é que é vida, mermão! Este é o alvo de muitos de nós... fala sério! Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Mas que pergunta, Senhor!!! Esta é uma pergunta retórica, mas para quem será? Refiro-me à pergunta, não ao tesouro. Muitas vezes olhei esta história de forma equivocada: primeiro, porque achava que era uma parábola, hoje penso que é bem verídica; e segundo, achava que Jesus falava de um homem ímpio, mas cada vez mais acredito que não. Quantos crentes você conhece que pensam exatamente como este homem rico? O mundo está mergulhado num hedonismo sem precedentes e, lamentavelmente, a Igreja tem acompanhado este estilo de vida tão atraente! A Igreja, sim, o Corpo de Cristo, tem juntado muitos bens para si, sem dúvida alguma. Mas se ela for arrebatada hoje, o que temos preparado, para quem será? Temo que o tesouro deixado aqui na terra (para os ímpios desfrutarem) será infinitamente maior do que o acumulado no céu (aonde vamos morar). Por isso Jesus conclui a história: Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus, ou seja, vai, no mínimo, se decepcionar. E mais à frente Ele solta aquela máxima: porque, onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração. Aprendemos a ser generosos quando se trata da satisfação dos próprios desejos, mas somos sovinas no que se refere aos outros. É nítida, dentro de nossas igrejas, a má vontade de contribuir regularmente para a divulgação do Evangelho no próprio país ou em países distantes. E ainda pertencemos a uma geração que não sabe reconhecer, honrar, respeitar o próximo. Sempre o meu tempo, minha vontade, e meus bens são mais importantes do que os dos outros.

Medite...
O que temos construído com nossas vidas? Que legado deixaremos para os nossos filhos? Eles serão obedientes porque aceitam e pensam exatamente como nós pensamos? Onde está o nosso coração? Aonde você quer que esteja o coração de seus filhos?

domingo, agosto 08, 2010

As Parábolas do Mestre: O Amigo Ponta Firma (Lc 11.5-13)

O Amigo Ponta Firme
Por Reinaldo Bui

Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem? (Leia Lucas 11.5-13)

Para compreender esta parábola precisamos conhecer um pouco mais da cultura oriental, principalmente no que diz respeito à hospitalidade. Primeiro, é simplesmente inadmissível um vizinho recusar pão a um amigo, seja o motivo que for. Além disto, o visitante é hóspede “na comunidade” e há uma obrigação moral da comunidade em receber bem o hóspede de qualquer família. O viajante se vai sentindo-se bem recebido pela comunidade. Esta parábola ficou conhecida como a do "Amigo Importuno" por causa da frase se não se levantar para dar-lhos por ser seu amigo, todavia, o fará por causa da importunação. A palavra que foi (mal) traduzida por importunação é anaideia, que significa desaforo, imprudência, falta de moral. É imprescindível entender que esta palavra não é aplicada ao pedinte, mas ao vizinho dorminhoco, caso não suprisse a necessidade do amigo numa hora destas. Jesus não está dizendo que devemos importunar Deus até Ele dar tudo o que quisermos. Parafraseando, Jesus expõe a seguinte situação: Qual dentre vós que tiver um amigo que for lhe pedir pão à meia noite (para acudir um hóspede inesperado) teria coragem de recusar? Ainda mais dando uma desculpa esfarrapada do tipo ‘meus filhos já estão dormindo...' Vocês sabem que se não for pela amizade, fará por causa da vergonha de não cumprir com uma obrigação social. Portanto, este é outro caso de título equivocado por conta de uma má interpretação. Amigo ponta firme é aquele que não age com imprudência, que está sempre pronto para acudir uma necessidade. Deus é este amigo. Mas aí você levanta a seguinte questão: por que então nem tudo o que pedimos Ele atende? Vejo dois motivos principais. O primeiro tem a ver com a nossa obediência, compromisso e seriedade com a sua Palavra. Lemos em Provérbios 28.9: o que desvia os ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável. O versículo é bem claro. Se você não se importa em saber a vontade de Deus sobre determinado assunto e faz as coisas da sua maneira, Ele não tem obrigação alguma de responder sua oração de socorro quando as coisas derem errado. Se você não concorda comigo, tente fazer isso. O segundo motivo tem a ver com os propósitos de Deus para nós. Na sequência Jesus expõe outra situação fazendo o mesmo tipo de pergunta para seus conterrâneos: Qual dentre vós é o pai que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou se pedir um peixe, lhe dará em lugar de peixe uma cobra? Ou, se lhe pedir um ovo lhe dará um escorpião?

A resposta é obvia. O problema é que muitas vezes não sabemos pedir. Tiago diz que pedimos e não recebemos porque pedimos mal, para esbanjarmos em nossos prazeres (Tg 4.3). Note que o filho está pedindo para o pai um pão, um peixe ou um ovo, isto é, gêneros de primeira necessidade (assim como o amigo), para saciar sua fome. Lembro-me que quando era criança minha mãe me negava alguns pedidos insistentes antes das refeições. Acontece que eu estava com fome e achava que um pacote de biscoito recheado seria a solução para meu problema. A resposta era não, por mais que eu insistisse. E para piorar ainda mais minha situação, ela me deixava com fome por mais um tempo! Mas por que esta maldade? Não era maldade, mas é porque ela estava preparando o melhor para mim e sabia que se liberasse o pacote de biscoito saciaria minha fome e eu não ia mais querer o jantar. Para um infante, o biscoito é mais gostoso que uma sopa de legumes, mas um adulto sabe que não tem os nutrientes necessários para seu crescimento saudável. Para os imaturos, Deus pode parecer ruim não nos dando o que tanto queremos, mas quando crescemos, entendemos que Ele tem o melhor reservado para nós, porque nos ama. Há aquelas crianças que esperneiam até conseguir. Talvez esta seja a turminha do “eu determino.” Tudo bem, você pode até conseguir, mas sofrerá as consequências de uma saúde deficiente mais tarde.

Medite...
Qual tem sido o teor de seus pedidos nas suas orações? Como você interpreta o verso 13? Você já experimentou pedir que o Fruto do Espírito (Gálatas 5.22) transborde em sua vida?

sábado, agosto 07, 2010

As Parábolas do Mestre: O "Maldito Samaritano" (Lc 10.25-37)

O “Maldito Samaritano”
Por Reinaldo Bui

Qual destes três te parece ter sido o próximo do homem que caiu nas mãos dos salteadores? (Leia Lucas 10.25-37)

Esta é uma das parábolas mais famosas, normalmente conhecida como “A Parábola do Bom Samaritano.” Diferente da parábola dos dois devedores, esta é longa e o diálogo curto. Porém, ignorar o diálogo faz com que a parábola se torne apenas uma exortação ética para auxiliar pessoas necessitadas e, definitivamente, não é esta a intenção.

Tudo começa com um fariseu que queria testar Jesus, questionando-o sobre a maneira de herdar a vida eterna. Sua pergunta é completamente sem sentido, pois o que alguém pode fazer para ser herdeiro? Um herdeiro o é por direito, não por conquista! Certamente, o fariseu já tinha sua opinião formada e não queria aprender algo novo. Jesus poderia comprar uma briga defendendo que a herança de Israel era uma dádiva e que o homem não pode fazer nada para recebê-la; ou aliar-se à opinião rabínica de se concentrar na Lei. Jesus escolheu a segunda opção só para ‘perturbá-los,’ e quando joga a pergunta de volta, obtém a resposta decorada: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento; e: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Esta síntese da Lei é a junção de dois textos bem conhecidos daqueles homens (Dt 6.5 + Lv 19.18).

"Respondeste corretamente; faze isto e viverás," foi o fechamento de Jesus e, exatamente, a resposta que o fariseu gostaria de ouvir. Ele só não entendeu que Jesus estava colocando a questão da seguinte maneira: "Você está disposto a viver de acordo com o que você crê?"

A própria Lei que o ‘Doutor da Lei’ cita estabelece um padrão que ninguém pode alcançar. Ele poderia parar por aí e refletir um pouco sobre o que Jesus acabara de expor, mas tentando justificar-se pergunta: Quem é meu próximo. A palavra justificar-se significa que ele estava querendo se mostrar, se exibir, evidenciar sua justiça. Ele esperava que Jesus o aprovasse e desse como resposta: Seu próximo são seus parentes e amigos... aqueles que você mais ama. Em vez disso, Jesus conta uma parábola cujo herói é um... Samaritano! Como isto soava aos seus ouvidos? O título dado a esta parábola não poderia ter sido pior. Quando lemos esta narrativa tendo em mente que se tratava de um homem bom, ela deixa de causar o impacto que Jesus causou em seus ouvintes originais. Para entendermos melhor precisamos substituir os personagens por um pastor; o segundo por um dirigente de louvor e o samaritano por um ateu depravado, viciado em drogas e homossexual (faça esta releitura somente para entender o grau de intolerância que um judeu tinha de um samaritano).

A Mishna dizia que aquele que come pão dos samaritanos é como aquele que come carne dos suínos. Os samaritanos eram publicamente amaldiçoados nas sinagogas. Diariamente faziam-se petições a Deus para que os samaritanos não fossem participantes da vida eterna! Além da omissão injustificável do sacerdote e do levita, esta parábola demonstra que o samaritano faz, pelo menos, o que algum destes dois poderia ter feito. Esta história deve ter causado um tremendo mal estar, se não repugnância, nos judeus, pois receber auxílio, óleo ou vinho de um samaritano tornaria impuro aquele que recebeu. No entanto, o desconforto maior foi pela demonstração amorosa e altruísta do samaritano ao fazer o que os representantes religiosos não tiveram coragem. Eles entenderam a audácia de Jesus em fazer o desprezado samaritano aparecer como moralmente superior aos lideres religiosos do auditório. Assim, Jesus atinge um dos sentimentos de ódio mais profundos de seus ouvintes e sabiamente os expõe. Com certeza esta parábola rendeu muitos comentários a respeito de Jesus. Em João 8.48 vemos os judeus escarnecendo de Jesus e declarando: Porventura não temos razão em dizer que és samaritano e tens demônio? Duas palavras gregas contidas neste texto devem ser o motivo da nossa reflexão diante de um necessitado: justificamo-nos ou nos compadecemos? Fazer o bem ao próximo implica em gastos de nossa parte. Gasto de tempo, esforços, dinheiro e, muitas vezes, da nossa auto-imagem que tanto queremos preservar.

Medite...
O que você pode fazer para herdar a vida eterna? Que qualidades você possui para que Deus o declare seu filho por adoção? O que isto deve mudar na sua maneira de viver e de lidar com os necessitados? O que é mais fácil: justificar nossa omissão ou acudir o necessitado?

sexta-feira, agosto 06, 2010

As Parábolas do Mestre: Os Dois Devedores - A Pecadora (Lc 7.44-46)

Os Dois Devedores - A Pecadora
Por Reinaldo Bui

E, voltando-se para a mulher, disse a Simão: Vês esta mulher? Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés; esta, porém, regou os meus pés com lágrimas e os enxugou com os seus cabelos. Não me deste ósculo; ela, entretanto, desde que entrei não cessa de me beijar os pés. Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta, com bálsamo, ungiu os meus pés (Lucas 7.44-46).

Como vimos anteriormente, fica claro que, os rituais de recepção de hóspedes aceitos naquela sociedade, não foram apenas esquecidos na narração da história, como haviam sido grosseiramente omitidos por um hospedeiro mal intencionado. Conseguimos perceber nesta narrativa a real motivação do fariseu ao convidar Jesus e também sua avaliação prematura e equivocada sobre a atitude da mulher e a aceitação de Jesus. No entanto, pudemos ver como esta mulher, pecadora e desprezada, compensou magnificamente as faltas daquele anfitrião.

O religioso tem uma mente muito aguçada para identificar pecados na vida do próximo e condená-lo pelos seus atos. Porém, os pecados da religiosidade não estão na aparência, mas no fundo do coração, no oculto das intenções. Este, só Deus vê! Tenha certeza, Ele vê!

No entanto, qual era a verdadeira intenção daquela ‘pecadora’ ao chegar-se aos pés de Jesus? Ao contrário do que Simão julgara (e alguns possam interpretar), os atos daquela mulher não consistiam em carícias contagiosas de uma mente impura, mas sim no derramamento de amor sincero de uma mulher arrependida. Emocionada, ela reconheceu sua condição de pecadora, humilhou-se e demonstrou sua devoção lavando, beijando e ungindo os pés do Senhor, dando a Ele toda a honra merecida. Muito provavelmente, este não foi o primeiro encontro entre os dois. Certamente Jesus estendera graça e perdão àquela alma que agora, incontida em seus sentimentos, procurava demonstrar toda sua gratidão naquele gesto singelo.

Na parábola dirigida primeiramente a Simão, e também a todos os seus convidados, os dois devedores são nivelados em suas faltas e nenhum deles é capaz de pagar. Ambos são perdoados. A mesma graça é igualmente estendida a ambos. Jesus, em poucas palavras, compara e estabelece ao mesmo tempo o contraste entre a pecadora, com sua gratidão pelo perdão de seus pecados, e Simão, que está socialmente endividado e não expressara amor algum. Esta comparação e este contraste (um ama e o outro não) agora se tornam o foco da história. Esta é a resposta de Jesus para os questionamentos obscuros e maliciosos dos fariseus. Ele mostra que aquela mulher não é uma pecadora impura, e sim uma mulher perdoada que sabe qual a extensão de sua vida má, e conhece um pouco da graça de Deus derramada sobre ela através do perdão. Este reconhecimento resulta numa demonstração de amor e gratidão. Esta parábola, que a princípio parece exaltar as diferenças entre um religioso de destaque e uma anônima pecadora, Jesus graciosamente transforma numa homenagem à fé que leva ao arrependimento, à superioridade da humilhação, à coragem da gratidão e ao amor gerado pelo perdão. Não se trata de quem é o maior ou o menor pecador, trata-se de amor e perdão!

O que deveria ser uma obrigação social para Simão foi um gesto espontâneo de amor daquela mulher por Jesus. Em João 13.12-14, vemos Jesus repetindo voluntariamente este gesto, ensinando amor, humildade, cuidado e serviço mútuo entre seus discípulos:

Compreendeis o que vos fiz? Vós me chamais o Mestre e o Senhor e dizeis bem; porque eu o sou. Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros.

É este comportamento que Ele espera de nós. Não é a religiosidade de Simão que devemos imitar, mas a atitude corajosa daquela mulher pecadora.

Medite...
Você consegue entender a extensão do perdão de Deus? Como isto se manifesta em sua vida? Você tem demonstrado gratidão a Deus? Como? Que testemunho as pessoas à sua volta dão sobre sua vida cristã?

quinta-feira, agosto 05, 2010

As Parábolas do Mestre: Os Dois Devedores - O Religioso (Lc 7.41-43)

Os Dois Devedores: O Religioso
Por Reinaldo Bui

Dirigiu-se Jesus ao fariseu e lhe disse: Simão, uma coisa tenho a dizer-te. Ele respondeu: Dize-a, Mestre. Certo credor tinha dois devedores: um lhe devia quinhentos denários, e o outro, cinqüenta. Não tendo nenhum dos dois com que pagar, perdoou-lhes a ambos. Qual deles, portanto, o amará mais? Respondeu-lhe Simão: Suponho que aquele a quem mais perdoou. Replicou-lhe: Julgaste bem (Lucas 7.41-43).

Veja este post no novo site: www.todahelohim.com

quarta-feira, agosto 04, 2010

As Parábolas do Mestre: Investidores do Reino (Mt 25.14-30)

Investidores do Reino
Por Reinaldo Bui

Pois será como um homem que, ausentando-se do país, chamou os seus servos e lhes confiou os seus bens. A um deu cinco talentos, a outro, dois e a outro, um, a cada um segundo a sua própria capacidade; e, então, partiu (Leia Mateus 25.14-30).

Se entendermos os talentos como talentos de ouro, então os valores que o senhor confiou aos administradores são extremamente elevados, na ordem de milhões de reais. Porém, uma vez que o Senhor usa apenas o termo "talentos" não devemos fazer muitas suposições, talvez apenas a de que o dono dos talentos, o homem que viaja para um país distante, é um homem rico. Ele está confiando a sua riqueza a três homens que se tornam guardiões do seu dinheiro. Um recebe cinco talentos, outro recebe dois talentos e um terceiro mordomo recebe um talento apenas. A cada um é dado uma quantidade significativa de dinheiro, e o que é mais importante, segundo a sua própria capacidade. Supomos que estes mordomos, encarregados do cuidado do dinheiro, devem conhecer muito bem a personalidade e o caráter do seu Senhor. Este espera que seus empregados o conheçam bem o suficiente para se aplicarem diligentemente neste cuidado e seguindo claramente suas instruções. Os dois primeiros compreendem o espírito das instruções e do caráter do seu Senhor. Ambos usam os recursos para negociar e obtêm lucro. Cada um deles dobra o montante confiado em suas mãos. O terceiro deixou-se paralisar pelo medo e a desconfiança de seu Senhor (pelo menos foi esta a desculpa que ele usou). Ele enterra o dinheiro e retorna o valor original. Os dois primeiros são elogiados, e convidados a entrar na alegria do seu Senhor. O mordomo medroso é repreendido e punido.

A primeira vez que ouvi um estudo sobre esta parábola, o professor interpretou talentos como se fossem dons. Foi uma interpretação bastante literal, como se Deus desse cinco dons para uma pessoa, três para outra e um para mais outra. Disse, então, que deveríamos utilizar todos os nossos dons, (tanto quanto o recebemos) para devolvermos em dobro para Deus. Depois, estudando um pouco mais, pensei que estes talentos pudessem ser aplicados não somente aos dons, mas a qualquer outra coisa com que Deus nos agracia, como talentos artísticos e profissionais, inteligência, recursos materiais, etc.

Sem dúvida, creio que prestaremos conta de tudo o que fizermos com (como aplicamos) estes “talentos” confiados a nós individualmente. Podemos aplicá-los na expansão da obra de Deus ou, simplesmente, aplicarmos em nós mesmos, “enterrando-os” neste mundo. Creio que este princípio é válido!

Deus ainda confiou a nós uma porção da sua Palavra, segundo a capacidade de cada um. Para quê? Para passarmos adiante, espalharmos as sementes do Evangelho pelo mundo. Vejo neste termo “a cada um segundo a sua própria capacidade” a chave para interpretarmos esta parábola. Embora os homens façam uma pecaminosa distinção das pessoas que são mais ou menos capacitadas intelectualmente (também fazem com as mais bonitas, com as mais ricas, etc.), Deus não faz esta distinção. Seu julgamento não será na base de quem é mais ou menos capacitado, mesmo porque foi Ele quem nos fez assim, mas julgará segundo o aproveitamento daquilo que nos foi confiado, segundo a capacidade de cada um.

Independente de quanto Deus lhe abençoou e independente de quão capaz você é, se você utilizar seus “talentos” para aplicar apenas a este mundo (literalmente enterrar aqui) usando o argumento que “Deus colhe onde não semeou...”, saiba que esta desculpa não vai colar!

Medite...
Temos recebido inúmeros talentos das mãos de Deus. Uns menos e outros mais. A Palavra de Deus deve ser anunciada a toda criatura, sendo que é uma responsabilidade exclusivamente nossa. Então a pergunta é: o que temos feito com a porção que já nos foi confiada? Temos aplicado à nossa vida? Temos passado adiante aquilo que já aprendemos?

As Parábolas do Mestre: A Pedra (Mt 21.42-44)

A Pedra
Por Reinaldo Bui

Nunca lestes nas Escrituras: A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular; isto procede do Senhor e é maravilhoso aos nossos olhos? Portanto, vos digo que o reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que lhe produza os respectivos frutos. Todo o que cair sobre esta pedra ficará em pedaços; e aquele sobre quem ela cair ficará reduzido a pó (Mateus 21.42-44).

O Novo testamento inicia com Deus fora do Templo, local de sua habitação na antiga aliança. Lucas relata que naquele tempo (na ocasião do nascimento de Jesus) eram sumos sacerdotes Anás e Caifás. Isto já indica uma irregularidade, pois como o próprio título recomenda, sumo sacerdote indica uma unidade e não uma dupla. A politicagem religiosa havia se instituído de forma dominante e autoritária em Israel. Com isto, Deus levara o seu sumo sacerdote para o deserto: João Batista. Pense bem. Ele vinha de uma linhagem de sacerdotes (Zacarias, seu pai, e Isabel, sua mãe, eram descendentes de Arão). Tinha uma alimentação diferenciada bem como se vestia de forma também diferenciada, como era próprio do sumo sacerdote. Além disso, João era a voz do que clamava no deserto. Quem estava clamando no deserto era Deus e não João Batista. Este era o porta voz de Deus, função que cabe a um sumo sacerdote. Daí, concluímos que, pelo fato de os líderes religiosos terem transformado a Casa de Deus em um covil de ladrões, o Senhor se mudara para o deserto, levando consigo seu porta voz, juntamente com todos os excluídos da religião farisaica.

O papel de João Batista foi anunciar a vinda daquele cuja sandália ele não era digno de desatar, daquele que vinha para limpar seu eirado, purificar com seu fogo, batizar com seu Espírito. Este é aquele que não exclui a cana quebrada e nem o pavio que fumega. Este é Jesus de Nazaré, o Filho do Deus altíssimo.

O Messias de Israel trouxe salvação para todos aqueles que desejassem, para aqueles que não tinham mais esperança, pois eram profundamente atormentados com o fardo condenatório que os mestres da Lei impunham sobre seus ombros. Jesus veio quebrar a velha e rígida interpretação maléfica das Escrituras para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor. Jesus quebrou todos os paradigmas impostos pela velha religião e com isto comprou briga com os donos deste sistema. Este fato é notório quando lemos em Mateus (vs. 45-46):

Os principais sacerdotes e os fariseus, ouvindo estas parábolas, entenderam que era a respeito deles que Jesus falava; e, conquanto buscassem prendê-lo, temeram as multidões, porque estas o consideravam como profeta.

Jesus estava citando Isaías 61, confirmando a profecia que Ele viria para evangelizar (trazer boas notícias) a todos os necessitados. Ele é o Profeta prometido no Antigo Testamento. Sua Palavra cura, restaura e salva, mas também traz a condenação a todos aqueles que não creem, opondo-se a Deus. Jesus é a Pedra, a Rocha de salvação, a mesma Pedra que os construtores rejeitaram. Por causa da incredulidade gerada pela religiosidade dos judeus, o reino de Deus seria tirado do cuidado de suas mãos e entregue a um povo que lhe produziria os respectivos frutos.

Somos advertidos a não cairmos no mesmo erro dos fariseus (cuidado com o fermento...). Infelizmente, vemos que o Novo Testamento termina relatando Jesus fora da Igreja, local de sua habitação nesta Nova Aliança. Por isso, em Apocalipse 3.20 Jesus diz à sua amada (e não a incrédulos):

Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo.

Medite...
O que temos feito (como Igreja) que tem deixado Deus tão desgostoso? Qual seria o fermento dos fariseus em nossa vida? Será que Sua Igreja tem mergulhado em intenso ativismo e hipocrisia que tem deixado de cumprir o papel a nós designado?

terça-feira, agosto 03, 2010

Richard Baxter: Quanto Mais Você Demora...

The longer you delay, the more your sin gets strength and rooting. If you cannot bend a twig, how will you be able to bend it when it is a tree?

(Tradução) Quanto mais você você demora, mais o seu pecado ganha força e raiz. Se você não consegue dobrar um galho, como você vai ser capaz de dobrá-lo quando for uma árvore?